quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Congresso do PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, em maio


Bissau-O principal partido da Guiné-Bissau, o PAIGC, deve realizar em maio o oitavo congresso ordinário, que esteve marcado para janeiro, disse o porta-voz do partido, Óscar Barbosa.A decisão do adiamento do congresso, que servirá para a escolha de uma nova liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), saiu de uma reunião do Comité Central realizada no último fim de semana em Bissau.
 
Segundo Óscar Barbosa, ainda não se decidiu sobre a data da realização mas o Comité Central aprovou, em princípio, o mês de maio e manteve a cidade de Cacheu (no norte) como palco da reunião.
 
Com a marcação do congresso do PAIGC para maio o partido está a admitir implicitamente que as eleições gerais, projetadas para abril, já não vão ter lugar nessa data.
 
O porta-voz do PAIGC adiantou igualmente que o partido irá assinar o Pacto e o Acordo Político de Transição (dois instrumentos que regem o período de transição em curso no país) como forma de "acelerar o retorno à normalidade constitucional", interrompida com o golpe de Estado de 12 de abril passado.
 
Questionado sobre se com a assinatura do Pacto de Transição (rubricado pela maioria de partidos guineenses) o PAIGC não estaria a legitimar o golpe de Estado, Óscar Barbosa disse que não é esse o entendimento.
 
"Não nos interessa legitimar ou deixar de legitimar o golpe. O nosso posicionamento sobre o golpe é claro, condenamos o golpe de Estado, mas temos que admitir e aceitar que o diálogo guineense conduz a que obrigatoriamente o PAIGC não possa ser parte contrária ao entendimento nacional que urge e que é necessário", notou Óscar Barbosa.
 
O porta-voz do PAIGC adiantou que o Comité Central analisou e admitiu a possibilidade de perdoar os dirigentes do partido que incorrem em processo disciplinar, incluindo suspensão de militância, por terem apoiado um candidato independente nas últimas eleições presidenciais.
 
Entre os dirigentes que se encontram nessa situação está o atual Presidente de transição, Serifo Nhamadjo."Há um princípio de aceitação da reconciliação. O conselho nacional de jurisdição, que é um órgão independente, vai fazer sair as sanções e depois virá a reconciliação. Ninguém é indultado sem que haja a pena", observou Barbosa.
 
"O perdão já está. É um princípio praticamente assumido superiormente pelo partido. Inclusive o camarada Manuel Saturnino da Costa (atual presidente em exercício) diz que há necessidade de convocar todos os militantes (a serem sancionados) para falarmos, olhos nos olhos, criticarmo-nos uns aos outros e só depois é que vamos avançar para a reconciliação. Este é o desejo expresso no Comité Central pela grande e esmagadora maioria de militantes", disse o porta-voz do PAIGC.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Conflito-África - (Atualizada)

França - O governo da França afirmou que rebeldes islâmicos controlaram Diabaly, na região central do Mali, na África. A cidade era alvo de combates intensos entre tropas do Exército e opositores nos últimos quatro dias.

Segundo o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, os militares malineses não foram capazes de controlar o grupo, que tinha mais homens e armamento. Ele diz, no entanto, que os combates continuam e eles tentam retirar os rebeldes da área.

Este é o primeiro ataque dos insurgentes lançado a uma cidade após a intervenção francesa, na sexta. Desde então, os rebeldes perdem território em algumas regiões do país, em especial no norte, após bombardeios de caças do país europeu.

A localidade é importante por ficar a 400 km da capital Bamaco, em uma região de floresta que faz fronteira com a Mauritânia e com a região de Azawad, que é totalmente controlada por grupos radicais islâmicos. Os rebeldes começaram a avançar no norte do país em meados do ano passado.

Questionado sobre a operação francesa, Le Diran disse que a missão continuará no Mali o tempo necessário para que o governo local tenha condições de lutar contra os rebeldes para recuperar sua integridade territorial.

Ele não comentou sobre o número de mortos nos bombardeios nas cidades de Gao e Koma, no norte e oeste do país, de onde os radicais islâmicos começam a sair. Segundo testemunhas nas cidades, pelo menos 60 extremistas e 11 civis morreram nas ações.Mesmo com o registro de mortes de civis, o ministro francês disse que as tropas do país só atuam em áreas onde não há risco à população local.

A intensidade da violência no Mali está forçando a saída de moradores para regiões mais calmas ou outros países, como a Mauritânia. Segundo a organização Médicos sem Fronteiras, pelo menos 200 malineses chegaram ao acampamento de Fassala, cidade fronteiriça mauritana.

No norte do Mali, cidades da província de Lere, Duentaza e Mopti, onde ocorreram ataques franceses, estão vazias após a saída de moradores com medo dos bombardeios. A organização mostrou preocupação com a falta de estrutura para atendimento às vítimas dos combates.

O conflito no Mali eclodiu após seis meses de domínio de três grupos radicais islâmicos na região --Ansar al Din, Al Qaeda no Magreb Islâmico e Monoteísmo e Guerra Santa na África do Oeste.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

União Europeia Concede 4,5 Milhões de Euros Para Combater Pirataria no Golfo da Guiné



Yaoundé - A União Europeia (UE) vai conceder 4,5 milhões de euros para ajudar no reforço da segurança das rotas marítimas entre sete países africanos do Golfo da Guiné, soube a PANA junto da representação da organização comunitária europeia em Yaoundé.
 
Esta ajuda será concedida através do programa Rotas Marítimas Críticas do Golfo da Guiné (CRIMGO) e vai permitir aos Governos da África Central e Ocidental tornar as principais rotas marítimas mais seguras graças à formação de guarda-costeiros e à criação duma rede para permitir a troca de informações entre os países e as agências da região.
 
Segundo o comissário para o desenvolvimento da União Europeia, Andris Piebalgs, "sem segurança as populações nunca beneficiarão realmente do desenvolvimento, por isso o novo projeto que vai contribuir para melhorar a segurança dos transportes na África Ocidental é tão importante".
 
"Ao tornar as águas mais seguras, o projeto vai contribuir para dinamizar as trocas e o crescimento e oferecer às populações mais possibilidades de garantir a sua subsistência, de que tanto presisam", sublinhou.
 
Para Andris Piebalgs, os atos de pirataria e os roubos à mão armada, bem como os tráficos de armas e de drogas ou ainda o comércio de seres humanos constituem uma "ameaça real" para a segurança da região. Apenas na Nigéria, 98 atos de pirataria, de roubos à mão armada cometidos no mar e de poluição marítima foram registados entre 2008 e 2012.
 
Ele acredita que a região sofre atualmente duma ausência de coordenação entre as guardas costeiras e entre os diversos países."Além disso, não há ainda uma norma comum de formação marítima e a partilha de informações entre os países envolvidos é insuficiente", acrescentou.
 
O projeto será implementado a partir do mês de Janeiro corrente em sete Estados costeiros africanos: Benin, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, Nigéria, São Tomé e Príncipe e Togo.
 
O Golfo da Guiné representa atualmente, respetivamente, 13 e 6 porcento das importações de petróleo e de gás na UE.Além da UE, os outros parceiros do projetos são França, Portugal, a Espanha e o Reino Unido.

Guiné-Bissau: PAIGC Reúne Comité Central

Bissau - Os membros do Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reúnem o ComitéCentral entre 12 e 13 de Janeiro, na sua sede em Bissau.
 
O encontro foi antecedido da reunião do Bureau Político, que teve lugar quinta e sexta-feiras, 10 e 11 de Janeiro, no qual esteve em análise a situação social e política do país, bem como o funcionamento do PAIGC face aos últimos acontecimentos que a Guiné-Bissau registou neste período de transição.

A alteração da data de realização do VIII Congresso Ordinário, a deliberação dos órgãos dos estatutários e a nova orgânica da comissão organizadora deste congresso constam, de entre outros assuntos, da agenda para o encontro deste fim-de-semana.

Além destes aspectos, a informação do Conselho Nacional de Jurisdição, a apresentar no Comité Central, sobre casos de alguns militantes alvos de processos disciplinares, vão estar em destaque nos trabalhos.

Face à crise que o país enfrenta e à necessidade de diálogo entre os guineenses, a direcção do PAIGC disse ter remetido o assunto para a Comissão Permanente do Bureau Político, junto dos órgãos estatutários do partido, para análise e deliberação sobre a questão.

Fitch Degrada Nota da Dívida da África do Sul a 'BBB'

África do Sul-A Fitch rebaixou quinta-feira a nota da dívida soberana da África do Sul em um nível, a 'BBB', citando as fracas perspectivas de crescimento e o aumento das tensões sociais e políticas.
 
"O desempenho do crescimento econômico e suas perspectivas deterioraram, afetando as finanças públicas e ampliando as tensões políticas e sociais", disse a agência de classificação em um comunicado explicando a ação.
 
A degradação segue os passos da Standard's and Poor's e da Moody's, que reduziram suas avaliações da África do Sul a níveis similares no ano passado.
 
A Fitch acrescentou que a perspectiva da nota, que está próxima ao menor nível de grau de investimento, era estável."Protestos contra a qualidade de alguns serviços cresceram a níveis recordes em 2012 e a economia foi assolada por greve violentas que afetaram o crescimento", disse a agência.
 
Greves em minas sem precedentes no ano passado deixaram mais de 50 pessoas mortas e custou mais de um bilhão de dólares em perdas na produção.A Fitch alertou que os acordos salariais sobre os ganhos de produtividade estão acabando com a competitividade na África do Sul.
 
O crescimento lento e a corrupção crescente prejudicaram a capacidade das autoridades em melhorar os padrões de vida da maior economia africana. O desemprego está paralisado em 25% e o PIB cresceu apenas 2,2% em 2012, de acordo com a agência.

Minério de Ferro e Petróleo Permitem Crescimento de 32% do PIB na Serra Leoa

 
 
 
 
 



A Serra Leoa -A Serra Leoa é um país anglófono que saiu de uma guerra civil10 anos, apresenta o maior crescimento do PIB em 2012, situando-se nos 32%, segundo o FMI.

No ano anterior o crescimento foi de 5,1% e a projeção para este ano é de 9,3%. A extração de diamantes, bauxite e petróleo no off-shore sustenta o crescimento do país que, entretanto, está a ganhar com a estabilidade política, tendo ultrapassado o Gana como a história de maior sucesso no continente.
 
Ernest Bai Koroma tem vindo a atrair um grande número de investidores estrangeiros para as várias indústrias e está a ganhar popularidade, avança o Afrik53.

A segundo economia mais ativa na África subsariana é a do Níger, que cresceu 14% em 2012, mas esta performance está ligada à exploração do petróleo, o que cria debilidades estruturais.
 
Os analistas estimam um crescimento de 6,6% para este país em 2013, mas alertam para o perigo da radicalização da política que poderá levar à paragem da economia e à saída dos investidores externos. Angola é o terceiro país com melhores resultados na economia.

O PIB subiu 9,7% no ano passado, devendo chegar aos 7% este ano. Angola tem vindo a bater-se com a Nigéria como primeiro produtor africano de petróleo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Presidente Mahama Investido, Oposição Boicota a Cerimónia (Desenvolvimento)


Accra - O presidente do Ghana, John Dramani Mahama, prestou segunda-feira, em Accra, juramento na presença de chefes de Estado africanos e de milhares de pessoas, numa cerimónia marcada pela a ausência da oposição, que contesta o resultado da eleição presidencial do passado mês, noticiou à AFP.

"Enquanto país, nós somos um herdeiro muito forte, e nós somos os legatários duma história poderosa", declarou Mahama, após ter prestado juramento.

A cerimónia teve lugar na praça da independência, em Accra, célebre pela sua grande estrela negra e que foi previamente decorada por essa ocasião com vermelho, verde e ouro, as cores da bandeira ghanense, um mês após o escrutínio ganho por Mahama com 50,7 porcento dos votos, contra 47,7 porcento para o principal candidato da oposição, Nana Akufo-Addo.

Observadores locais e internacionais concordaram em qualificar o voto de "pacifico" e de "transparente", num país considerado como uma democracia exemplar no coração duma região, a África do Oeste, constantemente sacudida por tensões políticas.

Contudo, Akufo-Addo, apresentou uma queixa perante o Tribunal Supremo, que deverá se pronunciar proximamente, denunciando as irregularidades e reclamando de ser o vencedor.

Mahama, 54 anos, tornou-se presidente na sequência da morte súbita do seu antecessor John Atta Mills, do qual foi vice-presidente, em Julho último.

Por ocasião da cerimónia da sua investidura, vestiu-se dum grande turbante branco, uma indumentária tradicional do norte do país, sua região de origem.

Doze chefes de Estado africanos eram esperados na capital ghanense para a cerimónia de investidura, entre os quais os presidentes nigeriano Goodluck Jonathan e sul-africano Jacob Zuma, assim como delegações dos Estados Unidos e da União europeia.

O antigo presidente John Kufuor, membro do NPP (Novo partido patriótico, oposição), ignorou os apelos ao boicote do seu partido para assistir a cerimónia.

O ex-presidente Jerry Rawlings, que tinha tomado o poder por um golpe de Estado militar antes de levar o Ghana ao multipartidarismo, em 1992, tomou igualmente parte das festividades.