quinta-feira, 14 de agosto de 2014

IRONIA E AGRESSÕES CRESCEM NA CRÍTICA ECONÓMICA

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Brasil-O mercado financeiro continua reagir mal à associação de factos que indicam a resistência da presidente Dilma Rousseff em manter-se à frente nas pesquisas de opinião, com chances reais de vencer a disputa em primeiro turno, a projeções sobre a economia feitas pelo próprio mercado financeiro.
Entre o que é a realidade política e o que pode ser uma ficção económica – já há expectativas de analistas, nem sempre identificados, de que até 2018 o Brasil terá PIB baixo e inflação alta, como está na manchete do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (12), a verdade é que os nervos estão à flor da pele entre banqueiros, consultores e executivos do poderoso ramo financeiro da economia.
Do exterior, o jornal inglês Financial Times voltou a mostrar suas unhas de ironia. Nota na secção sobre países dos Brics classificou como "dança da cordinha" a redução das expectativas de crescimento criadas pelo próprio mercado financeiro para o Brasil. No Boletim Focus publicado na segunda-feira 11, a mediana das projeções de economistas ouvidos pelo Banco Central mostrou redução, pela 11ª semana consecutiva, das expectativas de crescimento para 2014. Elas convergem, agora, para 0,81% de elevação do PIB neste ano.
Divertindo-se a valer com isso, o FT não demonstrou nenhum senso de humor, na mesma nota, ao lembrar seus leitores que "a avaliação do governo" da presidente Dilma Rousseff "subiu no Ibope". O dado indicou que ela não está sofrendo nas pesquisas como seus adversários gostariam que estivesse. O FT, por isso, se mostrou amuado logo depois da fazer sua imagem.
BAIXARIA - Por aqui, a consultoria Rosemberg & Associados, de um dos formuladores do Plano Cruzado – aquele que começou congelando preços, em 1986, e logo depois das eleições para governador terminou com uma chuva de aumentos de tarifas públicas, no governo José Sarney -, Luiz Paulo Rosemberg, partiu para esmurrar o estilo. Entre conceitos vagos e descompromisso com o respeito ao adversário, perpetrou mais uma análise financeira, assinada por quatro economistas, em tudo mal humorada, mal sustentada e francamente resignada.
O relatório da Rosemberg transmitido a clientes da casa, entre os quais os bancos Itaú e Santander, parte de uma análise política assumidamente de oposição.
Dilma está plantada numa sólida diferença para os demais candidatos que, se não é confortável, é "desencorajante", assegura o texto, que passa a lamentar uma regra da eleição, a distribuição do horário eleitoral pela televisão de acordo com regras de proporcionalidade partidária garantidas pelo TSE.
Dilma vai dispor de muito mais tempo que os outros para 'alertar' a classe baixa de que a elite está tentando anular suas conquistas e trazer de volta um passado de dificuldades, reclamam os analistas.
O passo seguinte é um golpe baixo, desferido a partir de conceitos vagos e termos grosseiros
É por isto que, visto de hoje, o cenário mais provável é a continuidade da mediocridade, do descompromisso com a Lógica, do mau humor prepotente do poste que se transformou em porrete contra o senso comum.
Vale perguntar: Lógica de quem, cara pálida? Da banca ou do pato? Senso comum de quem? Dos espertos ou dos trouxas?