sexta-feira, 27 de julho de 2012

Partido no Poder Reunido Para Analisar Questão do Seu Candidato Presidencial


Bandeira do Ghana
Bandeira do Ghana


Accra - O partido no poder no Ghana reúne-se ontem (quinta-feira) para analisar como propor um novo candidato às eleições presidenciais de Dezembro próximo, depois da morte súbita do Presidente John Atta Mills.

John Atta Mills, morreu aos 68 anos de idade, na terça-feira em Accra, como resultado de uma doença, que não tenha sido formalmente especificado, mas era na verdade um cancro, disse o ex-homem forte  do Ghana, Jerry Rawlings a BBC, confirmando rumores e artigos de imprensa sobre o assunto.

Os principais responsáveis do Congresso Democrático Nacional (NDC) reúnem-se ontem à noite : "vamos considerar um plano de acção sobre a selecção de um candidato do nosso partido", disse o secretário-geral do partido, Johnson Asiedu Nketia.

"O nosso comité legal nos dará instruções previstas na nossa Constituição e vamos ver se haverá necessidade de se convocar uma conferência ou se há outra via para nomear um candidato", disse.

A candidatura do Presidente interino, John Mahama Dramani, 53, é muitas vezes avançada, embora o NDC conheceu recentemente divisões.

Em 2011, Mills foi escolhido como candidato às presidenciais de Dezembro, que agora parece muito competitivo.

Foi amplamente antecipada a candidatura de Nana Konadu Agyemang Rawlings, a esposa do ex-presidente Rawlings.

Autor ex-líder militar dos golpes de Estado e eleito presidente civil de 1993 a 2001, Jerry Rawlings, em entrevista  disse que a morte era "esperada" porque Mills teve câncer e ele só funcionava algumas horas por dia.

Ghana é considerada um modelo de democracia na África Ocidental e da transição que ocorreu sem problemas após a morte do chefe de Estado,  com o empossamento nas primeiras horas do Vice-Presidente Mahama, de acordo com a Constituição.

Representantes da oposição pediram a unidade e prestaram homenagem ao falecido presidente, apesar de suas observações sobre a falta de energia e iniciativa - talvez devido à doença - foram identificadas.




Congo Vai Dirigir Comissão da CEMAC


Mapa da RD Congo
Mapa da RD Congo


Kinshasa - Os seis chefes de Estado da Comunidade económica e monetária da África central (CEMAC) designaram o congolês Pierre Moussa, ministro do Plano desde 1997, para dirigir a comissão da CEMAC, soube-se ontem (quinta - feira ) à saída dos seus trabalhos.

A presidência da CEMAC, mantida pelo presidente congolês Denis Sassou Nguesso, desde 2010, foi transferida para o gabonês Ali Bongo Ondimba que acolherá a próxima cimeira em 2013.

Os chefes de Estado decidiram colocar um passaporte biométrico comum "para criar verdadeiramente um espaço integrado da zona CEMAC", acrescenta o comunicado final.

A propósito da criação da companhia aérea Air CEMAC, a conferência dos chefes de Estado "encoraja a conclusão final das negociações com a Air France com vista a uma parceria industrial e estratégica satisfatória, evitando todo monopólio, e assegurando as condições de uma livre concorrência", indica o comunicado. O director geral será de república centro - africano.

Tratando-se do reaproximação entre a Bolsa de valores mobiliários da África central (BVMAC, sedeado em Libreville) e o Douala Stock Exchange, os chefes de Estados "convidam as partes inseridas no dossier a encontrar rapidamente as soluções tiradas da experiência obtida do Banco africano de desenvolvimento (BAD)".

Por outro, a substituição do camaronês Antoine Nsimi pelo congolês Pierre Moussa  na conferência atribuída a Comissão de supervisão dos mercados financeiros (Cosumaf) dirigido até lá pelo Congo, a Guiné - Equatorial.

Os seis países da CEMAC, cuja moeda comum é o Franco CFA, representam um mercado de 30 milhões de consumidores. Todos esses Estados que fazem parte da Bacia do Congo, a segunda maior floresta tropical do planeta, são produtores de petróleo a excepção da República centro -Africana.



Ouattara Agradece Hollande Pela Anulação da Dívida do Seu País


Bandeira da Côte d'Ivoire
Bandeira da Côte d'Ivoire


Paris- O presidente da Côte d'Ivoire, Alassane Ouattara, de visita oficial à Paris, agradeceu ontem (quinta-feira), o seu homólogo François Hollande, pela anulação da dívida do seu país pela França, num montante superior a três bilhões de euros. 

Ouattara, foi recebido pela primeira vez por François Hollande, eleito em Maio. No termo do seu encontro, os dois presidentes falaram à imprensa no corredor do palácio do Eliseu.   

"Presidente, gostaria de lhe agradecer, uma vez que assinamos com o ministro das Finanças (terça-feira última), uma anulação da dívida da Côte D'ivoire pela França de 99,5%, quer dizer, mais de três bilhões de euros, declarou Ouattara.

Para o chefe de Estado ivoiriense, "isso vai permitir reforçar os investimentos nos sectores socias e gostaria de vos dizer o meu muito obrigado".    
          
"Gostariamos que a França e a África tivessem uma parceria na transparência e no respeito" e com os principios que estabelecemos nas relações com todos os países do mundo, quer dizer a boa governação, a luta contra a corrupção, o respeito dos Direitos humanos", declarou o presidente francês.

O líder ivoiriense abordou com o seu hamólogo entre outras questões, a reconciliação na Côte D'ivoire, encalhada há mais de um ano, após o fim da crise pós-eleitoral (Dezembro 2010-Abril de 2011, cerca de três mil mortos), e a intervenção da força francesa Licorne, que permitiu a sua instalação, eleito face ao antigo presidente Laurent Gbagbo.    
          
Segundo à presidência francesa, François Hollande, evocou "a questão da reconciliação necessária entre os ivoirienses, que passa pelo diálogo, a luta contra a impunidade e a justiça".

A situação no Mali, cujo norte é ocupado por grupos islamitas armados aliados a Al-Qaeda no Maghreb islâmico (Aqmi), foi igualmente analisada.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Portugal Exportou 684 Mil Euros em Armas e Munições Para a Guiné-Bissau Desde 2009



Portugal-Eurodeputada Ana Gomes defende que há uma violação da posição comum da UE em matéria de exportação de armas, vinculativa desde 2008. É um sector pouco representativo das exportações nacionais – nos primeiros cinco meses do ano a venda de armas e munições para o exterior representou 0,07% do total – mas um dos mais escrutinados e sujeito a pareceres prévios da direcção nacional da PSP. Os dados do Instituto Nacional de Estatística, actualizados até Maio de 2012 ainda que desde 2009 contem apenas com informação preliminar, permitem apurar todos os países de destino. A Guiné-Bissau surge como o sexto mais importante nos primeiros meses deste ano, com exportações na ordem dos 195 mil euros. Para a eurodeputada Ana Gomes, há uma violação da posição comum da UE em matéria de exportação de armas, que proíbe as vendas para países em risco de tensão e conflitos.

Narcotráfico Aumentou na Guiné Desde Golpe de Estado

O secretário-geral da ONU fala também numa degradação da situação humanitária.
O secretário-geral da ONU fala também numa degradação da situação humanitária.

Guiné-Bissau-O narcotráfico está a aumentar na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de Abril, e a situação humanitária degradou-se, exigindo resposta mais firme e concertada da comunidade internacional, alertou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

O alerta consta do último relatório de Ban Ki-moon sobre as atividades da ONU na Guiné-Bissau, a que a Lusa teve acesso, enviado nos últimos dias aos membros do Conselho de Segurança, que irão reunir-se para consultas sobre o país na próxima quinta-feira.

Desde o golpe de Estado de 12 de Abril, "há registo de aumento das atividades de tráfico de droga" no país, escreve o secretário-geral da ONU.

O mesmo alerta foi feito recentemente ao Conselho de Segurança pelo representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, que disse que as redes de narcotráfico estão mais ativas e influentes nos últimos meses.

Na mesma ocasião, o diretor da agência da ONU anti-narcotráfico e criminalidade organizada (UNODC), Yuri Fedotov, afirmou que a situação na Guiné-Bissau "continua a ser séria preocupante" e que "há medos em relação às ligações entre elementos das forças militares e narcotráfico".

Ban Ki-moon diz no relatório que a situação de fragilidade política na Guiné-Bissau reduziu "significativamente" a capacidade de policiamento, criando "uma oportunidade de intensificar o crime internacional organizado e o tráfico de droga.

Greve na Guiné-Bissau Paralisa Parcialmente o Sector de Saúde Pública


Bissau-O porta-voz da comissão da greve, Gaspar Baticã, disse  que a "greve tem uma grande adesão" e que tudo indica que será assim nos próximos três dias.

Gaspar Baticã afirmou que, embora os médicos não tenham aderido à greve, estes se mostraram solidários com as reivindicações dos enfermeiros e técnicos da saúde que reclamam sobretudo o pagamento de um conjunto de subsídios e promoção na carreira.

"Os médicos não estão de greve, mas estão solidários com a luta dos enfermeiros. Há serviços mínimos em todos os departamentos de todos os hospitais e centros de saúde", observou o sindicalista.

Gaspar Baticã sublinhou que a "greve vai durar os quatro dias" uma vez que "não existem sinais de entendimento" entre o SINETSA (sindicato nacional de enfermeiros), STS (sindicato de técnicos da saúde) e o Governo.

"Estivemos a conversar com o Governo, com o ministro da Saúde e a sua equipa, durante dois dias seguidos mas não concordámos em nada. Para nós existem três condições inegociáveis para o levantamento da greve", disse Baticã.

"Primeira condição, pagamento de seis meses de subsídios de vela e de isolamento; segunda, pagamento de salários aos enfermeiros recém-formados; e, última condição, alteração de letras aos quadros da saúde", enumerou o porta-voz da comissão da greve.

De acordo com Gaspar Baticã, os funcionários da saúde pública não beneficiam de promoção na carreira praticamente há mais de 20 anos.
"Um técnico de saúde recebe o mesmo salário durante vários anos.Isso não pode continuar. São estas questões que queremos ver resolvidas de uma vez por todas", disse o sindicalista.

África Ultrapassa Oriente Médio Como Destino das Exportações


Brasil-No primeiro semestre de 2012, as exportações nacionais para a África cresceram 4,8% anti igual período do ano passado, atingindo US$ 5,5 bilhões. Com isso, o continente ultrapassou o Oriente Médio no ranking das regiões que importam produtos brasileiros. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), de Janeiro a Junho, a receita dos embarques para a região foi maior do que o valor vendido para Alemanha e França em conjunto, as duas maiores economias da União Europeia. Ainda segundo informações do ministério, as vendas para o Oriente Médio atingiram US$ 4,7 bilhões nos primeiros seis meses do ano, queda de 9,7% em relação ao ano passado.

Nos últimos anos, a África, sempre marcada por conflitos militares, vem se destacando pela crescente estabilidade política. Além disso, a exploração de minérios(diamante, petróleo) está ajudando a elevar a renda média da população de alguns países, como Angola e Nigéria. Hoje, as vendas para o continente correspondem a 4,7% do total exportado pelo Brasil. Especialistas acreditam que a importância da África crescerá nos próximos dez anos e que a região passe a responder por até 10% das vendas.

Na avaliação de Christian Lohbauer, membro do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (Gacint), da Universidade de São Paulo (USP), o resultado das exportações para o continente foi influenciado principalmente pelo Egito, cujas compras de produtos brasileiros cresceram 8,6% sobre os seis primeiros meses do ano passado, para US$ 999,9 milhões. “Foram as importações egípcias de frango que fizeram a balança comercial pender para a África. Até a queda do regime de Hosni Mubarak, em Fevereiro de 2011, a importação de frango era controlada por causa do surto da gripe aviária de 2006.Agora eles estão precisando importar alimentos”, revela.

Desde 2001 até o ano passado, o valor das vendas externas para o continente africano cresceu 514%, para US$ 12 bilhões. Em 2011, as exportações de produtos básicos corresponderam a 30,6% do total embarcado. No campo das importações, as compras do Brasil cresceram 363,4% no período, para US$ 15,4 bilhões. Nesses dez anos, o déficit comercial, que era de US$ 1,3 bilhão, pulou para US$ 3,2 bilhões, crescimento de 139,3%. Na comparação do primeiro semestre de 2011 com os seis primeiros meses de 2012, a corrente de comércio entre o Brasil e a África cresceu 98,2%, para US$ 13,5 bilhões.

De acordo com Jose Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), nos últimos anos, com a explosão do preço das commodities, todos os países exportadores de produtos básicos passaram a vender mais, inclusive os africanos. Isso elevou a renda média da África e fez o continente comprar mais. “Então não foi somente o Brasil que passou a vender mais para a região, mas o mundo todo. O governo federal tem feito diversas missões comerciais para o continente, o que sem dúvida ajudou a aumentar as vendas brasileiras para a região”, diz.