terça-feira, 27 de novembro de 2012

Políticos e Peritos da Comissão do Golfo da Guiné Debatem Segurança na Região

 
Vista da cidade de Luanda.
Vista da cidade de Luanda.
Luanda Políticos e peritos da Comissão do Golfo da Guiné, integrada por Angola, Camarões, Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo (RDC), Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria e São Tomé e Príncipe, vão debater, a partir de hoje, terça-feira, em Luanda, aspectos inerentes à Paz e Segurança na região em que estão inseridos.

Co-organizado pelo Governo angolano, através do Ministério das Relações Exteriores (Mirex) e o Secretariado Executivo da Comissão Golfo da Guiné (CGG), a conferência de Luanda visa a materialização de um conjunto acções e mecanismos de observação tendentes à estabilidade na zona do Golfo da Guiné, rica em petróleo.
 
O evento, a decorrer no Centro de Conferências de Talatona, sul da capital angolana, sob o lema “Sem paz não há desenvolvimento”, tem agendado uma série de questões agrupadas em painéis, sendo o primeiro intitulado “O Golfo da Guiné, zona de paz e segurança”.

Seguem-se “A influência da paz e segurança na região do Golfo da Guiné para a estabilidade e desenvolvimento do continente africano”, “A extensão da plataforma continental, necessidade e desafio para a região do Golfo da Guiné”, e “O estado e as consequências da imigração ilegal para a paz e segurança na região do Golfo da Guiné”.

A agenda alista ainda “A experiência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na manutenção da paz e segurança e ligações para a região do Golfo da Guiné”, “A importância da segurança da região do Golfo da Guiné como rota de transporte marítimo”, e “A contribuição do mecanismo de manutenção da paz e segurança na África Central, à segurança da região do Golfo da Guiné”.

“O ecossistema da região do Golfo da Guiné como parte do seu ambiente de segurança” e “A região do Golfo da Guiné na rede de produção e comércio internacional de droga”, complementam os itens escolhidos pelos organizadores da conferência, que encerra na próxima quinta-feira com a apresentação da Declaração de Luanda.

Em Agosto último, o secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné, Miguel Trovoada, observou que a problemática da segurança marítima neste espaço exige da organização um papel mais activo, a luz dos seus princípios e objectivos programáticos.

Falando na 2ª sessão extraordinária do Conselho de Ministros da Comissão do Golfo da Guiné, realizada em Luanda, cuja segurança marítima foi o epicentro da reunião, o responsável advogou a tomada de medidas concretas para se ultrapassar os constrangimentos e suprir as carências com que se debate a organização.

Durante o seu pronunciamento, Miguel Trovoada defendeu igualmente o estabelecimento de um grupo de trabalho misto entre peritos civis e militares, a fim de se analisar o formato de colaboração entre a Comissão do Golfo da Guiné e a CEDEAO, no domínio da segurança marítima na região.

Chefe do Governo Timorense Pede Apoio para Povo da Guiné-Bissau

Timor-Leste-O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, manifestou preocupação com a situação da Guiné-Bissau e pediu apoio para o povo guineense.
 
O chefe do governo timorense falava na sessão de abertura da VII reunião do Conselho de Chefes da Polícia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza em Díli entre ontem e quinta-feira.
 
"Os nossos irmãos guineenses estão também a enfrentar grandes dificuldades. Manifestamos aqui o nosso empenho para que a Guiné-Bissau rapidamente regresse à comunidade dos países onde a ordem pública e o respeito pelas decisões populares sejam a regra", afirmou Xanana Gusmão.
 
No discurso, o primeiro-ministro timorense apelou também para que não se permita que o "povo guineense fique abandonado à sua sorte".
 
A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.

Chefe Militar dos Rebeldes do M23 no Uganda para Conversações

Nairobi - O comandante dos rebeldes do M23, que enfrentam o exército da República Democrática do Congo (RDC), na província de Kivu Norte (leste da RDC), chegou segunda-feira na capital de Uganda, Kampala para negociações, disse um porta-voz do M23 à AFP.
 
A deslocação à Kampala do chefe militar do M23, Sultani Makenga, surge na sequência da anterior do líder político dos amotinados, Jean-Marie Runiga.
 
Sob mediação do Uganda, os paises de África dos Grandes tentam obter uma retirada do M23 de Kivu do Norte, Goma, que eles tomaram na última terça-feira.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Entrvista ao Presidente da Guiné-Bissau


Guiné-Bissau-No início do ano o presidente da Guiné-Bissau Malam Bacai Sanha morreu por doença. Raimundo Pereira assumiu a presidência interinamente e Carlos Gomes Júnior deixou o cargo de primeiro-ministro para se candidatar às eleições presidenciais que nunca se chegaram a realizar. No dia 12 de Abril, os militares tomaram o poder acusando Gomes Júnior de estar a preparar um golpe de estado com a ajuda de militares angolanos, que estavam na Guiné-Bissau numa missão de cooperação técnico-militar.
 Desde então, a Guiné-Bissau tem sido administrada por um governo de transição, liderado pelo primeiro-ministro Rui Barros apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, mas sem o reconhecimento da CPLP, ONU, União Africana, ou do governo de Lisboa. Em Outubro ocorreu nova nova tentativa de golpe. O governo provisório guineense acusa de imediato Portugal, a CPLP e Carlos Gomes Júnior de estarem por detrás dos acontecimentos.
No Sociedade das Nações desta semana, Manuel Serifo Nhamadjo discute a atual situação política da Guiné-Bissau. O presidente guineense comenta o atual estado de relações entre Bissau e Lisboa, as divergências internas no PAIGC e a posição da comunidade internacional face à crise guineense.

Guiné-Bissau: Ibarima Sory Djalo Eleito Presidente da ANP

Bissau - O Presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular (ANP), Ibraima Sory Djalo, foi eleito para dirigir os destinos do parlamento guineense no próximo período de prorrogação de mandato dos deputados desta instituição.
 
A escolha de Ibarima Sory Djalo aconteceu esta sexta-feira, 23 de Novembro, no hemiciclo guineense, onde o lugar de 1.º vice-Presidente, foi confiado a Augusto Olivais e o de 2.º vice-Presidente foi atribuído a Isabel Buscardini.

Os outros lugares continuam a ser ocupados por João Seidi Ba Sane e Aurora Sano.

Foi esta a proposta avançada pela bancada parlamentar do PAICG mas que tinha sido recusada pelo agora eleito Presidente da ANP.

Ibarima Sory Djalo pretende que estes lugares sejam ocupados por João Seidi Bá Sane, deputado do PAIGC, a ficar com o lugar de 1.º vice-Presidente da ANP e a deputada Aurora a ocupar o posto de 2.ª vice-Presidente do Parlamento guineense.

Ibraima Sory Djalo assumiu o lugar na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril.

Guiné-Bissau: Cerca de Três Dezenas de Guineenses Deportados da Líbia

Bissau – As autoridades de transição líbias expatriaram cerca de trinta cidadãos de nacionalidade guineense, por se encontrarem a viver de forma ilegal no país.
 
O retorno destes cidadãos foi facilitado pela Organização Internacional de Migração (OIM), que fez chegar os conterrâneos via terrestre ao país, passando pelo Níger, Mali, Gâmbia e Ziguinchor.
Em declarações à PNN, Amadu Tidjane Embalo, porta-voz do grupo, disse que a maioria dos cidadãos foi surpreendida pelas autoridades policiais, que os colocaram de imediatos no centro de detenção, de onde foram encaminhados aos países de origem.

Amadu Tidjane Embalo disse que deixou Bissau há três meses e prevê emigrar para Itália, através das fronteiras Líbias.

O porta-voz informou ainda à PNN que seis dos seus colegas foram levados para local desconhecido há mais de trinta dias e há poucas informações acerca de como encontram.

Uma boa parte destes retornados são originários da região leste da Guiné-Bissau, concretamente de Gabu. De acordo com a fonte da Direção-geral da Migração e Fronteira todos vão ser entregues às suas famílias, cujo processo de identificação já está em curso nesta instituição.

A emigração ilegal é um acto frequente na Guiné-Bissau, tendo já provocado a morte de vários jovens que procuram, a todo custo, chegar à Europa em busca de melhores condições de vida

África Lançada na Guiné-Bissau Obra de 6 Milhões que Inclui Centro Comercial


Guiné-Bissau-O lançamento da obra foi hoje presidido pelo primeiro-ministro do governo de transição da Guiné-Bissau, Rui de Barros, que destacou que quando das obras concluídas, no prazo de 18 meses, a iniciativa vai dar emprego directo a 360 pessoas.
 
"Continuaremos a dar apoio e todas as facilidades para permitir que nacionais e estrangeiros tenham condições para poder realizar investimentos" na Guiné-Bissau, disse Rui de Barros, garantindo que "há todas as condições" para se pode investir no país, aquele que exige menos formalidades a nível da região para se poder abrir uma empresa, disse.
 
De Maio deste ano até agora, se comparando com igual período do ano passado, há mais 19 por cento de intenções de investimento na Guiné-Bissau, segundo Rui de Barros.
 
O "Empreendimento Cartur" tem 70% de capitais de empresários portugueses e é presidido pelo guineense Carambá Turé, que hoje explicou que as obras que agora vão começar ocupam um espaço que já esteve infra-estruturado mas que a guerra dos anos 90 obrigou ao abandono.
 
O empresário prometeu mais investimentos no país, o mesmo fazendo Francisco Melo, outro empresário, português, que além da energia eléctrica falou de futuros investimentos no sector da água.
 
Com uma Europa "virada ao contrário" a Guiné-Bissau vai receber "os que tiverem visão" porque "há muita coisa para fazer", disse Francisco Melo.
 
Luís Neves, outro empresário português, do ramo da construção civil (empresa de construção Nível Dominante) explicou também na cerimónia de hoje que o Centro Comercial, o primeiro da Guiné-Bissau, terá 63 lojas, esplanada de restauração e duas salas de cinema com capacidade para 230 pessoas.
 
Tudo integrado num espaço onde haverá cinco armazéns pequenos e quatro grandes, postos de polícia, bombeiros e de primeiros socorros, além de zonas verdes e de estacionamento.
 
Luís Neves disse à agência Lusa não ter dúvidas de que o centro comercial será um sucesso, porque é o primeiro mas também porque Bissau "é um grande mercado onde tudo se vende e se compra" e o Centro vai "abrir espaço a marcas, com lojas de qualidade", havendo em Bissau procura para esse tipo de produtos, garantiu.
 
Apesar de no quadro que apresenta o empreendimento aparecer a referência à Lusomundo (cinema), Luís Neves disse à Lusa que os promotores da iniciativa estão em contacto com a empresa para a abertura das duas salas de cinema embora esta não seja ainda, de facto, parceira.