segunda-feira, 19 de novembro de 2012

BEAC Celebra 40º Aniversário


Paris - O Banco dos Estados da África Central (BEAC) organizará a 22 de Novembro próximo um simpósio em Malabo, a capital da Guiné Equatorial, para celebrar os seus 40 anos de existência.
 
O BEAC deseja, através deste simpósio, fazer o balanço da experiência adquirida na gestão e na consolidação duma união monetária e apresentar as perspectivas de cooperação e de desenvolvimento para os próximos anos.
 
Três temas foram escolhidos para este simpósio: "BEAC, 40 anos de Cooperação Monetária na África Central", "União Monetária e Convergência Económica: Experiências em África e na Europa" e "Perspectivas da Integração Monetária em África e no Mundo".
 
O objectivo da reunião é permitir trocas sobre as experiências respectivas das uniões monetárias em África e na Europa, bem como a elaboração duma visão comum sobre as perspectivas da integração monetária na Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC).
 
Criado a 22 de Novembro de 1972, o BEAC é o banco central comum aos seis Estados que constituem a CEMAC - os Camarões, a República Centro Africana, o Congo, o Gabão, a Guiné Equatorial e o Tchad.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Presidente Interino Deposto em Díli Para Falar Sobre Assuntos de "Interesse Comum"




Díli - O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse quinta-feira última que se deslocou a Timor-Leste para "falar sobre assuntos de interesse comum" com as autoridades timorenses, sem especificar quais.

"É uma visita normal no quadro das relações entre os povos da Guiné-Bissau e de Timor.Como sabem, nós temos um passado comum de luta pela independência e os laços históricos falam mais alto e é normal que eu esteja cá em visita para falar sobre assuntos de interesse comum", afirmou Raimundo Pereira.

O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau falava à imprensa no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, momentos depois de chegar acompanhado do chefe da diplomacia deposto, Mamadu Djaló Pires, e não do Primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, como a Lusa noticiou na quarta-feira.

A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.

A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano.

A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.

O convite para visitar Timor-Leste foi feito ainda por José Ramos-Horta, que abandonou a presidência timorense em Maio, e que manteve um pequeno encontro no aeroporto com Raimundo Pereira e Mamadu Djaló Pires.

Durante a sua estada em Timor-Leste, que termina no sábado, Raimundo Pereira deverá reunir-se com o actual Presidente timorense, Taur Matan Ruak.

Cúpula dos BRICS Vai Discutir Criação de Fundo Monetário do bloco

Cúpula dos BRICS-Os países do bloco BRICSBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vão discutir em Março de 2013 parâmetros concretos e condições de acumulação de reservas monetárias, num mínimo de 240 bilhões de dólares, para a criação de um fundo comum do grupo. O encontro de cúpula do bloco será realizado na África do Sul.
 
A concepção da criação do fundo anti-crise econômica global do grupo BRICS surgiu ainda em Junho deste ano. Na cúpula do G20, no México, o vice-ministro das Finanças da Rússia, Sergei Storchak, afirmou que o fundo será criado se Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não puderem exercer sua devida influência sobre a adoção das decisões do Fundo Monetário Internacional, que se encontra agora em fase de reforma. “É evidente que os países-membros do grupo BRICS entraram numa fase em que podem exigir que a sua opinião seja levada em consideração”, disse Storchak em Los Cabos.
Os líderes dos BRICS reunidos em Março de 2012 em Nova Délhi

Os cinco países que integram o grupo BRICS detêm 43% da população do planeta e cerca de 18% do PIB mundial. O total das suas reservas é de cerca de 4 trilhões de dólares.
 
Esse crescente poderio econômico dos BRICS permitiria reclamar também um papel mais alto na política mundial, na opinião do analista financeiro Roman Andreev, em declaração à Rádio Voz da Rússia. Disse Andreev: “Creio que a idéia básica consiste em dar a entender à comunidade mundial que no globo existem não somente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, e que não somente eles é que podem impor as suas regras. Neste caso prevalecem precisamente os motivos políticos, trata-se de uma certa alternativa ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional e a outros fundos que são criados agora na Europa.
 
Creio que se trata do desejo dos países- membros do grupo BRICS de mostrar que os países emergentes não podem ser descartados, que é perfeitamente possível que em breve os atuais países emergentes passem para a categoria de países evoluídos e que precisamente eles irão recomendar aos países evoluídos que adotem as suas tecnologias políticas e econômicas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Como a América Latina Pode Ajudar a Europa

América Latina-A zona Euro parece estar a aprender lentamente as lições de gestão de crise. Esta coluna defende que as décadas de crise financeira da América Latina podem fornecer informações importantes à Europa.Muitos países periféricos da zona euro estão a sofrer problemas financeiros e de competitividade que lembram os que ocorreram na América Latina. A analogia já foi apontada várias vezes.
 
Num trabalho recente, Cavallo e Fernandez em Arias 2012: "focamo-nos em determinados domínios em que a experiência latino-americana com a crise e retoma oferece lições úteis para as atuais preocupações europeias, nomeadamente prémio elevado de risco de dívida pública, dificuldades no sistema bancário, interrupções repentinas de fluxos de capital, e fraco crescimento e competitividade".
 
Algumas respostas latino-americanas
 
Aqui ficam algumas lições de uma região com uma longa história de crise financeira e difícil interação entre economia e política.
 
Não ficar paralisado pelo receio de riscos morais
 
A experiência latino-americana demonstra a necessidade de proporcionar um apoio externo de liquidez rápido e amplo para atenuar a pressão financeira e impedi-la de aumentar para uma crise alarmante. Os riscos morais não foram um problema nos resgates externos financeiros na América Latina pois os países saldaram as suas obrigações ao abrigo de acordos estritos de aplicação obrigatória, e portanto internalizaram todos os custos e benefícios da assistência externa oficial sem beneficiar de um comportamento oportunista.
 
Indiscutivelmente, o apoio externo insuficiente esteve por trás da profundidade dos grandes colapsos da América Latina. Os riscos morais só têm sido um problema em resgates internos de entidades subnacionais pelo Governo federal.

África Longe de Atingir Metas de Desenvolvimento do Milénio

Huambo – Grande parte dos países africanos estão muito longe de atingir as metas de desenvolvimento do milénio até 2015, devido aos inúmeros problemas que enfrentam (guerras, calamidades naturais, casos de VIH/Sida, malárias, fome e pobreza).

Sobre os objectivos do milénio, é difícil a África atingir um desenvolvimento interno até 2015 devido aos inúmeros conflitos étnicos e os mais variados problemas que aflige o continente.

É quase impossível porque o continente se debate com conflitos étnicos como na República Democrática do Congo (RDC), Guiné-Bissau, Guiné Conakry, Sudão e na Somália, entre outros problemas que afligem, como à pobreza e à fome e a própria miséria.

A Declaração do Desenvolvimento do Milénio (ODM) foi assinada em 2000 por chefes de Estado e de Governo de 189 países, nas Nações Unidas, em Nova Iorque.

A mesma pretende atingir oito objectivos até 2015, nomeadamente erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar a escolaridade primária universal, promover a igualdade de género e capacitação da mulher, diminuir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.

Perspectiva ainda o combate a epidemia do HIV/Sida, a malária e outras doenças, assegurar o desenvolvimento sustentável e promover uma parceria global para o desenvolvimento.

Em África os países em desenvolvimento aparentemente conseguiram reduzir para metade a pobreza extrema, segundo indica um relatório do Banco Mundial.

O documento divulgado pelo Banco Mundial revela igualmente que, pela primeira vez desde 1981, menos de metade da população vive na pobreza extrema em África e que as condições para um avanço maior no continente são pouco favoráveis.

Dados preliminares apresentados pela instituição multilateral de crédito indicam que o conjunto dos países em desenvolvimento atingiu em 2010 a primeira das oito Metas de Desenvolvimento do Milénio, que inclui avanços contra à fome, doenças e analfabetismo.

Do ponto de vista do VIH/Sida, essa epidemia continua a destacar-se como um problema importante de saúde pública, exigindo cada vez mais o engajamento de diversos sectores, público e privado, das Nações Unidas (UN) e da sociedade civil, tendo em conta aspectos da efectividade humana, o respeito a diversidade e o seu alastramento em África, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.
 
Algumas das Metas de Desenvolvimento do Milénio com vista a cortar pela metade a pobreza no mundo serão alcançadas já em 2015, segundo o relatório das Nações Unidas divulgado no contexto da 67ª Assembleia-geral da ONU são objectivos longe de serem atingidos por muitos países do continente africano, incluído da África Branca (Líbia, Tunísia e Egipto) devido a primavera árabe consubstanciada com sucessivas guerras e destruições.

No campo dos direitos humanos, alguns Estados africanos registaram avanços significativos no acesso a educação básica para as mulheres. Em Angola por exemplo, as mulheres têm procurado ganhar o seu espaço nas esferas política, económica, social, desportiva e no poder legislativo que tem servido de estímulo para as demais mulheres no mundo e na África, em particular.

A nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tal como Angola, Moçambique também possui uma Lei sobre a violência no género, desde 2011, que defende as vítimas deste flagelo, tráfico de mulheres e crianças e abuso sexual da rapariga, tornando-se desafios permanentes aliados a formação da mulher e erradicação do analfabetismo.

Neste capítulo da igualdade do género no continente africano, se destaca ainda a eleição da sul-africana Nkosozana Zuma ao cargo de presidente da Comissão da União Africana (UA), ascensão enaltecida por várias mulheres do continente africano.

As metas sobre globais de acesso a água potável e a educação básica para meninas, distribuição equitativa da riqueza do país e sustentabilidade ambiental estão ainda longe de ser alcançados por muitos países do continente africano.





5.ª Cúpula dos BRICS Será Realizada em Março de 2013 na África do Sul

 
Rússia-O quinto encontro dos chefes de Estado dos países do grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será realizado em Março de 2013 na cidade de Durban, na África do Sul. A informação foi divulgada no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, com referência ao encontro entre o Chanceler Serguei Lavrov com o seu colega sul-africano, Maite Nkoana-Mashabane.
 
Foi destacado também na reunião o ritmo crescente da parceria entre a Rússia e a África do Sul no contexto da correlação dos países BRICS.
 
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acrescentou que os ministros expressaram satisfação com a dinâmica de interação entre a Rússia e África do Sul, observando o desejo mútuo de construir políticas comerciais e aumentar os laços econômicos, culturais e humanitários entre os países.
 
A 4.ª Cúpula dos BRICS foi realizada em Março deste ano na capital da Índia – Nova Délhi. Na ocasião, o então presidente russo, Dmitri Medvedev, representou a Rússia.

Banco Europeu de Investimento Financia Pequenas e Médias Empresas em Países Africanos

Bruxelas - O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou com o United Bank for Africa (UBA) da Nigéria um acordo de empréstimo de 50 milhões de euros destinados às Pequenas e Médias Empresas (PME) africanas, anuncia um comunicado divulgado segunda-feira em Bruxelas.
 
O BEI indica que é a primeira vez que concede uma linha de crédito a um banco nigeriano para ser utilizada em vários países africanos.
 
O UBA poderá conceder empréstimos a PME que operam na RD Congo, no Gabão, no Tchad, no Benin, na Serra Leoa e na Côte d'Ivoire.
 
Segundo o comunicado, o BEI tomou esta iniciativa para apoiar o investimento no setor privado e "para resolver os défices de investimento que entravam o financiamento das pequenas empresas em África".