Europa-O foco da Europa divide-se nesta altura entre a cimeira de Minsk, por causa da situação na Ucrânia, e a reunião do Eurogrupo em Bruxelas, focada na Grécia. Em ambos os casos, as expectativas de um final feliz a curto prazo são, na melhor das hipóteses, baixas.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, apresenta esta tarde aos homólogos europeus o plano para dispensar a troika, apoiado na manutenção de parte das medidas já implementadas e na substituição de outras por reformas acordadas com a OCDE. Mas isso implica um "empréstimo ponte", que permita à Grécia aguentar-se sozinha durante alguns meses, quando o actual resgate terminar no final de Fevereiro.
Tal como o Económico explica, o plano parece chumbado à partida. A Europa não aceita um "empréstimo ponte", quer uma extensão técnica do actual programa, algo que é impossível de aceitar por Atenas. Em Bruxelas, acredita-se que a questão do nome não é impedimento e que, no limite, poderia haver um compromisso que soasse a um acordo novo para os gregos, e ao memorando antigo para os europeus.
O problema é que há questões de fundo pelo meio. Por um lado, é preciso saber se os gregos estão mesmo dispostos a aceitar manter a maior parte das medidas da troika e quais as reformas novas que querem fazer. E é também preciso saber o que fazer com o FMI, já que um acordo ponte excluiria sempre, na óptica de Atenas, a presença do Fundo.
Em Bruxelas, não se está intransigente com isso, mas em Berlim sim. Até por uma questão de simbolismo. E há quem diga que a Grécia está a escolher mal o inimigo, ao apontar o FMI, e que dispensar o Fundo vai sempre obrigar a negociar com a Alemanha e o Eurogrupo, o que poderá ser mais difícil. "O principal problema não é tanto a Comissão ou o FMI, são os Estados-membro, pelo menos alguns deles", frisa fonte comunitária.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, já disse, aliás, que a Grécia ou segue as regras do jogo germânico, ou então vai à sua vida sozinha.
Dificilmente haverá hoje um acordo e o tema seguirá directamente para o próximo Eurogrupo, na segunda-feira, sem passar pelo Conselho Europeu de amanhã. É que a cimeira de chefes de Estado vai focar-se na situação na Ucrânia e no que fazer se a cimeira de Minsk terminar hoje sem um entendimento. Há quem admita que, caso tal aconteça, os líderes europeus poderão abrir a porta amanhã a um escalar das sanções económicas a Moscovo. Mas essa discussão não seria pacífica, avisam desde Bruxelas.
O sucesso da cimeira de Minsk pode também ele passar pela Alemanha, já que a chanceler alemã Angela Merkel vai estar presente, juntamente com o presidente francês, François Hollande.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, apresenta esta tarde aos homólogos europeus o plano para dispensar a troika, apoiado na manutenção de parte das medidas já implementadas e na substituição de outras por reformas acordadas com a OCDE. Mas isso implica um "empréstimo ponte", que permita à Grécia aguentar-se sozinha durante alguns meses, quando o actual resgate terminar no final de Fevereiro.
Tal como o Económico explica, o plano parece chumbado à partida. A Europa não aceita um "empréstimo ponte", quer uma extensão técnica do actual programa, algo que é impossível de aceitar por Atenas. Em Bruxelas, acredita-se que a questão do nome não é impedimento e que, no limite, poderia haver um compromisso que soasse a um acordo novo para os gregos, e ao memorando antigo para os europeus.
O problema é que há questões de fundo pelo meio. Por um lado, é preciso saber se os gregos estão mesmo dispostos a aceitar manter a maior parte das medidas da troika e quais as reformas novas que querem fazer. E é também preciso saber o que fazer com o FMI, já que um acordo ponte excluiria sempre, na óptica de Atenas, a presença do Fundo.
Em Bruxelas, não se está intransigente com isso, mas em Berlim sim. Até por uma questão de simbolismo. E há quem diga que a Grécia está a escolher mal o inimigo, ao apontar o FMI, e que dispensar o Fundo vai sempre obrigar a negociar com a Alemanha e o Eurogrupo, o que poderá ser mais difícil. "O principal problema não é tanto a Comissão ou o FMI, são os Estados-membro, pelo menos alguns deles", frisa fonte comunitária.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, já disse, aliás, que a Grécia ou segue as regras do jogo germânico, ou então vai à sua vida sozinha.
Dificilmente haverá hoje um acordo e o tema seguirá directamente para o próximo Eurogrupo, na segunda-feira, sem passar pelo Conselho Europeu de amanhã. É que a cimeira de chefes de Estado vai focar-se na situação na Ucrânia e no que fazer se a cimeira de Minsk terminar hoje sem um entendimento. Há quem admita que, caso tal aconteça, os líderes europeus poderão abrir a porta amanhã a um escalar das sanções económicas a Moscovo. Mas essa discussão não seria pacífica, avisam desde Bruxelas.
O sucesso da cimeira de Minsk pode também ele passar pela Alemanha, já que a chanceler alemã Angela Merkel vai estar presente, juntamente com o presidente francês, François Hollande.