sexta-feira, 6 de julho de 2012

Parlamentares Britânicos Lançam Campanha Contra Independência da Escócia


Inglaterra-Alex Salmond, primeiro-ministro escocês e líder do partido Nacional Escocês, pró-independência, que planeja promover um referendo no outono de 2014 pela separação da união de mais de 300 anos lançou sua campanha no mês passado.

Por outro lado, em apoio à campanha "Better Together", lançada em Edimburgo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a Grã-Bretanha é "algo pelo qual vale a pena lutar".

"Todos sabemos que a Escócia pode se manter sozinha," afirmou Cameron, cujo partido conservador apoia a união juntamente com seus parceiros do Partido Liberal Democrata e do Partido Trabalhista da oposição.

"Apenas acreditamos que o Reino Unido é especial e que todos iríamos perder se essa separação acontecesse. Nós valorizamos o nosso lugar no Reino Unido e o lugar da Escócia em nossa família de nações", acrescentou.

O líder da campanha pró-união, Alistair Darling, afirmou que a Escócia se uniu recentemente ao "melhor dos dois lados" com os poderes atribuídos ao seu parlamento em Holyrood e seu papel no governo britânico.

"O Reino Unido é um país com uma influência única --na União Europeia, no Commonwealth e no G20, grupo das maiores economias do mundo," afirmou o ex-ministro das Finanças ao lançar a campanha na capital escocesa.

"Por que iríamos abrir mão dessa influência tão profunda?"

Na Universidade de Napier, em Edimburgo, Darling disse que a Escócia tem "uma influência real" no Conselho de Segurança da ONU, na União Europeia, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e na OTAN, como parte da Grã-Bretanha.

Darling, membro do Partido Trabalhista no Parlamento e que foi chefe do Tesouro de 2007 a 2010, indicou que a decisão seria a mais importante de suas vidas.

Ele acrescentou que a independência seria uma "resposta inadequada" aos problemas da economia britânica.
"São tempos muito difíceis e de grande incerteza, principalmente na Europa, onde todos os problemas da união monetária estão expostos".

Durão Incendiou o PE Denunciando “Complexo de Superioridade” no Norte face ao Sul.

Bruxelas-Numa declaração inflamada, o presidente da Comissão, Durão Barroso, denunciou uma atmosfera contaminada no final da cimeira de líderes, vendo um regresso dos "demónios" que estiveram na origem das guerras mundiais, nomeando "complexos de superioridade" do Norte contra o Sul e a pressa de "uns em declarar vitória contra os outros". Se a primeira acusação é facilmente atribuível aos países mais ricos da UE, onde se inscreve a Alemanha, Holanda e Finlândia, a segunda crítica é dirigida a Mario Monti e Mariano Rajoy, primeiros-ministros italiano e espanhol, que anunciaram uma vitória arrancada a ferros sobre a Alemanha.

"Não gostei da atmosfera no final do último Conselho Europeu, quando vi uns a proclamar vitória sobre os outros. Não é assim que fazemos as coisas na Europa", disse. As equipas de Monti e Rajoy ventilaram à imprensa uma vitória negocial sobre a chanceler alemã, Angela Merkel, tendo alegadamente bloqueado o Pacto de Crescimento, se não lhes dessem nada de volta em termos de compra de dívida no mercado ou recapitalização directa de bancos.

Barroso também se insurgiu contra o aumento da discriminação na linguagem europeia, em torno do Sul despesista e Norte poupado.

Reconhece que há "diferentes culturas financeiras" dentro da UE e muitas vezes dentro dos próprios países, mas fica "preocupado" quando vê "algumas pessoas falar do Norte e do Sul, fazendo algumas generalizações fáceis: "aqueles que conhecem a história sabem quão negativo foi o papel dos preconceitos e o complexo de superioridade de uma parte da Europa sobre a outra", avisou. "Não devemos esquecer que o projecto europeu foi feito precisamente para evitar estas divisões do passado e estes demónios", concluiu.

Esta desconfiança ficou patente na decisão do governo finlandês que, um dia depois de anunciar um veto a qualquer compra de dívida no mercado secundário, pediu a Madrid garantias adicionais (colaterais) para conceder empréstimos aos seus bancos, no quadro do resgate espanhol - exactamente o que tinha feito com a Grécia.

"Apresentámos um pedido de colaterais para os empréstimos a serem concedidos pelo veículo temporário", declarou ontem o director-geral do Ministério das Finanças finlandês, Juka Pekkarinen. É a consequência directa, reclama Helsínquia, da zona euro ter aceite que a dívida europeia emitida para Madrid fosse subordinada e não sénior. O Eurogrupo de 9 de Julho será palco deste pedido formal que exigirá a Madrid um ligeiro esforço complementar para garantir a fatia do empréstimo finlandês.

A declaração de Barroso foi feita no encerramento do debate parlamentar, sem possibilidade de réplica, suscitando uma longa ovação de quase toda a câmara, como talvez Barroso nunca tenha ouvido num debate político em Estrasburgo. Já fora da ordem de trabalhos, a líder do grupo dos verdes, a alemã Rebecca Harms, disse que "gostava que Barroso fosse assim tão claro quando falasse com os líderes". Isso obrigou a que o presidente do Parlamento, Martin Schulz, seu opositor nos tempos em que liderava os socialistas na euro-câmara, saísse em sua defesa: "Estive nos dois últimos conselhos e posso garantir que Barroso disse lá o mesmo que nos disse aqui", afirmou, encerrando o debate.

Barclays Acusa Banco de Inglaterra de ter incentivado manipulação

Bob Diamond - Barclays
Inglaterra-A revelação do escândalo do Barclays poderá pôr agora em causa o cargo de Paul Tucker, o número dois do Banco de Inglaterra e principal candidato a ocupar o cargo de governador no final deste ano, quando terminar o mandato de Mervyn King.

Segundo uma nota publicada, Tucker disse a Bob Diamond, o Presidente do Conselho de Administração do Barclays que se demitiu e era chefe da área de banca de investimento na altura, que "não era necessário" que a entidade publicasse sempre valores de taxas de juro interbancárias tão elevadas como tinha feito desde o colapso do Lehman Brothers, em setembro de 2008.

De acordo com o vice-governador do Banco da Inglaterra, membros do governo de Londres temiam que, com a definição de um preço elevado, poderia estar a transmitir-se que havia sérios problemas de financiamento e falta de confiança no mercado.

Ainda de acordo com um resumo da conversa feito pelo Bar- clays, Diamond respondeu que o problema era que os outros bancos estavam a estabelecer preços para fixar a Libor a valores inferiores à realidade.

Diamond enviou uma mensagem com um resumo da conversa com Tucker a Jerry del Missier, o diretor de operações que se demitiu. Este, na altura diretor de investimentos do banco, interpretou que o Banco de Inglaterra queria que instituição baixasse as taxas Libor e assim o fez.

Irlanda Aproveita descida do Juros no Mercado Secundário para Voltar a emitir Bilhetes do Tesouro.

O NTMA, instituto que gere a dívida pública da Irlanda, anunciou que vai emitir dívida de curto prazo na quinta-feira passada, o que marca o regresso do país ao mercado de bilhetes do tesouro.

Desde Setembro de 2010 que a Irlanda não emite dívida, sendo que ao contrário de Portugal e da Grécia, ficou ausente do mercado de dívida de curto prazo desde que o país foi alvo de um resgate internacional.

A Irlanda vai emitir 500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro com maturidade de três meses. Uma emissão de curto prazo, que surge numa altura em que as taxas de juro exigidas pelos investidores para comprar dívida no
mercado secundário têm descido.

Segundo o presidente do NTMA, esta emissão marca a "reentrada faseada" da Irlanda no mercado de dívida.

A “yield” das obrigações irlandesas oscila entre 5 e 6% no mercado secundário, para os prazos entre 2 e 15 anos, juros que se situam já perto do que se verifica em
Itália e Espanha.

No prazo a 15 anos a “yield” irlandesa está em 6,292%, abaixo do que registado em Espanha para o mesmo prazo (6,786%).

Dado que a Irlanda não emite dívida de curto prazo há quase dois anos, não existe bilhetes do tesouro negociados no mercado secundário, para servir de referência à emissão de quinta-feira passada.

A linha de obrigações irlandesa que vence mais proximamente (Abril de 2013) apresenta uma “yield” inferior a 4%. No início do ano situava-se acima dos 7%.

O regresso efectivo da Irlanda aos mercados, com emissões de dívida de longo prazo, está previsto para o próximo ano. Portugal, que tem vindo a emitir dívida de curto prazo, tem o regresso ao mercado previsto para Setembro de 2013.

Os Estados-Membros da SADC Criarão Fundo Comum Para o Desenvolvimento da África Austral

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Luanda- A integracionista Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) criará um fundo para o impulso de infra-estruturas na região, informou uma fonte desse organismo.

O secretário anexo regional de SADC para a área de integração, Joao Caholo, indicou que pediu aos ministros de Finanças de países membros da organização que deem luz verde à formação do fundo, com um valor mínimo inicial de 600 milhões de dólares.

Partimos do critério de que os estados que mais possam contribuir o façam, ainda que se terá em conta a contribuição de cada um dos estados-membros, expressou.

Caholo afirmou que também se aceitam contribuições de investidores privados, nacionais, regionais e internacionais.
A possibilidade de criação do fundo regional será ponto de discussão na reunião de ministros de Finanças da SADC, que se efetuará em Moçambique em 13 de Agosto próximo.

Nestes momentos a organização regional impulsiona projetos como o desenvolvimento da ferrovia, estradas e outras infraestruturas, com o objetivo de garantir a interconexão entre territórios da área para potenciar dessa forma o comércio de bens e serviços.

A SADC também promove programas unidos aos setores de energia, transporte, tecnologias da informação, metrologia, turismo e recursos hídricos, entre outros.
Integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral: África do Sul; Angola; Mauricio; Zimbábue; Moçambique; Namíbia; Tanzânia; República Democrática do Congo; Suazilândia e Lesoto.

Moeda única na África Austral Depende de Integração Fiscal


Secretário executivo adjunto para integração do bloco económico regional da SADC, João Caholo
Secretário executivo adjunto para integração do bloco económico regional da SADC, João Caholo

Luanda  - A entrada em vigor de uma moeda única na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) depende sobretudo de uma integração fiscal, estabilidade política sólida e segurança nas fronteiras da região, disse quarta-feira passada, em Luanda, o secretário executivo adjunto para integração do bloco económico regional, João Caholo.

Segundo o responsável, está prevista para 2018 a entrada da moeda única na África Austral, mas para tal é necessário, além de algumas questões que merecem cuidados, uma base jurídica legal e disciplina fiscal.

Nesse sentido, João Caholo informou que está em curso um processo, que iniciou recentemente com o Protocolo de Finanças e Investimentos – documento que vai sustentar o roteiro para se chegar a implementação da moeda única.

O interlocutor referiu que não se pode entrar para uma zona de moeda única sem um tratado fiscal assim como aconteceu com o Euro. "E se quisermos desenvolver como região é necessário sabermos, qual a taxa de inflação, o rácio de despesas públicas e o modo de intervenção de várias instituições na comunidade.

Quanto à estabilidade política e segurança, o secretário-executivo adjunto disse que a SADC é a sub-região de África tida como a mais estável, apesar das situações que estão a ocorrer no Leste da RDCongo e a crise política no Madagáscar, já em fase resolução definitiva.

 Se a SADC tivesse recursos financeiros disponíveis para realizar os projectos, principalmente relacionados com as infra-estruturas, seriam todos implementados.

Nesse momento, disse, o grande esforço da região está direccionado em tentar trazer à boa vontade política sólida da região um instrumento complementar de recursos domésticos próprios para se realizar o que se tem como prioritário para o desenvolvimento comum.



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Filha de Nelson Mandela é Nomeada Embaixadora Para a Argentina

Dos três filhos vivos de Nelson Mandela, Zenani Mandela-Dlamini é a primeira a entrar na vida pública. Aqui, ao lado do pai, em maio de 1994.
Dos três filhos vivos de Nelson Mandela, Zenani Mandela-Dlamini é a primeira a entrar na vida pública. Aqui, ao lado do pai, em Maio de 1994

Africa do Sul-Zenani Mandela-Dlamini vai substituir Tony Leon na embaixada da África do Sul na Argentina.Segundo o jornal inglês "The Telegraph", esta nomeação surge em resposta à pressão feita por alguns políticos sul-africanos para que se mantenham as relações com o nome de Mandela, mas também como forma de impressionar a Argentina, alvo chave na estratégia para fortalecer os laços entre os países do hemisfério sul, e de impulsionar o comércio e o turismo entre os dois países.

A sua ida para Buenos Aires tem sido mantida em segredo, apesar de Mandela-Dlamini estar já na academia diplomática de Pretória a ser treinada e espera-se que assuma a sua posição brevemente, sendo rodeada por uma equipa experiente para que seja bem-sucedida.  

"A África do Sul não deve envergonhar-se de lembrar legado de Mandela"

Fonte do ministério dos negócios estrangeiros sul-africano, citada pelo jornal inglês, defende que "a África do Sul não deve envergonhar-se de lembrar às pessoas o legado de Mandela. Desta forma, o nome continuará vivo".

A empresária de 53 anos, formada pela Universidade de Boston, trabalhou em vários projetos de desenvolvimento de negócios e na indústria da comunicação.

Nasceu e foi criada em Joanesburgo, até ir estudar para Suazilândia, onde se casou com o príncipe suaíli Thumbumuzi Dlamini. Mudou-se para Boston, nos Estados Unidos, onde viveu e se licenciou, de 1982 até 1990, altura em que se divorciou e regressou à África do Sul.