terça-feira, 5 de junho de 2012

França Quer Luta Contra Impunidade e Narcotráfico e Eleições Rápidas na Guiné-Bissau:Embaixador














Guiné-Bissau-Os "imperativos" foram apresentados pelo embaixador de França em Bissau, Michel Flesch, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros de transição, quando considerou fundamental que o povo se exprima em liberdade e se façam eleições rapidamente.

"Mas há outros dossiês que estão em cima da mesa como são os casos da reforma do setor da Defesa e Segurança e luta contra a impunidade, toda a forma de impunidade, e a luta contra o narcotráfico", observou Michel Flesch em declarações após uma audiência na terça-feira passada com Faustino Imbali divulgadas pela Rádio Nacional.

Naquele que foi o primeiro encontro com Faustino Imbali, Michel Flesch disse que transmitiu ao ministro de transição a posição de França relativamente à Guiné-Bissau e que, afirmou, não difere do que tem sido defendida pela maioria da comunidade internacional.

A comunidade internacional sem exceção condenou o golpe de Estado perpetrado pelos militares guineenses de 12 de Abril passado e exigiu o regresso à normalidade constitucional. Até agora a União Europeia não reconheceu qualquer autoridade de transição que entretanto foi empossada.

"Como sabem a França condena o golpe de Estado, qualquer golpe de Estado, e não pode aceitar que as Forças Armadas se metam na vida política. O papel das Forças Armadas é o de estar nas suas casernas e submeter-se ao poder civil", frisou Michel Flesch.

Faustino Imbali reuniu-se terça-feira passada com alguns diplomatas "para explicar as razões do golpe de Estado" militar de Abril, na sequência do qual o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, foram afastados, estando agora em Portugal.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou-me e sendo eu o embaixador da França na Guiné-Bissau, vim. A França mantêm relações diplomáticas entre países, o ministro dos Negócios Estrangeiros de transição convocou-me e vim para trocar impressões com ele, ver a situação atual e analisar as relações entre os nossos dois países", justificou Michel Flesch.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

BAD:Satisfeito Com Apoio ao Desenvolvimento de África


Arusha -Acionistas e governadores do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) congratularam-se sexta-feira com os esforços envidados para que o BAD continue a ser um parceiro essencial para o desenvolvimento de todos os países africanos. Os responsáveis do BAD expressaram esta satisfação no termo das assembleias anuais decorridas em Arusha, na Tanzânia.

"No entanto, falta muita coisa para fazer nos próximos dias, mas as prioridades do Banco continuam as mesmas", disse à imprensa a vice-presidente e secretária-geral do BAD, Akintomide Cecilia.

Ela disse que o BAD vai lançar, no próximo ano, a sua estratégia a longo prazo relativa ao setor agrícola.

"Vamos explorar vias mais inovadoras para nós certificarmos de que os recursos estão disponíveis para os nossos programas e nomeadamente para o setor agrícola", acrescentou Cecile.

Filândia Defende Representação Premanente da África no Conselho de Segurança

Helsínquia - A Finlândia apelou ao alargamento do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de que África tenha uma representação permanente e não permanente nesta instituição, declarou em Helsínquia o presidente do Parlamento finlandês, Eoro Heinäluoma.

"Consideramos que o Conselho de Segurança deve ser alargado para ser mais eficiente e representativo e, neste quadro, estamos favoráveis a uma maior representação permanente e não permanente de África nele", disse Heinäluomao a jornalistas convidados pelo Governo finlandês para discussões sobre as relações entre África e este país nórdico.

Falando da história das relações entre o seu país e o continente africano, o diplomata finlandês sublinhou que foi graças à Finlândia que o CS da ONU adotou, em 1970, uma resolução que aumentava a pressão sobre a África do Sul, considerando ilegal a sua presença naquela época na Namíbia.

Heinäluoma indicou também que foi durante o segundo mandato da Finlândia no seio do CS entre 1990 e 1991 que o apartheid na África do Sul, a guerra civil em Angola bem como a transição da Namíbia para a sua independência foram as questões africanas mais candentes no seio do CS da ONU.

O presidente do Parlamento finlandês, que acaba de regressar de uma viagem que o levou à Libéria e à Serra Leoa, indicou que a situação melhorou muito e que existe um verdadeiro progresso nestes dois países.

Ele afirmou que os partidos políticos querem eleições livres e democráticas e que existe uma situação económica muito promissora.

O PIB do Brasil Foi Menor entre os BRICS no Primeiro Trimestre

O Brasil-O Brasil teve o menor crescimento econômico entre os Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescimento de 0,2% do Brasil foi menor que os 2,1% da África do Sul, os 4,9% da Rússia, os 5,3% da Índia e os 8,1% da China. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de institutos de estatística internacionais e do Banco Mundial.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o último de 2011, o crescimento de 0,2% do Brasil foi melhor que os desempenhos da Itália (-0,8%), Holanda (-0,2%), Reino Unido (-0,3%), Espanha (-0,3%), Portugal (-0,1%) e França (0%). Mas foi pior que o de países como Chile (1,4%), México (1,3%), Japão (1,0%), Coreia do Sul (0,9%), Alemanha (0,5%) e Estados Unidos (0,5%).

O PIB brasileiro teve variação positiva de 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2011. Indústria (1,7%) e serviços (0,6%) se expandiram, mas a agropecuária caiu 7,3%. O crescimento da indústria foi puxado pela indústria de transformação, que cresceu 1,9%.

Construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana também registraram crescimento de 1,5% em relação ao trimestre anterior. Já a extrativa mineral recuou 0,5%.

No setor de serviços, as atividades de administração, saúde e educação pública (1,8%), comércio (1,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,9%) cresceram. Serviços de informação aumentaram 0,6%, enquanto outros serviços (0,2%) e atividades imobiliárias e aluguer (0,1%) mantiveram-se estáveis; intermediação financeira e seguros recuou 0,8%.

Sob a ótica do gasto, o consumo da administração pública (1,5%) e o consumo das famílias (1,0%) subiram, enquanto que a formação bruta de capital fixo caiu 1,8%.

No que se refere ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram em ritmo superior ao das exportações: 1,1% contra 0,2%.

Bissau - O Presidente de Transição pediu esclarecimentos sobre o caso de 17 de Outubro, que culminou com as mortes de Viriato Rodrigues Pam, Paulo Correia e outras individualidades, nos anos 80.

Manuel Serifo Nhamadjo falou, quarta-feira, 23 de Maio, na cerimónia de tomada de posse dos membros do seu Governo, na qual estiveram ausentes três dos 28 deste Executivo, nomeadamente o ministro da Economia, o ministro das Finanças e o secretário de Estado do Tesouro, Assuntos Fiscais e das Contas Públicas.

O Presidente de Transição justificou a sua posição nas exigências da sociedade guineense e da comunidade internacional, com a necessidade imperativa de resolução definitiva dos casos das mortes registadas no país até Março de 2009 e eventual condução dos seus responsáveis à justiça.

Neste sentido, Serifo Nhamadjo defendeu, uma vez mais, o factor justiça como via para que os guineenses reencontrem do caminho de reconciliação, de paz e de desenvolvimento nacional.

No aspecto financeiro, Serifo Nhamadjo disse que vai estar atento à actuação do seu Governo, de modo a «não permitir» desperdícios orçamentais que possam pôr em causa os objectivos e o período de transição fixado pela CEDEAO.

Em relação à governação, Serifo Nhamadjo voltou a pedir uma auditoria internacional ao Governo derrubado pelo golpe, um regime do qual ele próprio fazia parte.

Atendendo às dificuldades económicas que enfrenta o mundo, o Presidente determinou que sejam reduzidos, em 50%, os subsídios atribuídos aos titulares de cargos públicos e equiparados.

Sobre a promessa de atribuir 30% de pastas às mulheres, o que não se verificou, Serifo Nhamadjo justificou o facto com as querelas políticas durante o período de formação do Governo.

Embora se trate de um Executivo isolado praticamente a nível internacional, Serifo Nhamadjo convidou a comunidade internacional procurando, desta forma, apoios e legitimação das autoridades de transição junto da comunidade internacional.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Na África do Sul, Mandela Aparece na TV pela Pimeira Vez Desde de Internação


África do Sul-o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, apareceu pela primeira vez na televisão desde uma internação hospitalar em Fevereiro, e foi mostrado recebendo uma tocha em comemoração ao centenário do seu partido, ANC (sigla em inglês para Congresso Nacional Africano).

O herói antiapartheid, de 93 anos, apareceu sentado em uma poltrona, cercado por familiares, em sua casa de campo na cidade de Qunu. Ele falou brevemente durante a cerimônia e disse que estava "feliz" por receber a tocha.

Mandela, que foi hospitalizado em fevereiro para um exame abdominal completo, está atualmente frágil e tem feito poucas aparições públicas nos últimos anos. A última vez que ele apareceu na televisão foi em Outubro, quando foi mostrado em sua casa em Johanesburgo preenchendo seu formulário do censo.

O ganhador do Nobel da Paz por sua luta pelo fim do regime de segregação racial foi nesta semana para Qunu, no sudeste do país, onde ele nasceu e cresceu.

Apesar de ter deixado o governo ao final de seu primeiro mandato como presidente em 1999, o primeiro presidente negro da história da África do Sul ainda ocupa posição central na política e no sentimento da população em um país que foi liderado pelos 10% da minoria branca até as eleições abertas de 1994.

Mandela esteve internado há pouco mais de um ano para ser submetido a tratamento devido a problemas respiratórios.

Lisboa-- Portugal diminuiu o nível da representação diplomática na Guiné-Bissau, "situação que deverá manter-se enquanto não for retomada a ordem constitucional" no país africano, informou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo um comunicado enviado à agência Lusa por Miguel Guedes, "Portugal adequou a sua representação diplomática às resoluções internacionais que votou", na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné-Bissau.

O comunicado da diplomacia portuguesa recorda que "o até agora embaixador de Portugal em Bissau deixou a capital guineense, por ter sido colocado na África do Sul no âmbito do último movimento diplomático, e nãofoi substituído".