Marcelo Rebelo de Sousa está em casa. Ele gosta de Moçambique e Moçambique gosta dele. Não admira portanto que aquele tenha sido o país escolhido para destino da sua primeira visita de Estado enquanto Presidente da República. Após o primeiro dia na África Austral, prossegue uma agenda num país com alta tensão ao centro, como aqui se explica . Marcelo tem na agenda encontros com o partido no Governo, Frelimo, e com o maior partido na oposição, a Renamo. Além da palavra de ordem dada para que o investimento em Moçambique continue e aumente, espera-se que Marcelo gira com pinças a abordagem do tema instabilidade-que-se-faz-sentir no país e à qual o Governo moçambicano não reconhece mais do que estatuto de “pequenos distúrbios”. No primeiro dia da visita, ao ser inquirido pelos jornalistas sobre o assunto, o Presidente português escusou-se responder: “Não podemos falar sobre assuntos de soberania de outro país.” e lembrando ditado português que diz não convir “pôr o carro à frente dos bois”.
Em terras moçambicanas, Marcelo desdramatiza as previsões da Comissão Europeia sobre a evolução da economia portuguesa e elogia o défice de 2,7%. “A questão é que aquilo que Marcelo considera "uma boa notícia" fica bastante aquém do que o Executivo havia prometido à Comissão (um défice de 2,2%) e igualmente aquém daquilo que é exigido pelas autoridades europeias. Onde o Presidente da República vê "um ponto bom", pois quer um lado quer outro "acham que fica abaixo dos 3%", para Bruxelas é mau, porque significa uma consolidação orçamental quase nula e não cumpre a regra de redução do défice estrutural em pelo menos 0,5.”, escreve o Filipe Santos Costa.
Quanto ao acordo ortográfico, a reabertura do dossiê proposta por Marcelo Rebelo de Sousa ficará para depois. As regras encontram-se em vigor e assim se manterão, declarou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Isto quer dizer que “o Governo vai serenamente esperar pelos desenvolvimentos”.
Em terras moçambicanas, Marcelo desdramatiza as previsões da Comissão Europeia sobre a evolução da economia portuguesa e elogia o défice de 2,7%. “A questão é que aquilo que Marcelo considera "uma boa notícia" fica bastante aquém do que o Executivo havia prometido à Comissão (um défice de 2,2%) e igualmente aquém daquilo que é exigido pelas autoridades europeias. Onde o Presidente da República vê "um ponto bom", pois quer um lado quer outro "acham que fica abaixo dos 3%", para Bruxelas é mau, porque significa uma consolidação orçamental quase nula e não cumpre a regra de redução do défice estrutural em pelo menos 0,5.”, escreve o Filipe Santos Costa.
Quanto ao acordo ortográfico, a reabertura do dossiê proposta por Marcelo Rebelo de Sousa ficará para depois. As regras encontram-se em vigor e assim se manterão, declarou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Isto quer dizer que “o Governo vai serenamente esperar pelos desenvolvimentos”.