quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Oposição Guineense Organiza Marcha de Protesto

Bandeira d a Guiné - Conakry
Bandeira d a Guiné - Conakry
Conakry - Os responsáveis do colectivo dos partidos políticos para a finalização da transição e da Aliança para o Desenvolvimento e Progresso (ADP) anunciaram organizar, Quarta-feira próxima, "uma marcha pacífica" em Conakry, a capital da Guiné Conakry.

Segundo os organizadores, em encontro com a imprensa, a iniciativa tem como objectivo manifestar o seu descontentamento consecutivo à "recusa" das autoridades de convocar os eleitores para "eleições legislativas livres, transparentes, credíveis e aceitáveis", cita à agência Panapress.

O líder da União das Forças de Mudança (UFC), Aboubacar Sylla, porta-voz da ADP, sublinhou que há mais de seis meses os dois blocos interpelou a comunidade internacional sobre a necessidade de se implicar na resolução da crise política guineense.

Sylla precisou que o colectivo e a ADP, que reivindicavam dez pontos no início, acabaram por desistir de oito deles para permitir às autoridades organizar sem demora as eleições legislativas.

Os dois blocos reclamam ainda a mudança do presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Loucény Camará, que anunciou recentemente a sua demissão, e a substituição do operador técnico, Sabary Technology da África do Sul, que acusam de parcialidade.

Uma missão da Comunidade Económica para o desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encontrou-se recentemente em Conakry com os atores políticos e os responsáveis da sociedade civil para os incentivar a prosseguir o diálogo com vista a alcançar um consenso que deve permitir a organização rápida das legislativas.

Ao abrir os trabalhos de um fórum económico sexta-feira última, o Presidente Alpha Condé disse que as eleições serão organizadas em breve, todavia sem precisar a data.

Os partidos membros do colectivo para a finalização da transição e os da ADP confrontaram-se em Agosto último com as forças da ordem que os impediram de organizar uma marcha, o que causou detenções e feridos entre os militantes e os elementos das forças de segurança, dos quais cerca de 20 foram gravemente feridos.

Por seu lado, o ministro da Administração do Território e Descentralização, Alhassane Condé, notificou recentemente aos partidos políticos, durante um encontro, que mesmo se a Constituição prevê a organização de marchas elas deverão ser realizadas no respeito da lei, ressaltando que as manifestações provocam a destruição de bens públicos e privados.

Finalistas Guineenses Recebem Bilhetes de Avião, Mas Burocracia Russa Dificulta Regresso

Rússia-Os 22 finalistas guineenses receberam os bilhetes de avião para poderem regressar ao seu país no próximo sábado, mas as barreiras burocráticas russas poderão impedir a saída dos estudantes.
"Recebemos a cópia dos bilhetes e o nosso embaixador comunicou-nos que a data da partida será 22 de setembro, ou seja, no próximo sábado", declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz dos estudantes da Guiné-Bissau.
 
"Mas, agora, encontramo-nos nos serviços de imigração da Rússia para conseguir a autorização de saída do país, visto que já nos encontramos numa situação ilegal", acrescentou.
 
O visto de permanência na Rússia dos estudantes guineenses terminou há cerca de duas semanas e, segundo as leis russas, eles só poderão abandonar o país depois de regularizar novamente a sua situação.
 
"Foram-nos colocadas duas formas de resolver o problema. Ou pagamos uma multa por permanência ilegal no país, ou somos deportados. Ora ambas são inaceitáveis para nós", explicou Carfa Mané.
 
Segundo o finalista guineense, os estudantes nem têm dinheiro para pagar a multa, nem querem ser deportados, porque, no último caso, ficarão proibidos de entrar na Rússia nos próximos cinco anos e "alguns de nós precisarão de voltar antes por razões familiares ou académicas".
 
Segundo a lei russa, se o visto de permanência caducar na Rússia, o portador do passaporte terá de desembolsar cerca de 150 euros para sair do país."Onde é que vamos buscar esse dinheiro? Pedimos à nossa embaixada que enviasse um funcionário para resolver o problema, pois não queremos perder esta oportunidade de regressar a casa", frisou o finalista.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Professor Universitário eleito Presidente da República

Mogadíscio - O professor universitário Hassan Cheikh Mohamoud, de 56 anos, foi eleito segunda-feira à noite presidente da Somália pelo Parlamento reunido em Mogadíscio, ao obter maioria absoluta na segunda volta, informa AFP.
 
O novo presidente obteve 190 votos, contra 79 votos para o actual mandatário, Sharif Cheikh Ahmed. Hassan Cheikh Mohamoud, que não era considerado favorito, tinha ocupado o segundo lugar na primeira volta, com 60 votos, atrás de Sharif Cheikh Ahmed, que obteve 64 votos.
 
O candidato "Hassan Cheikh Mohamoud é o vencedor da eleição presidencial", anunciou o presidente do Parlamento, Mohamed Osman Jawari, após a recontagem dos votos.
 
Hassan Cheikh Mohamoud já foi empossado pelo presidente da Suprema Corte, depois de prestar juramento sobre o Alcorão. A vitória foi saudada com tiros para o ar em Mogadíscio.
 
"Agradeço a todos que participaram deste processo histórico (...) Espero que a Somália caminhe agora para o melhor e que todos os nossos problemas fiquem no passado", declarou o novo presidente.
 
Vinte e cinco candidatos apresentaram-se na primeira volta desta eleição, na qual votaram os membros do novo Parlamento somali, eleitos por antigos representantes dos clãs.
 
Hassan Cheikh Mohamoud é filiado ao partido Al Islah, considerado o equivalente somalí da Irmandade Muçulmana.Professor sem actuação política radical, Mohamoud não tem ligação com qualquer das facções implicadas na interminável guerra civil que assola a Somália desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.
 
Considerado um moderado e fundador de uma universidade em Mogadíscio, o novo presidente trabalhou em várias organizações internacionais na Somália, mas é um "desconhecido" para a comunidade internacional, revelou um diplomata à AFP.
 
A eleição conclui um longo e complexo processo político apoiado pelas Nações Unidas e destinado a dotar a Somália de instituições sólidas e de um autêntico governo central, após uma sucessão de autoridades de transição a partir do ano 2000.
 
Diante dos persistentes combates contra os rebeldes islâmicos e da falta de estrutura estatal, a população somali ficou de fora do processo de reconstrução política.Os rebeldes islâmicos que combatem o governo somali perderam terreno no último ano diante da força da União Africana e dos contingentes enviados à Somália pelo Quénia e a Etiópia, mas ainda controlam boa parte do sul e centro do país.

Duques de Cambridge Apresentam Queixa-crime Contra a Closer

França-Apesar da digressão pela zona Ásia-Pacífico, os duques de Cambridge continuam a fazer correr muita tinta na Europa.Depois de terem apresentado queixa contra a revista francesa Closer por “atentado à vida privada”, os duques de Cambridge apresentaram, esta segunda-feira, uma queixa-crime contra o fotógrafo autor das fotografias de Kate Middleton em topless durante as férias de verão no Sul de França.
 
Para o advogado Christopher Mesnooh “de um ponto de vista puramente económico a maioria das revistas chegaria à conclusão que é do seu interesse publicar as fotografias e tentar negociar qualquer ação legal mais tarde.”
 
Certo é que as queixas apresentadas contra a Closer não demovem as restantes revistas de fazerem o mesmo. A revista de celebridades italiana CHI, do mesmo grupo que a publicação gaulesa, decidiu dedicar um especial de 26 páginas aos seios da duquesa de Cambridge.
 
“O interesse público, a natureza não mórbida das fotografias, o respeito pela dignidade da pessoa e a não-violação de privacidade porque se encontrava num espaço público, na rua, significa que as fotografias respeitam a lei italiana”, defende o editor da CHI, Alfonso Signorini.
 
Ao levarem o caso para a justiça os duques de Cambridge esperam dissuadir outras revistas de publicarem as fotografias de Kate em topless. A CHI não parece minimamente intimidada. O jornal irlandês Irish Daily Star também já publicou as imagens da duquesa de Cambridge.

Guiné-Bissau: Sindicato reivindica direitos dos funcionários da Justiça

Bissau - O Presidente do Sindicato de Base do Ministério da Justiça afirmou que os direitos dos trabalhadores desta instituição do Estado foram gravemente lesados pelo Governo de Transição.
 
Em conferência de imprensa realizada segunda-feira, 17 de Setembro, em Bissau, Isidro Teixeira sublinhou que alguns funcionários do Ministério da Justiça se encontram, há 9 meses, sem receber salários.

«Já existem perto de 9 meses de salários em atraso, de pessoal que recebe do chamado ´cofre´, por parte deste Governo», disse o sindicalista.

Perante esta situação, Isidro Teixeira disse que a organização vai levar a cabo acções legais, que passam por uma paralisação a ter lugar a partir do dia 18 de Setembro.

Entre outras revindicações, constam ainda, por parte dos sindicatos, a promoção, o reajuste e a subida de letras dos funcionários, o pagamento de subsídios aos arquivistas, aberturas de mais centros de produção de Bilhetes de Indexteridade nos bairros de Santa Luzia e Ajuda, assim como os meios de transporte para o pessoal.
 
Recorde-se que, num memorando sobre a situação laboral dos trabalhadores do Ministério da Justiça que o Sindicato de Base entregou ao Governo de Transição em Agosto, foram levantadas várias situações com que os funcionários se defrontaram, que passam pelo aumento do nível de pobreza, falta de segurança, constante conflito no local de trabalho e desrespeito pelo factor qualidade no seio dos funcionários.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Guiné-Bissau: Presidente de Transição Anuncia Participação na Assembleia-geral da ONU


Guiné-Bissau-Presidente da República de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, «representará o país ao mais alto nível» na 67.ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, segundo uma nota divulgada em Bissau.
 
A Assembleia Geral da ONU, este mês, é «uma ocasião a todos os títulos soberana para Manuel Serifo Nhamadjo informar o mundo sobre a evolução da transição na Guiné-Bissau, fundamentalmente no que diz respeito aos aspetos político-económico, social e segurança interna», diz também o comunicado do gabinete do Presidente de transição, que ocupou o cargo após o golpe de estado de 12 de abril.
 
Serifo Nhamadjo, ainda de acordo com o mesmo comunicado, «é um dos convidados de honra do governo dos Estados Unidos para participar numa receção que será oferecida nesta circunstância a mais de 100 personalidades».

Polícia Guineense Morreu em Angola

Guiné-Bissau-Pelo menos um dos 350 agentes da polícia da Guiné Bissau que recebeu treino em Angola acabou por morrer, segundo as autoridades daquele País.

Os mesmos que regressam no final deste mês, deviam voltar à Bissau em Julho passado.

Entretanto, fontes em Luanda próximas do contingente policial da Guiné Bissau confirmaram o óbito afirmando que este tinha adoecido.
As fontes acrescentaram que ao contrário do que é habitual o agente não foi levado para o hospital militar apesar da sua situação se ter agravado.

O agente que morreu fazia parte do contingente de 350 agentes enviados para Angola para ali serem treinados.

O grupo de policias guineenses terminou há dois meses a sua formação em Angola mas desde então tem estado á espera que as autoridades guineenses lhes digam quando vão regressar.

Na Terça-feira um porta-voz do grupo tinha lançado um apelo publico para que se resolvesse a sua situação.

Hoje o Major Pedro Goi que chefia o destacamento da Guiné Bissau disse ter recebido garantias que os polícias guineenses vão em breve regressar ao seu país.

“Vamos regressar no fim do mês,” disse o Major acrescentando que a informação lhe tinha sido dada a partir de Bissau pela hierarquia policial guineense.

A mesma fonte informou ainda que os agentes guineenses recebem apoio das autoridades angolanas em termos de alimentação e acesso a cuidados médicos. Os agentes recebem também um subsídio mensal de 100 dólares das autoridades angolanas.