quinta-feira, 23 de agosto de 2012

União Africana Saúda Contributo de Meles Para Promoção da Paz

Bandeira da União Africana
Bandeira da União Africana

Addis Abeba - O presidente cessante da Comissão da União Africana (UA), Jean Ping, saudou  terça-feira "a contribuição para a promoção da paz" do falecido Primeiro-ministro etíope Meles Zenawi, recordando o envio de tropas etíopes nas missões em vários países africanos como a Somália.

"A Comissão vai lembrar-se do Primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, pela sua excepcional contribuição para a realização dos objectivos da UA e a promoção dos interesses de África", indica num comunicado a organização panafricana, com sede em Addis Abeba.

A União Africano saúda assim "a contribuição da Etiópia, sob o governo do Primeiro-ministro Meles Zenawi, para a promoção da paz e da segurança em África", recordando o envio das tropas etíopes de manutenção da paz no Burundi, na Libéria e na região de Abyei, disputada entre o Sudão e o Sudão do Sul, no quadro das operações da UA ou da ONU.

A organização recorda igualmente o apoio da Etiópia às autoridades de Mogadíscio e no quadro da Amison (a força da UA na Somália), elogiando os seus "esforços para erradicar o terrorismo e o extremismo na Somália e abrir a via para uma paz duradoura e para a reconciliação" no país.

A UA também presta homenagem à acção de Meles no seu país, que se tornou, segundo a organização, "um dos líderes económicos do continente". O Primeiro-ministro etíope jogou "um papel importante ao abrir uma nova era de esperança e de crescimento em África", acrescentou a plataforma continental.

Meles Zenawi, poderoso entre os líderes africanos, faleceu segunda-feira à noite num hospital, em Bruxelas, aos 57 anos.

Eleita a 15 de Julho à frente da Comissão da UA, o órgão executivo da organização continental, a sul-africano Nkosazana Dlamini-Zuma, vai suceder oficialmente Jean Ping em Setembro.

Governo Diz que Dificuldade de Vender Castanha de Caju é Ultrapassável

Bandeira da Guiné-Bissau
Bandeira da Guiné-Bissau

Bissau - O porta-voz do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, reconheceu terça-feira que o país tem dificuldades em escoar a castanha de caju para o mercado internacional, mas diz que é uma "situação ultrapassável", noticiou a Lusa. 

 Em declarações à agência Lusa, Fernando Vaz disse que existem neste momento cerca de 90 mil toneladas da castanha de caju (um dos principais produtos de exportações da Guiné-Bissau) nos armazéns em Bissau a aguardar escoamento.  

"É uma situação conjuntural derivada de variados factores.Pensamos que é uma situação ultrapassável. O Governo está a estudar outras alternativas", defendeu Fernando Vaz.  

A previsão feita pelo governo deposto pelo golpe de Estado de 12 de Abril passado era que o país iria exportar este ano entre 220 a 230 mil toneladas do cajú mas o executivo de transição teve de rever em baixa estes números fixando-os agora em 180 a 190 mil toneladas.  

Fernando Vaz explicou que a retracção normal da actividade económica (normal neste período do ano na Guiné-Bissau) associada à falta de liquidez nos bancos comerciais são algumas das justificações para a dificuldade no escoamento do caju da Guiné-Bissau.   

"Os bancos emprestaram dinheiro aos operadores económicos e muitos ainda não conseguiram vender o cajú  e logo não conseguem pagar o crédito que fizeram, o que faz com que os bancos estejam sem liquidez para continuar a injectar capital no mercado", disse o porta-voz do governo de transição, assinalando ser "regra de ouro" do BCEAO (Banco Central dos Estados da África Ocidental) a recuperação do crédito antes de novos empréstimos.  

A juntar a tudo isso, notou Fernando Vaz, está ainda o facto de a Índia, principal comprador mundial do cajú em bruto, não estar a comprar o produto como nos anos anteriores.
 

"Há um excesso mundial da produção e esse facto não afecta apenas o cajú da Guiné-Bissau. Muitos países produtores também estão com dificuldades para vender o seu cajú para a Índia. É preciso arranjar outros compradores. É isso que o Governo está a fazer", afirmou Fernando Vaz que é também ministro da Presidência do Conselho de Ministros.  

Fernando Vaz referiu que além do aumento da produção mundial, no caso da Guiné-Bissau, os operadores económicos "colocaram a fasquia alta" em termos dos preços de venda internacional.
 

“No ano passado, por exemplo, houve contratos de venda por 1.400 dólares por tonelada. Este ano, os preços caíram para 800 dólares e muitos operadores que já tinham feito os contratos pensando em grandes margens, com base nos preços dos anos anteriores, não conseguem vender", observou.  

“Há uma luz no fundo do túnel. Até próxima quarta-feira o Governo terá uma alternativa", disse o porta-voz do Governo, sem especificar a que comprador se referia, embora admita serem outros mercados que não a Índia.  

"Há ofertas para a compra do nosso cajú por contratos de 1.200 dólares por tonelada", disse Fernando Vaz, frisando que esta possibilidade irá ajudar a escoar o cajú que ainda se encontra nos armazéns em Bissau.  

"Alguns compradores indianos perante esta possibilidade já estão a oferecer contratos por 1050 dólares por tonelada", notou o porta-voz do Governo guineense, pedindo calma aos operadores económicos do sector do caju.   

De acordo com o presidente do Comissão Nacional do Cajú, André Nanque, a Guiné-Bissau exportou 174 mil toneladas de cajú, em 2011, o que foi um recorde, e fez entrar nos cofres públicos 226 milhões de dólares.

Apelo à UA e ao Ocidente Para Impedir Execuções em Setembro

Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh
Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh

Dakar - O Encontro africano para a defesa dos direitos humanos (RADDHO), uma ONG com sede em Dakar, apelou terça-feira à África e ao Ocidente para "impedir" as execuções em Setembro de condenados à morte anunciadas pelo presidente gambiano Yahya Jammeh.

"Estamos profundamente chocados. É incrível. Os chefes de Estado africanos foram muito complacentes com Yahya Jammeh. A Gâmbia é um país onde as liberdades públicas não existem e onde são praticadas execuções extra-judiciais. É demais!", afirmou à AFP o presidente da RADDHO, Alioune Tine.

"Chegou o momento para África reagir. Os presidentes africanos, o presidente da União Africana (Thomas Boni Yayi do Benin), da Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO), devem impedir estas execuções e meterem-se na linha de frente. Apelamos também às embaixadas ocidentais", acrescentou Tine.

"Se estas execuções forem realizadas, a sede da Comissão africana dos direitos humanos e dos povos deve ser colocado em outro lugar fora da Gâmbia", prosseguiu.

Numa declaração segunda-feira à Nação por ocasião da festa do Eid al-Fitr, que marca o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadão, Yahya Jammeh anunciou que todos os condenados à morte na Gâmbia serão executados em Setembro.

A última execução de um condenado à morte na Gâmbia foi em 2007.




quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Europa: Divisão em Regiões Administrativas


Europa-Mesmo tendo a segunda menor extensão territorial do mundo, o continente europeu possui grandes diversidades espaciais ao longo da sua área. Formada por muitos países de espaços territoriais pequenos e médios, com exceção da Rússia [maior país do mundo em termos de extensão territorial], a Europa é palco de várias regionalizações caracterizadas pelas diferenças físicas e sócio-econômicas. Com uma grande história sobre as sociedades geradas neste continente, analisar cada nação europeia requer sempre um trabalho complexo, pois necessitamos conhecer o seu passado para comprender suas questões atuais. Dessa forma, divide-se a Europa em seis regiões: Europa Nórdica, Europa Central, Península Ibérica, Leste Europeu, Península das Bálcãs e Países Bálticos.

 

Europa Nórdica


Situada no extremo norte da Europa, os países Nórdicos são caracterizados por serem de alto padrão de vida social e economias estáveis. Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia fazem parte desta região, o que demonstra que problemas sociais não são temas desses países. Com índices de renda per capta entre US$ 19.000 (o valor mais baixo) até US$ 28.000, essas nações estão a anos-luz da realidade mundial. Particularmente, a Noruega recebeu este ano (2001) a indicação da ONU (Organização das Nações Unidas) como país de melhor nível de vida do mundo, a partir dos indicadores sociais e econômicos (IDH). O padrão de vida nórdico chega a diferenciar-se do padrão europeu. Com pouca população e muito dinheiro circulando em seus territórios, esses países distribuem muito bem suas riquezas. No campo físico, a região é muito conhecida pelos fiordes noruegueses que estão na península Escandinava (Noruega e Suécia), enquanto que a ilha da Islândia, que situa-se bem afastada da massa continental europeia, possui grandes processos vulcânicos por estar num falha tectônica. Outro fato interessante da Europa Nórdica, é o acontecimento do “sol da meia-noite” (no verão) e da aurora boreal (no inverno). Isto é possível em virtude da região estar localizada na proximidade do Pólo Norte (países setentrionais).

 

Europa Central


Conhecida também como centro geoeconômico da Europa, por agrupar os países mais ricos e influentes em questões mundiais, essa região é na verdade o coração europeu em todos os sentidos. Esta área é formada por doze nações que são difundidas em todo o mundo como governantes da União Europeia (UE), pois nesta região está localizada a sede da UE em Bruxelas, capital da Bélgica. Países como: Alemanha, Reino Unido, França e Itália, são grandes potências econômicas e também participam como membros do G-7 (Grupo dos Sete: os países mais ricos do mundo), e Áustria, Bélgica, Irlanda, Holanda, Luxemburgo, Liechtenstein, Suíça, Mônaco, San Marino e Vaticano dão suporte econômico para a União Europeia. Os países dessa região possuem economias estáveis e bons níveis de vida. O território da Europa Central é caracterizado por diferentes formas de relevo, podemos encontrar desde extensas planícies (como na região dos Países Baixos – Holanda) até grandes montanhas, onde está localizado o Mont Blanc (Monte Branco) com 4.810 metros de altitude (ponto mais alto da Europa), situado na região dos Alpes, entre a França e a Itália.

 

Península Ibérica


São três nações que compõem esta região: Andorra, Espanha e Portugal. Mas nem por isso deixa de ter significativa importância para a Europa. Esses países (Espanha e Portugal) foram grandes potências na época da colonização das Américas, sendo que atualmente suas influências estão mais relacionadas com o continente europeu. Participam da União Europeia desde a sua criação e são grandes produtores agrícolas na Europa por terem suas terras em latitude mais baixa, o que condiciona um clima mais quente do que outros países do continente. São grandes os atrativos turísticos da região, tanto suas famosas praias mediterrâneas, como pelas questões históricas. O relevo da região é muito peculiar, pois se tem áreas de montanhas (Serra Nevada) e extensas planícies e planaltos. O nome Ibérica provém da península em que se localizam essas nações.

 

Leste Europeu


Com a maior extensão territorial das divisões regionais da Europa, o Leste Europeu é composto por países originados com o fim da Guerra Fria e com nações que faziam parte do bloco socialista da Europa. Em consequência deste fato, muitas nações estão sofrendo atualmente grandes crises econômicas por entrarem tardiamente no sistema capitalista, onde a tecnologia de ponta caminha junto com o poder do capital. Eles também uniram para reunir forças e formaram a CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Esta região é “liderada” pela Rússia, mas possui outras nações importantes e conhecidas: Polônia, Romênia, Hungria, República Theca, Ucrânia, Eslováquia, Moldávia, Belarus, Geórgia, Armênia e Azerbaidjão. No que se refere ao relevo local podemos citar os montes Urais, que fazem a divisão da Europa com a Ásia, e extensas planícies que são áreas agrícolas de suma importância para estes países.

 

Península das Balcãs


Conhecida nos últimos anos como palco da Guerra da Iugoslávia, essa região está mergulhada em diversos problemas de ordem sociais e econômicos, onde Croácia, Bósnia-Herzegóvina e Macedônia levarão anos para se reestruturar internamente. Porém, Grécia, Bulgária, Eslovênia, Albânia e Turquia (parte europeia) já não se encontram em situação tão precária, vale destacar que a Grécia é um país-membro da União Europeia desde sua criação e possui índices sócio-econômicos muito diferentes de seus vizinhos. Em consequência da guerra, a região está muito desestruturada e necessita de ajuda financeira internacional. Por outro lado, observamos o turismo grego crescer a cada ano e se destacar no panorama mundial. Caracterizado por regiões montanhosas, as Balcãs possuem um relevo peculiar ao longo de sua extensão, encontrando planícies somente no norte desta região.

 

Países Bálticos


Tendo o menor território de todas as regiões da Europa, os Países Bálticos são formados por três nações provindas do extinto mundo socialista: Estônia, Letônia e Lituânia. Vale lembrar que esta região possui este nome em razão do mar que banha essas três nações, o Mar Báltico. Estes países conseguiram sua independência com o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e em respaldo a este fato se encontram muito atrasados para o sistema capitalista, que gerou uma busca pela modernização nas empresas de celulose (papel) e pesqueiras. As três nações se uniram de tal forma que é muito difícil relacionar uma delas sem pensar na outra, isto pode ser explicado pela proximidade geográfica, cultural e religiosa que elas possuem. A região é caracterizada por extensas planícies, mas também é composta por montanhas em seu interior.

Europa Nórdica:


Dinamarca; Finlândia; Islândia; Noruega e Suécia

Europa Central:


Alemanha; Áustria; Bélgica; França; Holanda; Irlanda; Itália; Liechtenstein; Luxemburgo; Mônaco; Reino Unido;San Marino;Malta; Suíça e Vaticano

Península Ibérica:Andorra; Espanha e Portugal

LesteEuropeu:Armênia;Belarus;Eslováquia; Geórgia;Hungria; Moldávia; Polônia; República Theca; Romênia; Rússia e Ucrânia

Península das Balcãs:Albânia;Bósnia-Herzegóvina;Bulgária; Croácia; Eslovênia; Grécia; Sérvia; Montenegro; Macedônia; Kosovo e Turquia (parte europeia)


Países Bálticos:Estônia; Letônia e Lituânia



Conclusão: a Europa é composto por 49 paises





Mais de 100 Observadores da SADC Já no País


Luanda - Mais de 100 observadores eleitorais da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foram apresentados, h, segunda-feira passada, em Luanda, numa cerimónia de lançamento oficial da Missão de Observação Eleitoral (SEOM) às eleições gerais de 31 de Agosto.

O acto foi presidido pelo presidente executivo daquela instituição, Tomáz Augusto Salomão, que na ocasião deu a conhecer que nos próximos dias chegarão ao país mais um número considerável de observadores, que vão levar a cabo a sua missão em todo o território nacional.

Salientou que, a missão de observação está no país para garantir que as disposições dos princípios e directrizes da SADC que regem eleições democráticas sejam respeitadas e à este respeito a SEOM irá implantar um número considerável de observadores eleitorais no país.

Neste contexto, salientou que a conduta da missão estará baseada na Constituição da República, Lei eleitoral, código de conduta eleitoral, declaração de princípios para a observação eleitoral internacional e o código de conduta para observadores eleitorais internacionais.

Frisou que, a realização de eleições no país é um verdadeiro testemunho de que os estados membros têm enraizado e aprofundado os valores e práticas democráticas, fortalecendo as instituições da região austral.

Referiu que a actual estabilidade na República de Angola, dez anos após conflito armado, fornece uma clara evidência de que o povo angolano é amante da paz, uma vez que também é visível o progresso no país, através do desenvolvimento de importantes infra-estruturas socio-económicas.

“Estas eleições gerais constituem um marco significativo no processo da consolidação da democracia no país, daí que a preservação da paz é da estabilidade é de suma importância, pelo que a difusão dos valores democráticos entre todas as partes interessadas, requer responsabilidade.

Em conformidade com o tratado da SADC e os princípios e directrizes daquela instituição que regem as eleições democráticas, a República de Angola convidou a SEOM para observar as eleições gerais marcadas para o dia 31 de Agosto.

Assistiram a cerimónia representantes da CNE, de partidos políticos, da sociedade civil, membros do corpo diplomático acreditados em Angola, entre outros convidados.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Primeiro-ministro da Etiópia Morre após Infecção Súbita

Governante estava doente há um ano mas continuou a trabalhar, até ter sido internado há cerca de dois meses
Governante estava doente há um ano mas continuou a trabalhar, até ter sido internado há cerca de dois meses o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, morreu segunda-feira à noite, após ter contraído uma infecção súbita. Zenawi, um dos políticos africanos mais influentes, tinha 57 anos

Etiópia-Zenawi estava doente há um ano mas continuou a trabalhar até há cerca de oito semanas, quando deixou de aparecer em público. Em Julho, o governo etíope informou que o chefe de Governo estava hospitalizado a recuperar de uma doença não especificada. Segundo a AFP, que cita fontes diplomáticas, Zenawi estava internado em Bruxelas, na Bélgica.

Nesta terça-feira, fonte governamental anunciou a morte do primeiro-ministro “com grande tristeza”. Numa comunicação oficial, a mesma fonte disse que o estado de saúde do governante apresentava melhoras nos últimos tempos, mas uma infecção súbita contraída no domingo obrigou a um internamento de urgência.“Apesar dos cuidados médicos redobrados, morreu [na segunda-feira] cerca das 23h40”, acrescentou.

O vice-primeiro ministro, Hailemariam Desalegn, que é também ministro dos Negócios Estrangeiros, vai assumir a liderança do governo. Até ao funeral, que ainda não tem data marcada, o país vai cumprir um período de luto.

Um porta-voz do governo, Bereket Simon, disse ontem aos jornalistas que a Etiópia está “estável” e que “tudo vai continuar como planeado” por Zenawi antes da sua morte. E acrescentou: “Mesmo que a Etiópia seja duramente afectada por perder o seu grande líder, o primeiro-ministro, Meles Zenawi, iniciou políticas e estratégias fundamentais, que vão ser reforçadas”.

Meles Zenawi era um dos políticos mais influentes do continente africano e subiu ao poder em 1991, enquanto líder dos rebeldes que derrubaram a junta militar. Como Presidente e depois como primeiro-ministro, Zenawi transformou a Etióptia num país desenvolvido economicamente e com poder nos assuntos de segurança regional.

Logo após a notícia da morte de Zenawi, os rebeldes islâmicos da Somália classificaram a data como "um dia histórico".
"Estamos muito contentes com a morte de Meles Zenawi. A Etiópia vai entrar em colapso com certeza", disse à Reuters Sheikh Ali Mohamud Rage, porta-voz do grupo de radicais islâmicos Al Shabaab. Sob a liderança de Zenawi, a Etiópia enviou por duas vezes as suas tropas para a fronteira com a Somália para lutar contra os rebeldes.

Também o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já reagiu publicamente à morte do primeiro-ministro etíope, a quem via como "um dirigente africano respeitado". Zenawi "mostrou um grande compromisso pessoal, durante muitos anos, com a melhoria das condições de vida não só dos etíopes, mas de todos os povos africanos", afirmou Durão Barroso numa mensagem de condolências.

O presidente da Comissão Europeia enalteceu ainda o combate de Zenawi pela união africana, a luta contra as alterações climáticas e em prol do desenvolvimento. Sublinhou também o papel do primeiro-ministro etíope na "paz e estabilidade" no Corno de África.

Guiné-Bissau: Cidadã Reclama Terreno Uzando Uma Caixa Funerária

Bissau - Uma cidadã nacional reclamou, na passada quinta-feira, 16 de Agosto, junto da Câmara Municipal de Bissau (CMB), a devolução do terreno exibindo uma caixa funerária em frente da instituição.

O acto provocou o pânico e a fuga de cidadãos e de funcionários da edilidade, tendo sido chamada a força de ordem, que se dirigiu ao local e conduziu a autora da iniciativa à direcção da Polícia de Protecção Pública, acabando por ser libertada horas depois.

Contactada pela PNN, Marta da Costa, de alcunha «Nené Djeguet», disse que a iniciativa visa chamar a atenção dos responsáveis da Câmara Municipal de Bissau, que chamou de corruptos e oportunistas no tratamento abusivo de compra e venda do terreno pertencente aos seus pais, situado na Avenida dos Combatentes da Liberdade de Pátria, perto do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

«Existem pessoas na CMB com capas em nome do Estado mas, na verdade, criam sofrimento às pessoas e esta Câmara não pode continuar nesta situação. Artur Sanha, enquanto Presidente da CMB, deve assumir as suas responsabilidades», aconselhou Marta da Costa.

Interrogada sobre a forma como adquiriu a caixa funerária, «Nené Djeguet» informou a PNN que comprou a mesma por 150 mil Francos CFA, cerca de 227 euros, tendo transportado o objecto numa viatura alugada.Para este efeito, a protestante disse ter enganado o proprietário do carro alugado, tendo dito que iria levar a caixa para uma cerimónia fúnebre de um familiar que deveria ter lugar no sector de Caio, região de Cacheu, a norte do país.

Para chegar ao destino, Marta da Costa disse que deveria passar pela CMB ao encontro do seu primo que é funcionário da Câmara Municipal de Bissau, antes de partir para Caio.

A disputa do terreno de Marta da Costa vem de longa data, tendo sido sucessivamente burlada pelos dirigentes da Câmara Municipal de Bissau. A manifestante citou o nome do atual vice-Presidente, Marciano Indi.

Em relação ao destino do caixão, «Nené» disse que o objecto vai ser guardado, esperando os próximos passos porque, até ao momento, não há nenhum sinal sobre a resolução do seu problema.

Durante a conversa, esta cidadã exibiu vários documentos sobre o processo de legalização do terreno pertencente aos seus pais desde 1955.

Visivelmente revoltada com a situação, «Nené Djeguet» disse ter sido muito injustiçada pela Câmara Municipal de Bissau que, no primeiro contacto, lhe informou que o espaço iria ser reservado para espaço verde a nível da capital mas o terreno estava a ser vendido a outras pessoas pela CMB. Marta da Costa disse que foi autorizada pela CMB a procurar uma pessoa para comprar o terreno, o que lhe levou a receber uma soma de 20 mil euros por parte de um cidadão nacional.

Uma fonte da Câmara Municipal de Bissau disse a PNN que Marta da Costa terá vendido uma boa parte de terreno em litígio, não dispondo, nesta altura, de nenhuma parcela da terra.

Refira-se que a CMB é uma das instituições de longa data com mais elevado índice de corrupção na administração pública guineense, envolvendo os seus dirigentes máximos e vice-Presidentes.