sexta-feira, 29 de junho de 2012

Guiné-Bissau: 17 Prisioneiros em Fuga da Esquadra da Polícia de Ordem Pública


Bissau - 17 prisioneiros estão em fugas, desde 26 de Junho, das instalações prisionais da 2ª Esquadra da Polícia de Ordem Pública, em Bissau.

Os referidos presidiários pertenciam ao grupo de jovens denominado «Os como é que é». Nos últimos tempos este bando tem provocado ondas de assaltos e agressões com armas de fogo e armas brancas, nos diferentes bairros de Bissau.

As informações foram avançadas à PNN(agencia de noticia) por uma fonte do Comissariado Nacional de Ordem Pública.

De acordo com a mesma fonte, ao todo, foram 35 jovens detidos nas últimas duas semanas pelas autoridades policiais, de entre os quais 17 se encontram em fuga desde início desta semana.

Segundo ainda a fonte, o acto de mudança de cela destes reclusos não foi do conhecimento dos responsáveis directos do centro de detenção nem do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública.

Em consequência desta situação, dois agentes da Polícia já foram detidos, enquanto o director deste serviço foi exonerado.

Os restantes 18 prisioneiros foram transferidos para a cela de outra esquadra, no Bairro Militar, nos arredores da capital.

Presidente de ´Transição da Guiné-Bissau na Costa de Marfim para Cimeira da CEDEAO

Serifo Nhamadjo, Presidente de transição da Guiné-Bissau
Serifo Nhamadjo, Presidente de transição da Guiné-Bissau
Serifo Nhamadjo, Presidente de transição Guineense, deslocou-se esta quinta-feira para a Costa de Marfim onde decorre amanhã a Cimeira de Chefes de Estado da CEDEAO, Comunidade de Estados da África Ocidental. Durante esta conferência, os participantes deverão debruçar-se sobre a crise do Mali e igualmente analisar a situação da Guiné-Bissau.

Antes de viajar, o Presidente de transição declarou à imprensa que pretende agradecer o apoio dado ao seu país pela CEDEAO, mas igualmente esboçar um balanço dos acontecimentos na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

Ao tecer um alerta sobre a necessidade de se levantarem as sanções internacionais que pesam sobre o seu país, Serifo Nhamadjo referiu, por outro lado, que a Guiné-Bissau vai continuar a precisar do apoio prestado pela CEDEAO durante a vigência do período de transição e durante os preparativos das eleições gerais previstas para o ano que vem.

Ainda antes de partir rumo à Costa de Marfim, o Presidente de transição não deixou de sublinhar a importância do factor económico para a normalização da situação no país e, ao fazer o balanço da acção do seu executivo, realçou nomeadamente o pagamento de alguns salários em atraso bem como a retoma das aulas na Guiné-Bissau.

Estados Unidos Concede Novo Financiamento à Etiópia



Addis-Abeba - Os Estados Unidos assinaram um novo acordo de financiamento com a Etiópia para fornecer 675 milhões de dólares a título de uma nova estratégia quinquenal de desenvolvimento, visando ajudar este país do Corno de África a acelerar o seu crescimento económico, anunciou a Embaixada americana em Addis Abeba.

O documento foi assinado recentemente pelo diretor da missão da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) na Etiópia, Thomas Staal, e pelo Ministro de Estado etíope das Finanças Ahmed Shide, durante uma cerimónia assistida pelo embaixador dos Estados Unidos na Etiópia, Donald Booth.

A Etiópia é um dos raros países africanos que aumenta as suas atividades, os seus vínculos económicos e políticos com os Estados Unidos e é muitas vezes considerada como o maior parceiro na área da segurança regional no Corno de África onde o seu Mrimeiro-Ministro, Meles Zenawi, continua profundamente influente.

A USAID indicou num comunicado que os fundos serão canalizados para o desenvolvimento e a ajuda humanitária durante o primeiro ano no âmbito da nova estratégia quinquenal de cooperação com os países em desenvolvimento.

A Etiópia implementa um dos programas de trabalho contra alimento mais sofisticados da região, visando ajudar as pessoas que vivem nas zonas afastadas a acederem ao alimento em troca do trabalho cumprido mediante um projeto patrocinado pelo Governo.

No entanto, as agências de ajuda internacionais e os grupos de defesa dos direitos humanos acusaram a Etiópia, no passado, de usar o programa para comprar a lealdade política, coisa que o Governo refuta com veemência.

No quadro do orçamento da ajuda atual, as prestações vão permitir assistir a Etiópia para relançar a agricultura, lutar contra os efeitos da mudança climática e oferecer uma assistência humanitária às populações desfavorecidas.

Os fundos são destinados a estimular o crescimento do setor privado e o desenvolvimento e encorajar os investimentos na Etiópia.Este país da África Oriental é atualmente o mais maior beneficiário da ajuda dos Estados Unidos em África, com 350 milhões de dólares americanos de ajuda de urgência só em 2010.

A USAID indica que, apesar de ela continuar a assistir a Etiópia, os ganhos no plano da democracia que surgiram com a chegada de Meles ao poder de Meles parecem ter sido perdidos e os incidentes de regulamentação excessiva e o controlo estrito da economia pelo Governo parecem ser desafios maiores.

A USAID indica no seu relatório mais recente que a crise na África do Norte que culminou nas mudanças de regime não parece ter sido notada na Etiópia, onde a democracia e a obrigação de prestar contas ainda existem

Eslovénia Pode Pedir Resgate em Julho

Janez Jansa, o Primeiro-Ministro da Eslovénia disse em entrevista à rádio Ognjisce que o governo poderá pedir ajuda financeira a Bruxelas já em Junho se o Parlamento não aprovar a "regra de ouro" que impõe limites ao défice orçamental e à dívida pública, divulgou a Bloomberg. A concretizar-se o vaticínio será o 6º país da zona euro a fazê-lo, no mês seguinte a Espanha e Chipre o solicitarem. A Eslovénia aderiu ao euro em 2007 e o seu PIB é menos de um terço do português.

UE Estudava Compra de 750 Mil milhões de Dívida Italiana e Espanhola

A União Europeia estava a estudar a aquisição de 750 mil milhões de euros de dívida pública italiana e espanhola, para tentar baixar as taxas de juro que os dois países pagam para se financiarem.

De acordo com uma proposta do Primeiro-Ministro italiano, que os parceiros europeus estão a estudar, o dinheiro viria do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Seria o primeiro caso de utilização das duas estruturas de resgate europeias em simultâneo.

De acordo com o «Daily Telegraph», que cita o comunicado apresentado no final da cimeira que juntou os 20 países mais ricos do mundo, em Los Cabos, México, o objetivo é recorrer aos dois mecanismos para obter o valor recorde de resgate.

Para os líderes presentes na cimeira, o MEE deve contribuir com 500.000 milhões de euros e o FEEF com 250.000 milhões de euros.

O plano pretende aliviar os juros que os dois países pagam pela sua dívida, sem recorrer a um tradicional processo de resgate, como aconteceu com Portugal, Grécia e Irlanda. A ajuda compra tempo aos dois países para que implementem as reformas necessárias e reequilibrem as suas contas, antes de serem «empurrados» para um pedido de auxílio, que esgotaria os recursos europeus em dois tempos. A Espanha e a Itália são a terceira e a quarta economias da Zona Euro e, se precisassem de um resgate tradicional, com um plano de ajuda a três anos, seria praticamente impossível financiá-lo.

Segundo o mesmo jornal, a proposta partiu do primeiro-ministro italiano, Mario Monti e estava a ser estudada pelos parceiros europeus. Este devia ser um dos tópicos abordados na mini-cimeira marcada para sexta-feira em Roma, que reuniu os líderes francês, alemão, italiano e espanhol, e que volta à mesa das negociações na cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, a 28 e 29 de Junho.

«A Itália lançou uma ideia que vale a pena analisar» disse o presidente francês, François Hollande, em Los Cabos, citado pelo jornal britânico. «Estamos a ver formas de usar o ESM para isso. Por enquanto é só uma ideia, não é uma decisão. É parte da discussão», concluiu.

Certo é que os juros da dívida tanto de Espanha como de Itália estavam a aliviar com esta notícia. As Obrigações do Tesouro a 10 anos espanholas saíram do patamar crítico dos 7% e negoceiam agora nos 6,888%.

Também os juros italianos na mesma maturidade, que estavam quase colados aos 6%, descem para os 5,815%.

Bruxelas diz não saber de nada

Apesar da confirmação do presidente francês, a Comissão Europeia disse entretanto desconhecer a existência de negociações para um resgate às economias da Espanha e Itália.

«Não temos conhecimento de qualquer plano nesse sentido», disse o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, citado pela Lusa.

«Não existiram negociações no G20 sobre a compra de obrigações» de Espanha e Itália, garantiu o porta-voz de Olli Rehn.

América Latina Pode Ser Motor de Crescimento Mundial, mas Ainda Sofre Riscos

Santander (Espanha), 28 Junho (EFE)-América Latina 'está bem posicionada' para actuar como motor do crescimento da economia mundial, em parte por já ter feito os deveres que devem agora estar a cargo da Europa, mas a região ainda deve enfrentar 'situações complicadas' em um momento de 'mudança de época'.

Essa análise foi compartilhada quinta-feira(28 de Junho) por muitos dos economistas e representantes empresariais e institucionais que participaram do 11º Encontro Santander-América Latina, encerrado quinta-feira pelo secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias.

Para o ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o mundo está 'em uma mudança de época', já que após 30 ou 40 anos 'de grande estabilidade', 'entramos em um período de imprevisibilidade, e isso complica o panorama'.

'Seguimos em direção a uma nova realidade que implica uma nova economia, um novo sistema de relações internacionais e uma transferência do poder', disse o secretário-geral ibero-americano durante o encontro, organizado pela Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP) e o grupo bancário Santander.

No mesmo sentido, o economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Juan José Ruiz, destacou que 'estamos em um mundo diferente', no qual essa divisão 'de 50%' entre países emergentes e países desenvolvidos 'não vai se manter' e 'pode se transformar em muito pouco tempo em uma relação de 60 a 40, ou 70 a 30' a favor dos primeiros.

Ao longo do encontro, os conferentes destacaram as boas perspectivas que se apresentam para uma América Latina que, segundo Iglesias, 'tem todas as possibilidades de fazer desta década uma década de crescimento'.

'Mas isso não é de graça', advertiu, já que 'mais do que nunca', é necessário que a região mantenha sua estabilidade macroeconômica.

O ex-presidente do Banco Central do Chile Vittorio Cobo destacou que a força da América Latina vem de ter conseguido 'sistemas bancários mais flexíveis', implantado 'disciplinas fiscais', acumulado reservas internacionais e diversificado suas exportações.'A América Latina tem sistemas financeiros considerados dos mais robustos do mundo', afirmou.

Mas esta situação, advertiu, esteve favorecida por 'um superciclo' de matérias-primas, e o desafio agora é 'administrá-lo bem'.Para o economista-chefe do Banco do México, Alberto Torres, os desafios enfrentados pela região são 'a volatilidade nos mercados financeiros internacionais' e 'a desaceleração' de outras economias, que podem afetar as exportações latino-americanas.

Por sua parte, Iglesias destacou entre 'as sombras' da região a desigualdade, ao tempo que refletiu sobre a necessidade de fomentar um maior mercado regional.

Tanto o economista-chefe do BID como o ex-presidente do Banco Central do Chile descartaram, como um cenário 'de baixa probabilidade', uma eventual quebra do euro.'Não é o momento de imaginar catástrofes, mas de ter precaução e ter a caixa de ferramentas bem ordenada', afirmou Ruiz.

Chipre Oficializa Pedido de Ajuda Financeira da União Europeia

Banco do Chipre, maior instituição bancária da ilha, perdeu um bilhão de euros em 2011.
Banco do Chipre, maior instituição bancária da ilha, perdeu um bilhão de euros em 2011.

O Chipre apresentou segunda-feira passada uma solicitação de ajuda financeira à zona do euro, tornando-se assim o quinto país da União Europeia a procurar a ajuda de seus parceiros. Pela manhã, Madri oficializou um pedido de recursos para recapitalizar o sistema bancário espanhol.

A ajuda, que será desembolsada através de fundos de resgate europeu, busca "conter os riscos existentes sobre a economia do país”, explica o comunicado do governo cipriota. Esses riscos, acrescenta o documento, são “provenientes do setor financeiro, muito exposto à economia grega”.

Após a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que também depositou um pedido formal de ajuda aos bancos  segunda-feira passada, o Chipre é o quinto país da união monetária a recorrer a uma assistência financeira.
Há dias que os membros da zona do euro esperavam um pedido formal do Chipre para conseguir pagar dívidas que vencem no dia 30 de Junho.

Na segunda, a agência Fitch rebaixou a nota atribuída à ilha, passando de BBB- a BB+, com perspectiva negativa. As duas outras maiores agências do mercado financeiro, a Standard and Poor's e a Moody’s, já haviam feito a redução em Janeiro e em 13 de Junho, respectivamente. "A redução da nota soberana de Chipre reflete um aumento das necessidades de capital dos bancos do país", justificou a Fitch, em um comunicado.

Segundo a agência, os três principais bancos do país - que é parte da zona do euro e assume a presidência semestral da União Europeia em 1º de Julho - estão muito expostos à crise da dívida grega. Tratam-se do Bank of Cyprus, Cyprus Popular Bank (CPB) e Hellenic Bank.

Além dos 1,8 bilhões de euros necessários para a recapitalização do CPB, a Fitch estima que as necessidades totais dos bancos do país poderiam elevar-se a 4 bilhões de euros, 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.