quinta-feira, 15 de novembro de 2012

África Longe de Atingir Metas de Desenvolvimento do Milénio

Huambo – Grande parte dos países africanos estão muito longe de atingir as metas de desenvolvimento do milénio até 2015, devido aos inúmeros problemas que enfrentam (guerras, calamidades naturais, casos de VIH/Sida, malárias, fome e pobreza).

Sobre os objectivos do milénio, é difícil a África atingir um desenvolvimento interno até 2015 devido aos inúmeros conflitos étnicos e os mais variados problemas que aflige o continente.

É quase impossível porque o continente se debate com conflitos étnicos como na República Democrática do Congo (RDC), Guiné-Bissau, Guiné Conakry, Sudão e na Somália, entre outros problemas que afligem, como à pobreza e à fome e a própria miséria.

A Declaração do Desenvolvimento do Milénio (ODM) foi assinada em 2000 por chefes de Estado e de Governo de 189 países, nas Nações Unidas, em Nova Iorque.

A mesma pretende atingir oito objectivos até 2015, nomeadamente erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar a escolaridade primária universal, promover a igualdade de género e capacitação da mulher, diminuir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.

Perspectiva ainda o combate a epidemia do HIV/Sida, a malária e outras doenças, assegurar o desenvolvimento sustentável e promover uma parceria global para o desenvolvimento.

Em África os países em desenvolvimento aparentemente conseguiram reduzir para metade a pobreza extrema, segundo indica um relatório do Banco Mundial.

O documento divulgado pelo Banco Mundial revela igualmente que, pela primeira vez desde 1981, menos de metade da população vive na pobreza extrema em África e que as condições para um avanço maior no continente são pouco favoráveis.

Dados preliminares apresentados pela instituição multilateral de crédito indicam que o conjunto dos países em desenvolvimento atingiu em 2010 a primeira das oito Metas de Desenvolvimento do Milénio, que inclui avanços contra à fome, doenças e analfabetismo.

Do ponto de vista do VIH/Sida, essa epidemia continua a destacar-se como um problema importante de saúde pública, exigindo cada vez mais o engajamento de diversos sectores, público e privado, das Nações Unidas (UN) e da sociedade civil, tendo em conta aspectos da efectividade humana, o respeito a diversidade e o seu alastramento em África, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.
 
Algumas das Metas de Desenvolvimento do Milénio com vista a cortar pela metade a pobreza no mundo serão alcançadas já em 2015, segundo o relatório das Nações Unidas divulgado no contexto da 67ª Assembleia-geral da ONU são objectivos longe de serem atingidos por muitos países do continente africano, incluído da África Branca (Líbia, Tunísia e Egipto) devido a primavera árabe consubstanciada com sucessivas guerras e destruições.

No campo dos direitos humanos, alguns Estados africanos registaram avanços significativos no acesso a educação básica para as mulheres. Em Angola por exemplo, as mulheres têm procurado ganhar o seu espaço nas esferas política, económica, social, desportiva e no poder legislativo que tem servido de estímulo para as demais mulheres no mundo e na África, em particular.

A nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tal como Angola, Moçambique também possui uma Lei sobre a violência no género, desde 2011, que defende as vítimas deste flagelo, tráfico de mulheres e crianças e abuso sexual da rapariga, tornando-se desafios permanentes aliados a formação da mulher e erradicação do analfabetismo.

Neste capítulo da igualdade do género no continente africano, se destaca ainda a eleição da sul-africana Nkosozana Zuma ao cargo de presidente da Comissão da União Africana (UA), ascensão enaltecida por várias mulheres do continente africano.

As metas sobre globais de acesso a água potável e a educação básica para meninas, distribuição equitativa da riqueza do país e sustentabilidade ambiental estão ainda longe de ser alcançados por muitos países do continente africano.





5.ª Cúpula dos BRICS Será Realizada em Março de 2013 na África do Sul

 
Rússia-O quinto encontro dos chefes de Estado dos países do grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será realizado em Março de 2013 na cidade de Durban, na África do Sul. A informação foi divulgada no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, com referência ao encontro entre o Chanceler Serguei Lavrov com o seu colega sul-africano, Maite Nkoana-Mashabane.
 
Foi destacado também na reunião o ritmo crescente da parceria entre a Rússia e a África do Sul no contexto da correlação dos países BRICS.
 
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acrescentou que os ministros expressaram satisfação com a dinâmica de interação entre a Rússia e África do Sul, observando o desejo mútuo de construir políticas comerciais e aumentar os laços econômicos, culturais e humanitários entre os países.
 
A 4.ª Cúpula dos BRICS foi realizada em Março deste ano na capital da Índia – Nova Délhi. Na ocasião, o então presidente russo, Dmitri Medvedev, representou a Rússia.

Banco Europeu de Investimento Financia Pequenas e Médias Empresas em Países Africanos

Bruxelas - O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou com o United Bank for Africa (UBA) da Nigéria um acordo de empréstimo de 50 milhões de euros destinados às Pequenas e Médias Empresas (PME) africanas, anuncia um comunicado divulgado segunda-feira em Bruxelas.
 
O BEI indica que é a primeira vez que concede uma linha de crédito a um banco nigeriano para ser utilizada em vários países africanos.
 
O UBA poderá conceder empréstimos a PME que operam na RD Congo, no Gabão, no Tchad, no Benin, na Serra Leoa e na Côte d'Ivoire.
 
Segundo o comunicado, o BEI tomou esta iniciativa para apoiar o investimento no setor privado e "para resolver os défices de investimento que entravam o financiamento das pequenas empresas em África".

Exército da Guiné-Bissau Declara Nível Máximo de Alerta

Guiné-Bissau-O porta-voz do governo transitório da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, revelou dia 13 do corrente mês, que todas as forças de defesa e segurança nacional estão em alerta máximo, e prontos a agir para salvarguadar a integridade territorial.
 
Fernando Vaz afirmou que o governo de transição já organizou forças no leste e sul do país, a fim de aumentar a capacidade para defender a intergridade territorial, caso for necessário,a informação acerca do potencial das tropas da Guiné-Bissau se tornará ao público.
 
De acordo com as informações,as tropas mercenárias no país estão a preparar uma intervenção militar para trazer de volta ao poder o ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes.
 
No dia 12 de Abril deste ano, os soldados da Guiné-Bissau desencadearam um golpe de Estado em que alguns alto funcionários foram detidos e presos. Posteriormente, segundo os requisitos da comunidade internacional, Carlos Gomes foi libertado e se refugiou para Portugal.

Escolas da Guiné-bissau Continuam Sem Alunos




Bissau - A maior parte das escolas da Guiné Bissau estão quase paralisadas, devido à ausência de professores e alunos, informa o correspondente da rádio francesa RFI.
 
Não obstante o fim da greve dos professores muitos dos docentes e dos alunos continuam sem comparecer nas salas de aulas da Guiné-Bissau. Há quase dois meses que as escolas guineenses têm estado encerradas. Os directores dos estabelecimentos ameaçam os alunos ausentes com sanções.
 
Luís Nancassa, presidente do sindicato dos professores, apelou a que os docentes retomem as actividades lectivas na sequência do protocolo obtido com o governo, pois os pagamentos acordados já estão a ser efectuados.
 
No entanto, segundo a mesma fonte, alunos e professores continuam ainda muito ausentes dos estabelecimentos de ensino.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

FMI Recomenda Reforma Agrária na Swazilândia

Joanesburgo - O Fundo Monetário Internacional(FMI) recomendou a Swazilândia a iniciar um programa de reforma agrária, como forma de travar o declínio económico do país.
 
Segundo o FMI, a situação tornou-se dramática com o empobrecimento de mais dois terços da população naquele país da região África Austral.
 
 
Estas são as conclusões de uma missão do FMI, no término de uma visita de trabalho de duas semanas.Entre os desafios apontados destacam-se elevados índices de desemprego, crescente desigualdade e elevada taxa de prevalência do HIV/SIDA.
 
Comentando sobre o assunto, Mandla Mduli, um sindicalista swazi, entende que a reforma agrária recomendada pelo FMI não terá lugar, porque o sistema vigente no país defende a família real.
 
Mais de 70 por cento dos swazis vivem em terras pertencentes à família real e são geralmente geridas por chefes nomeados pelo monarca.
 
Resultados preliminares do Programa Mundial de Alimentação (PMA) estimam uma produção de 76 mil toneladas de milho no presente ano agrícola, uma quantidade insuficiente para suprir as necessidades locais.
 
Projecções indicam que cerca de 116 mil pessoas, ou seja 11 por cento da população swazi, poderá enfrentar carência alimentar antes de Maio de 2013, altura das próximas colheitas.
 
A produção de milho na Swazilândia tem vindo a reduzir drasticamente desde 2000. Refira-se que a Swazilândia já chegou a registar uma produção anual na ordem de 100 mil toneladas de milho.
 
O PMA atribui a esta acentuada redução da produção as más condições climáticas, elevados custos de combustíveis líquidos, impacto do HIV/ SIDA e declínio no uso de práticas melhoradas agrícolas.

Estados da África Ocidental Decidem Enviar 3300 Militares Para o Mali

Mali (mapa)
Abuja-A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunida na capital nigeriana, Abuja, aprovou o envio de uma força internacional de 3300 soldados, com um mandato de um ano, para o Mali.
 
O anúncio foi feito pelo Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, após a cimeira da CEDEAO, que juntou os 15 países da região e contou ainda com representantes de África do Sul, Mauritânia, Marrocos, Líbia, Argélia e Chade, para tomar decisões face ao controlo do Norte do Mali por extremistas islâmicos.
 
Os militares a serem enviados terão como origem principal as nações que integram a CEDEAO – tendo o Presidente da Costa do Marfim nomeado, em concreto, Nigéria, Senegal, Níger, Burkina Faso, Gana e Togo.
 
Mas é possível que outros países participem na operação. “O Chade pode também participar. Tivemos contactos com outros países, Mauritânia e África do Sul”, indicou.
 
O plano militar deverá agora ser enviado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que estabeleceu, a 12 de Outubro, um prazo de 45 dias para receber um documento sobre a intervenção.
 
Ouattara disse espera que a aprovação do Conselho de Segurança aconteça até ao final do mês ou início de Dezembro, sendo que a força poderá ser colocada no terreno uns dias depois.
 
O Mali, que foi uma das democracias mais estáveis da região, implodiu rapidamente depois de um golpe de Estado, em Março, ter redundado no controlo da vasta região desértica do Norte pelos rebeldes tuaregues, que há décadas lutam pela independência, com o apoio de combatentes islamitas.
 
Os rebeldes independentistas rapidamente foram marginalizados pelos islamitas, pouco sensíveis às suas reivindicações de independência, que aplicaram uma versão estrita da lei islâmica na região que passaram a controlar.
 
Várias potências ocidentais receiam que a Al-Qaeda do Magrebe Islâmico instale na região bases de treino de terroristas e a transforme numa fonte de instabilidade internacional.
 
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico