Boa tarde!
Ainda é cedo para podermos identificar com segurança tudo o que esta pandemia de covid-19 vai deixar para a História, além dos tristes números de mortos que já conheci e dos prejuízos brutais causados nas economias de todo o mundo. E é cedo porque ainda não sei quando é que o mundo vai ficar livre do novo coronavírus. Mas será que daqui a 10, 20 ou 30 anos ainda vamos-nos lembrar da loucura que foi a corrida ao papel higiénico, e das piadas que daí resultaram?
Nesta edição entrevistei também Paul Collier, que acaba de lançar o livro “Greed is dead” (“A ganância está morta” na tradução literal), concluído já durante a pandemia. O economista britânico, professor da Universidade de Oxford, defende que é preciso “enfrentar a ascensão do individualismo e a destruição do sentido de comunidade, bem como o desvio das empresas de cumprirem objetivos sociais para apenas buscarem o lucro”. “O capitalismo está eticamente nu e será destruído se não mudar” é o título da entrevista.
Collier considera que as respostas iniciais da Europa à crise económica provocada pela covid-19 foram “horríveis”, mas depois “acertou-se o passo”, com o anúncio de um pacote robusto de fundos para resgatar as economias dos 27 países da União Europeia. Como serão distribuídas essas verbas é matéria que os governos terão agora de definir. E em Portugal essa tarefa está nas mãos do ministro do Planeamento, Nelson de Souza, com uma novidade: os novos fundos europeus vão pagar até 100% do investimento em Portugal – é a manchete desta semana do caderno de Economia.
Apesar da descida da taxa de desemprego, os sinais de stresse no mercado de trabalho são muitos. Enumero esta semana cinco sinais de alarme, nomeadamente os milhares de trabalhadores em lay-off, a redução das horas trabalhadas e do emprego e o aumento da inatividade e da subutilização do trabalho. Os dados divulgados esta semana mostram, por outro lado, que os precários são os primeiros sacrificados da crise.
As medidas do Governo para apoiar as empresas e as famílias por causa da pandemia têm visto a luz do dia com condições inesperadas, que limitam os benefícios. Por isso, fomos descodificar o que está em causa nos apoios do governo.
Isabel dos Santos quer afastar António Domingues da administração da NOS. A investidora angolana e o seu sócio Mário Silva dizem que o gestor, que saiu em julho da administração do banco angolano BFA, já conhecia há três anos as operações que consubstanciam falhas no sistema de prevenção do branqueamento de capitais. E com esse argumento querem que saia da operadora de telecomunicações.
Entretanto, há uma empresa que está a querer combater a pandemia com secreções de rã. Pode ler a história aqui.
Na opinião tem para ler:
Boas leituras! E boas férias, se for caso disso. | |
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