quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dirigentes da UA Participam em Reuniões Sobre Conflitos no Continente


Nova Iorque - O presidente cessante da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, e a sua sucessora, Nkosazana Dlamini Zuma, estão desde o fim-de-semana, em Nova Iorque, para assistir a uma série de reuniões sobre conflitos em África, anunciou a Comissão num comunicado divulgado segunda-feira.

Entre estas reuniões, que devem decorrer à margem da 67ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, figura um fórum consultivo ministerial sobre o Sudão e o Sudão Sul, que será co-presidido pela presidente da Comissão da UA e pelo secretário-geral da ONU, a 27 de Setembro.

As outras reuniões incluem uma mini-cimeira sobre a Somália e dois encontros de alto nível sobre o Sahel e o leste da República Democrática do Congo, ambas organizadas pelo Secretário-Geral da ONU.

Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o reforço das parcerias da UA com os diferentes agrupamentos regionais ocupará um lugar importante nas actividades da organização, segundo o comunicado.

Neste quadro, o Conselho de Paz e Segurança da UA e a Liga Árabe organizarão a sua segunda reunião consultiva, na presença da presidente da CUA e do Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes.

Uma reunião ministerial do Mecanismo de Coordenação da Cimeira África-América do Sul (ASA), que será organizada para tomar disposições com vista à terceira cimeira programada para antes do final do ano, está na agenda das reuniões a que assistirão os dirigentes da UA.

A delegação da UA em Nova Iorque conta igualmente participar num encontro de alto nível da Assembleia Geral sobre o Estado de Direito, num evento especial sobre a mediação, em consultas de alto nível sobre a contribuição de África para o programa de desenvolvimento após 2015, a serem organizadas pela presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, e numa reunião sobre a economia nigeriana realizada pelo presidente Goodluck Jonathan.

Durante a sua estada em Nova Iorque, Dlamini Zuma e Ping manterão reuniões bilaterais distintas com o Secretário-Geral Ban Ki-moon.

Durante um encontro, domingo, entre Ban e Dlamini-Zuma as duas personalidades discutiram a necessidade de reforçar a parceria estratégica entre a UA e a ONU, não só sobre as questões de paz e segurança, mas igualmente sobre a agenda do desenvolvimento sustentável.

Julius Malema Comparece Esta quarta-feira Perante a Justiça


Joanesburgo - O antigo líder juvenil do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder na África do Sul, Julius Malema, comparece esta quarta-feira perante um tribunal regional de Polokwane (norte), capital da província do Limpopo, de onde é originário, anunciou terça-feira, o seu advogado Nicqui Galaktiou, citado pela AFP.
 
"Não recebemos a cópia das acusações e não vimos o mandado de captura", que havia sido emitido sexta-feira, contra o ex-chefe de fila dos jovens do ANC, excluído do partido no poder em Abril, acrescentou, afirmando não saber à quantas horas deverá comparecer o seu constituinte.
 
Segundo à imprensa dominical, Malema é acusado de branqueamento de capitais, corrupção e fraude ao lado de cinco outras pessoas físicas e de quatro companhias.
 
A polícia e a direcção de impostos têm se interessado desde há longa data dos rendimentos de Malema, que leva uma vida regalada, embora se afirma ser defensor dos mais pobres.
 
O seu dinheiro é proveniente do obscuro fundos familiares Ratanang e de On-Point Engineering, uma companhia na qual possui interesses que ganhou através de contratos suspeitos na província, dirigida pelos seus amigos políticos, segundo informações publicadas na imprensa.
 
Malema, segundo os artigos de imprensa recorrente, é igualmente acusado de ter financiado na atribuição de contratos as autoridades provinciais.

Associação de Produtores de Petróleo Africano Constrói sede em Brazzaville

Brazzaville - A Associação dos Produtores de Petróleo Africanos (APPA) vai brevemente construir a sua sede em Brazzaville, anunciaram peritos da organização reunidos na capital congolesa.
 
Trata-se de um prédio de 10 andares e de 7.535,53 metros quadrados, cujo custo se estima em 4.534.952.000 de francos CFA (um dólar americano equivale a cerca de 530 francos CFA), que será construído no centro de Brazzaville.
 
Os peritos consideram uma necessidade a construção da nova sede da APPA, tendo em conta as ambições da organização e os desafios a enfrentar.
 
Criada em 1987, em Lagos, na Nigéria, a APPA assegura a promoção das iniciativas comuns e dos projetos em matéria de políticas e de estratégias de gestão em todos os domínios da indústria petrolífera para permitir aos Estados-membros tirar os melhores benefícios das atividades de exploração do petróleo.
 
A APPA agrupa 18 países, nomeadamente a África do Sul, a Argélia, Angola, o Benin, os Camarões, o Congo, a RD Congo, a Côte d'Ivoire, o Egito, o Gabão, o Gana, a Guiné Equatorial, a Líbia, a Mauritânia, o Níger, a Nigéria, o Sudão, o Tchad.

Guiné-Bissau Assinalou 39 Anos da Proclamação da Sua Independência

Manuel Serifo Nhamadjo, presidente da república de transição da Guiné-Bissau (à esquerda)
Manuel Serifo Nhamadjo, presidente da república de transição da Guiné-Bissau (à esquerda)
 
Guiné-Bissau-39 anos em Madina do Boé o PAIGC proclamava unilateralmente a independência daquela que se viria a tornar a Guiné-Bissau. As cerimónias na capital guineense coincidiram com o início dos trabalhos da Assembleia Geral da ONU onde a confusão é total sobre quem poderá representar o país em Nova Iorque.
 

Este 39° aniversário da independência guineense ocorre num contexto de divisão já que a CEDEAO implementou autoridades de transição após o golpe de Estado de 12 de Abril, mas grande parte dos parceiros tradicionais da Guiné-Bissau continuam não reconhecer o novo poder.
 
É o caso da União Europeia, União Africana e CPLP;de tal maneira que os presidente e primeiro-ministro depostos, respectivamente, Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior rumaram até Nova Iorque para representar a Guiné-Bissau na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 
A alocução da Guiné-Bissau está prevista para sexta-feira.O presidente interino, Serifo Nhamadjo, deixou terça-feira Bissau rumo a Dacar e, posteriormente, Nova Iorque para também participar nos trabalhos da ONU e ali representar as novas autoriades guineenses.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ONU Condena Assassinato de Parlamentar

SG da ONU , Ban Ki - Moon
SG da ONU , Ban Ki - Moon

Nova Iorque - O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o assassinato de Mustapha Haji Maalim, um membro do novo parlamento somali, dizendo que esta acção constitui uma lembrança das dificuldades encontradas pelas novas instituições.

"Esta perda (do parlamentar Maalim) ocorreu muito cedo na vida do novo parlamento, cujo trabalho é de capital importância na nova via escolhida pela Somália. Ela constitui uma lembrança das dificuldades encontradas pelas novas instituições", acrescentou.

Ki-moon declarou que os membros do parlamento somali foram designados de maneira transparente, consultiva e representativa e que são chamados a servir num momento crítico da história do país.

Por sua vez, o representante especial do secretário geral da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, condenou firmemente este assassinato, exigindo um inquérito independente sobre o caso.

"Estou chocado e indignado pelo assassinato do honroso Maalim", declarou num comunicado entregue à PANA domingo em Nova Iorque, afirmando que "estes actos cobardes de assassinatos direccionados e atentados cegos não podem enfraquecer a notável coragem do povo somali cuja teimosia e a determinação permitiram-lhe ultrapassar obstáculos formidáveis e chegar lá onde estamos agora".

Segundo a imprensa local, Maalim foi abatido sábado em Mogadíscio, a capital do país, por homens armados não identificados e sucumbiu mais tarde aos seus ferimentos num hospital.

O incidente segue-se a um duplo atentado suicida ocorrido quinta-feira última, em Mogadíscio, que visava um restaurante popular matando pelo menos 12 pessoas, incluindo jornalistas e polícias.

A Somália empreendeu, após décadas de guerra, um processo de paz e de reconciliação nacional, com uma série de medidas importantes tomadas nestas últimas semanas e que contribuíram para pôr termo ao período de transição política de oito anos neste país do Corno de África.

Estas medidas compreendem a adopção de uma Constituição provisória, a aplicação de um novo parlamento e a escolha de um novo presidente, indica-se.

Dilma Rousseff discursa Nesta Terça-feira na Assembleia Geral da ONU

Nova York - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, chegou domingo (23de Setembro) a Nova York, onde discursa, nesta terça-feira (25de Setembro) na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas.Ela deve reiterar que apenas esforços conjuntos na busca por soluções para conter os efeitos da crise econômica internacional evitarão danos às metas de inclusão social e redução da pobreza no mundo. Ela também pretende destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em Junho.
 
Dilma desembarcou acompanhada da filha, Paula Araújo, e dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Marco Aurélio Garcia (Secretaria Especial de Assuntos Internacionais), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social). Dilma fica até o dia 26 em Nova York.
 
No ano passado, a presidente foi a primeira mulher a discursar na Assembleia Geral da ONU. Inicialmente, na edição deste ano, está confirmada apenas uma reunião dela com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há encontros organizados com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Porém, uma possibilidade é que ela se encontre com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
 
Em relação à política externa, a presidente deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática.Referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai.Sobre a Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
 
Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado independente. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. No ano passado, a presidente ressaltou o apoio à oposição na Líbia. Na época, o então presidente Muammar Kadhafi (morto em Outubro de 2011) resistia em deixar o poder.
 
No âmbito regional, a presidente deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de Junho.
 
A 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas terá como temas principais a prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acompanha Dilma e tem uma agenda paralela. O principal tema da agenda dele é o esforço para a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
 
O conselho é formado por 15 paísescinco com assentos permanentes e dez com rotativos. O Brasil defende a ampliação para, pelo menos, 25 lugares no total. O assunto deve ser reunião de Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Mali Chega a Acordo com CEDEAO para Envio de Tropas

Dioncounda Traoré, presidente maliano
Dioncounda Traoré, presidente maliano
 
Mali-O Mali chegou a acordo com a CEDEAO sobre o envio de tropas africanas para o estado maliano. A força terá em Bamaco o seu quartel-general.

O Mali e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chegaram a um acordo sobre o envio de tropas africanas para o Mali. Esta força terá em Bamaco o seu quartel-general. O anúncio foi feito pelos ministros da defesa da Costa do Marfim e do próprio Mali.

De recordar que, no início de Setembro, o presidente Dioncounda Traoré havia pedido oficialmente ajuda à CEDEAO, para travar a situação do norte do país. O norte do Mali é controlado, desde há seis meses, por vários grupos islamistas armados, próximo da Al-qaeda do Magrebe islâmico.Grupos que aplicam a lei islâmica, e que têm vindo a ser acusados de violações graves de direitos humanos.
 
De sublinhar por fim, que à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, vai ter lugar no dia 26 de Stembro, quarta-feira, uma reunião de alto nível sobre o Sahel, do qual faz parte o Mali.

O politólogo guineense, Rui Landim, defende que a ONU deveria adoptar uma resolução clara e urgente de forma a resolver o problema maliano.