segunda-feira, 30 de junho de 2014

Itália Teme Introdução de Novas Sanções Contra a Rússia

Rússia-O britânico Financial Times, maior jornal de economia e negócios do mundo, publicou sexta-feira última, um artigo dizendo que a Itália está tentando retardar as tentativas dos Estados Unidos e da Alemanha em expandir as sanções contra a Rússia. Citando como fonte um diplomata não identificado, a publicação alega que a Itália tem confrontado esta questão de forma cada vez mais intensa e confiante.
 
O jornal destaca que a Ministra das Relações Exteriores italiana, Federica Mogerini, é apontada como a principal adversária do endurecimento das sanções contra a Rússia e que a sua posição recebe o apoio de países como Áustria, Espanha, Chipre, Grécia, Eslováquia, Hungria e Bulgária. Os críticos das autoridades italianas afirmam que o governo do país está especialmente preocupado de que as medidas possam prejudicar a empresa petrolífera Eni e o banco UniCredit.
 
A publicação lembrou que nos últimos dias Washington tem pressionado a União Europeia a introduzir novas sanções contra sectores inteiros da economia russa, incluindo o energético, o financeiro e de defesa. Na segunda-feira última, o Secretário de Estado adjunto norte-americano, Dan Fried, visitou Bruxelas para mostrar que os Estados Unidos estão prontos para aprovar o “terceiro pacote” de restrições contra a Rússia, mas somente se em conjunto com o bloco europeu.
 
Com a escalada do conflito na Ucrânia, a Alemanha reiterou sua posição frente à introdução de maiores sanções contra Moscovo. Segundo a fonte diplomática do Financial Times, a expansão das restrições também foi defendida sexta-feira passada, durante uma reunião da União Europeia, por Grã-Bretanha, Suécia, Dinamarca, Polônia, Romênia e países bálticos.
 
No entanto, a União Europeia também está preocupada com as possíveis consequências econômicas das sanções contra a Rússia, responsável por 30% do fornecimento de gás para a Europa. Afinal, o volume das relações comerciais entre o bloco europeu e a Federação é 12 vezes maior do que o volume de comércio entre a Rússia e os Estados Unidos.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Grã-Bretanha Emite Obrigações Islâmicas

Reino Unido-O Reino Unido tornou-se o primeiro país não muçulmano a emitir obrigações islâmicas.

Segundo constata o jornal Financial Times, os sukuk (tal é o nome dos títulos de valores em língua árabe) britânicos já têm uma procura avaliada 2 bilhões de libras esterlinas. Ao todo, foram emitidas obrigações no valor de 200 milhões, tendo a procura ultrapassado em 10 vezes a oferta. A emissão iniciará ainda antes do Ramadã.
 
Entretanto, as leis de sharia proíbem a cobrança de juros sobre os empréstimos e a participação em lucros. As obrigações sukuk se estruturam como valores que proporcionam ao comprador uma cota nos activos, obrigando a adquiri-la num prazo determinado.
 
De acordo com a agência russa Itar-Tass que cita o Departamento de Gestão da Dívida Pública da Grã-Bretanha, Robert Stheeman, as obrigações islâmicas foram emitidas em regime experimental, sendo difícil encontrar os respectivos activos. A imprensa britânica comunica que os bancos islâmicos de Londres se mostraram descontentes por não terem podido tomar conta de emissão dos títulos referidos.

Juncker Deve Ser Confirmado Presidente da Comissão Europeia

Nomeação do Juncker-Primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu opor-se a Jean-Claude Juncker caso venha a ser confirmado como presidente da Comissão Europeia.
 
Os líderes da UE reuniram-se na cidade belga de Ypres ontem e hoje onde Juncker dever ser nomeado para o cargo mais alto da UE.
“Eu não estou ainda designado presidente. Se o senso comum prevalece isso vai acontecer no final da semana. Mas parece que o senso comum é muito desigualmente distribuído, de modo que vamos ter de esperar”.
 
David Cameron isolado e frustrado pode invocar o chamado “compromisso do Luxemburgo” para vetar a nomeação do luxemburguês durante a sessão da cimeira de líderes dos 28 membros.
Estou na oposição à candidatura do Sr. Juncker; eu acho que é a abordagem errada para a Europa, eu acho que é o princípio errado. Mas vou fazer um referendo, vou renegociar e o povo britânico será capaz de decidir”.
 
Os líderes da União Europeia reuniram na Bélgica para uma cerimónia solene de comemoração do 100 º aniversário da Primeira Guerra Mundial.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Líbia: Baixa Participação nas Eleições Legislativa

Líbia-Na Líbia, a baixa participação e um ataque a militares marcaram as eleições legislativas, realizadas quarta-feira.
 
Espera-se que este acto eleitoral ponha fim à instabilidade existente desde o fim do regime de Muammar Kadhafi.
 
Em Bengasi, a segunda cidade do país, pelo menos três soldados foram mortos durante um ataque de milicianos islamitas.
 
Esta cidade, onde ocorreu em 2012 um assalto ao consulado dos EUA, tem estado sob tensão desde que um antigo comandante rebelde lançou, em Maio, uma ofensiva contra um poderoso grupo islamita, suscitando a adesão de várias unidades militares.
 
Nas últimas semanas, a Líbia tem estado a viver uma crise política, com o exercício do poder executivo disputado por dois grupos, perante um confronto entre islamitas e liberais e a violência a grassar no leste.

Argentina Empurrada para o Incumprimento

Argentina-Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina foi convidado a falar na sede das Nações Unidas perante os representantes dos 133 países em desenvolvimento pertencentes ao Grupo 77+China.
 
Kicillof alertou para o facto de a decisão judicial norte-americana favorável a fundos especulativos detentores de dívida da Argentina poder levar ao incumprimento técnico.
 
“Provavelmente vai conduzir-nos a um ‘incumprimento técnico’. Qualquer que seja a perspetiva, esta decisão empurra a Argentina para o risco de uma crise económica. Empurra o nosso povo para a situação que já viveu.
 
Digam-me se a divida actual duplicada não é de novo um 2001 para a República Argentina”, disse o ministro.
 
A Argentina, que entrou em colapso financeiro após a crise económica de 2001, conseguiu o acordo de 93% dos credores para reestruturar a sua dívida e está a pagar-lhes regularmente o acordado, mas os restantes 7% recusaram as reestruturações feitas em 2005 e 2010 e reclamam 100% do valor inscrito nas obrigações.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

GUINÉ-BISSAU: Novo PR Define Prioridades na Hora da Posse

GUINÉ-BISSAU-A GUINÉ-BISSAU tem desde do dia 23 do corrente mês um novo presidente, José Mário Vaz (Jomav), do PAIGC, o que marca o regresso do país à ordem constitucional, após o golpe de Abril de 2012. Na hora de investidura, Jomav elegeu o combate à pobreza como umas das prioridades enquanto chefe de Estado.
 
No seu discurso de posse no Estádio Nacional 24 de Setembro em Bissau, prometeu "meter as mãos na lama" - expressão que significa trabalhar arduamente - para produzir riqueza no país.
 
"Temos que meter as mãos na lama e pôr a economia guineense a funcionar e a produzir riqueza para atacar e resolver os problemas que afectam a nossa sociedade", disse José Mário Vaz, anunciando uma "parceria estratégica" entre Presidente e Governo, afirmou que a Guiné-Bissau não pode continuar a ser um país onde "uma minoria" trabalha e produz riqueza para a "maioria sem trabalho".

O novo chefe de Estado, investido no cargo perante milhares de guineenses que encheram o Estádio Nacional 24 de Setembro, defendeu ter chegado a hora de o país definir uma estratégia que deve ser seguida para o futuro.
 
 
"DJITU TEM KU TEM"
 
 
Para Jomav, a Guiné-Bissau está hoje aparentemente "num beco sem saída" devido às mudanças constantes de rumo e ausência de políticas em sectores como educação, economia ou justiça.
 
O novo líder guineense, eleito em Maio, recorreu à expressão popular em crioulo "djitu tem ku tem" (tem que haver jeito) para galvanizar os seus concidadãos para o que diz ser "uma nova era".
 
"Como Nação só chegaremos com sucesso a algum lado se soubermos para onde queremos ir. Nós passámos estes anos a anunciar, a anular e a anunciar de novo, medidas, leis, opções políticas, programas e projectos mal avaliados", observou José Mário Vaz.
 
A valorização dos recursos humanos terá que ser o factor primordial na elaboração da "verdadeira estratégia nacional" que possa ajudar a "corrigir o rumo" da economia e o desempenho político.
 
Na tal estratégia nacional deve ser dada ênfase às reformas, promoção da unidade nacional e criação de consensos com todos os segmentos da sociedade, incluindo os militares, sublinhou José Mário Vaz.
 
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e a situação agravou-se nos últimos dois anos liderados por autoridades de transição - nomeadas depois do golpe de Abril de 2012.
 
Hoje os serviços públicos (incluindo forças de segurança) acumulam seis meses de salários em atraso, o aparelho de Estado não funciona e a economia caiu a pique - queda agravada pela corrupção e saque de recursos naturais, denunciam organizações nacionais e estrangeiras, tópicos que o novo Presidente também aponta como prioritários.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mestrado em Finanças da Universidade Nova entre os 20 melhores do mundo

Universidade Nova de Lisboa-O Financial Times classificou, segunda-feira passada, o Mestrado em Finanças da Nova School of Business and Economics (Nova SBE) como um dos 20 melhores do mundo.

O International Masters in Finance da Nova SBE ocupa o 19º lugar no ranking que avalia os melhores programas pré-experiência em Finanças em todo o mundo.

O primeiro lugar do ranking pertence ao Mestrado em Finanças Internacionais da HEC Paris, em França.

Pelo quarto ano consecutivo, os resultados da seleção do Financial Times colocam a Nova SBE numa posição muito favorável quanto à oferta do mestrado em Finanças em Portugal. O programa continua a ser o único lecionado no país a integrar a prestigiada avaliação do jornal britânico.

O Programa de Finanças da Nova SBE foi ainda distinguido com o 2º lugar mundial em «Experiência Internacional» e a 6ª melhor posição no mundo em Placement Success Rank, o critério que avalia o nível de satisfação dos antigos alunos em relação ao gabinete de apoio profissional da faculdade.

O ranking divulgado atribui também ao Mestrado da Nova SBE uma taxa de empregabilidade de 95 por cento, passados apenas três meses do final do programa.

Para José Ferreira Machado, Diretor da Nova SBE, estes resultados refletem o trabalho desenvolvido pela Escola ao longo da última década, não só ao nível da qualidade dos programas como também na implementação de uma estratégia de internacionalização, pioneira em Portugal.

«Há quatro anos consecutivos que somos a única escola portuguesa neste ranking e uma referência no ensino de Finanças no mundo. O número de candidatos estrangeiros aos nossos mestrados continua a subir e, este ano, só no Programa de Finanças, mais de 40% das candidaturas pertencem a alunos internacionais, provenientes das melhores escolas do mundo», afirmou.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Governo de Transição da Guiné-Bissau Tinha Criado Pensões e subvenções vitalícias

Guiné-Bissau-Foi tornado público um documento datado de 6 de Maio último, no qual o Governo de transição da  Guiné-Bissau aprovava uma lei que cria pensões e subvenções vitalícias para ex-titulares de órgãos de soberania, incluindo os que estiveram em funções no período golpista.

O documento dá conta da decisão tomada pelo conselho de ministros a 26 de Março, e promulgada pelo Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, no mesmo dia, como refere o Boletim Oficial guineense.

O diploma prevê, nomeadamente, que o Estado passe a pagar uma pensão vitalícia aos ex-chefes militares e ex-governantes,  e que um ex-Presidente da República passe a receber do Estado uma pensão vitalícia igual ao salário de um Presidente em exercício de funções.

A publicação deste documento surge poucos dias antes da tomada de posse dum Presidente e Governo eleitos, substituindo as autoridades instaladas com o golpe de Estado de 2012, e está a suscitar polémica no País.

Biografia de Cipriano Cassamá, novo Presidente da ANP da Guiné-Bissau

Biografia-Cipriano Cassamá nasceu na vila de Bula, na Região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau.
 
De uma família modesta família, formou-se em agronomia na República de Argélia em 1985 e atualmente é estudante do direito na Faculdade do Direito de Bissau.
 
Cipriano Cassamá aderiu ao PAIGC em 1973 já no final da luta armada para a libertação nacional e depois do seu regresso de estudos, trabalhou como delegado do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural na região de Bolama-Bijagós.
 
Com apenas 31 anos de idade foi nomeado em 1990, Diretor-geral de Florestas e Caça no Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural e, depois das primeiras eleições que tiveram lugar no país em 1994, foi nomeado Secretario de Estado de Turismo, Ambiente e Artesanato no governo liderado por Manuel Saturnino da Costa. Nessa mesma altura e no âmbito de uma remodelação governamental, Cipriano Cassamá foi promovido a ministro da tutela.
 
E em 1997, Cipriano Cassama foi nomeado pelo então Presidente da República João Bernardo Vieira (NINO), como o seu conselheiro para as áareas da Agricultura, do Ambiente, dos Recursos Naturais e das Infraestruturas com categoria de Ministro de Estado e porta-voz da presidência da República, funções que desempenhou até o início de conflito político-militar de 1998/1999.
 
A última função ministerial que Cassamá desempenhou foi a de Ministro de Administração Interna em 2008, num governo provisório liderado por Carlos Correia, o actual primeiro vice-presidente do PAIGC.
 
Cipriano Cassamá possui uma larga experiência parlamentar. Ele tem sido sempre eleito deputado da nação desde a abertura política em 1994, com a exceção nas eleições legislativas de 1999, porque esteve detido na sequência de conflito armado de 1998/1999. E em 2004 foi líder parlamentar do PAIGC.
 
O actual Presidente da Assembleia Nacional Popular é vice-presidente do Comité interparlamentar da União Económica e Monetária da África de Oeste CIP-UEMAO. Cipriano Cassamá tem 55 anos de idade e é casado e Pai de cinco (5) filhos.

Fundo dos Brics Terá regras que Dificultam Resgate a Países

Brics-O novo fundo compartilhado de reservas dos Brics deve ter regras tão duras para o saque de recursos que dificilmente se tornará uma alternativa concreta e independente ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em caso de necessidade.

O volume de recursos não deve ser elevado e, além disso, a liberação da maior parte do dinheiro dependerá de eventuais acordos com o próprio FMI.
 
Arranjo- no total, o Arranjo Contingente de Reservas contará com US$ 100 bilhões. Os detalhes de seu funcionamento serão acertados nesta semana, em Melbourne (Austrália), durante reunião técnica dos Brics à margem de um encontro do G-20. A China entrará com US$ 41 bilhões. Brasil, Rússia e Índia vão colocar US$ 18 bilhões cada um. O restante - US$ 5 bilhões - será aportado pela África do Sul. A criação do fundo será um dos principais anúncios da cúpula do bloco, em Fortaleza, de 14 a 16 de Julho.

Regras finais- As regras finais do acordo, no entanto, deverão frustrar os que imaginam que cada um dos Brics terá direito a todo esse dinheiro. Se houver uma crise no balanço de pagamentos, o Brasil poderá pleitear o uso de uma vez e meia a quantia aportada. Ou seja, no máximo, US$ 27 bilhões. As mesmas normas e tectos para saques serão aplicadas a Índia e Rússia. Para a África do Sul, o tecto será de duas vezes o valor do aporte, chegando a US$ 10 bilhões. A China, que tem o maior peso no mecanismo, só terá acesso a metade de sua contribuição (US$ 20,5 bilhões).
 
Liberação parcial- Mesmo assim, nenhum país poderá usar imediatamente tudo o que tem direito. A ideia em discussão é que apenas de 20% a 30% dos recursos sejam liberados como empréstimos de curto prazo, para dar alívio imediato às contas do país em crise, enquanto se negociam os termos de um financiamento mais sólido com o próprio FMI. No caso do Brasil, isso significaria de US$ 5,5 bilhões a US$ 8 bilhões. O montante restante - de 70% a 80% - sairia junto com um pacote vinculado às mesmas condicionalidades exigidas pelo FMI.
 
Útil - Apesar de tais restrições, o governo brasileiro avalia que esse arranjo pode demonstrar-se útil em momentos de crise e cita como especialmente positivo o facto de estar a ser negociado e criado quando nenhum dos Brics precisa desesperadamente de recursos. Assessores presidenciais também avaliam que, embora os montantes de reservas passíveis de liberação possam parecer relativamente pequenos na actual conjuntura, não devem ser desprezados em momentos de crise.
 
 Supervisão - A avaliação no governo é que, como o acordo de compartilhamento de reservas não é um organismo com estrutura capaz de acompanhar o uso dos recursos liberados - e, em consequência, seu pagamento - é necessário que o FMI actue como o supervisor desse processo. A intenção é que funcione como o socorro dado pelos países europeus, que entraram com recursos próprios, mas com a liberação condicionada à assinatura de programas de ajuste fiscal com o FMI. No limite, os recursos disponibilizados pelos Brics comporiam uma parte dos pacotes de socorro organizados pelo Fundo.
 
Ratificação - O acordo também precisa ser ratificado pelos países. No caso do Brasil, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Na prática, o Congresso autorizará o governo a fazer um outro tipo de aplicação das reservas internacionais do país. No caso de um empréstimo, em vez de aplicar em títulos soberanos, o BC brasileiro estaria investindo as reservas num empréstimo de maior risco e maior retorno a um dos governos parceiros.
 
Negociação paralela- Também será necessária uma negociação paralela entre os bancos centrais para operacionalizar o funcionamento do acordo. A proposta dos negociadores é que isso seja feito em paralelo ao processo de ratificação em cada país. Dessa forma, quando houver a autorização formal para o novo mecanismo, os bancos centrais já terão acertado os detalhes de como, por exemplo, deve ser encaminhado um pedido de recursos, de tal forma que o funcionamento passe a ser imediato.

57 milhões de Crianças Fora do Sistema de Ensino

África-Cerca de 57 milhões de crianças em idade pré-escolar, em África, estão fora do ensino e 69 milhões de adolescentes não frequentam a escola secundária, indica um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
 
De acordo com o documento que o Cirilo João Vieira teve acesso e que marca a celebração do 16 de Junho, dia da criança africana, grande parte destas crianças vivem em países afectados por conflitos, metade reside na África subsariana, sendo que mais de 50% são meninas.
 
O relatório, intitulado "Crianças fora da Escola", da ainda conta que a maior parte das crianças são de famílias pobres, de áreas rurais e provenientes de grupos étnicos minoritários. Muitas destas crianças, indica a pesquisa, são portadoras de deficiências ou têm de trabalhar para ajudar as suas famílias.
 
O estudo, que resulta de uma parceria entre a Unicef e o Instituto de Estatística da UNESCO, aconselha os governos africanos a implementar acções destinadas a reforçar o investimento no ensino básico, para dotar as crianças de instrumentos que lhes permitam viver uma vida significativa, produtiva e em coexistência pacífica.
 
No que diz respeito a Angola, o relatório do Unicef revela estar a se registar avanço progressivo no acesso ao ensino, com mais de 7 milhões de crianças e estudantes inseridos no sistema, contra as 1,7 milhões registadas em 2002.
 
Verifica-se também melhorias no ensino primário com o aumento de 2,6 milhões de crianças na escola desde 2003 e melhorias na taxa de alfabetização com mais de 2,5 milhões de pessoas alfabetizadas, lê-se no documento.
 
Apesar dos avanços, o Unicef diz persistirem ainda vários desafios para garantir o direito à educação as crianças e a melhoria do sistema de ensino, tais como o acesso a educação equitativa de qualidade para todas as crianças e a gestão do sistema educativo.

FMI Defende Compra de obrigações em "Larga Escala" pelo BCE

FMI-O FMI defende que o BCE tenha um papel mais interventivo de forma a estimular o crescimento económico. O papel da autoridade monetária da Zona Euro deverá ser semelhante ao da Fed, de forma a evitar a "década perdida" no Japão.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) propõe quinta-feira passada, 19 de Junho, durante a reunião do Eurogrupo, que o Banco Central Europeu (BCE) tenha um papel mais determinante na recuperação da economia da Zona Euro, de acordo com o Financial Times.

O jornal teve acesso a um documento que deverá conter o que será defendido  no Eurogrupo e que diz que o BCE deveria ter um papel mais semelhante ao da Reserva Federal (Fed) dos EUA no que respeita ao programa de estímulos económicos, incluindo a compra de obrigações soberanas em "larga escala".

"Se a inflação permanecer persistentemente baixa, o BCE deve considerar um programa de compra de activos de larga escala", referindo-se essencialmente a "activos soberanos". "Isto vai aumentar a confiança, melhorar os balanços das empresas e famílias e estimular o crédito bancário", salienta o FMI no documento a que o Financial Times teve acesso.

O Financial Times diz que o alerta promete elevar o debate dentro da União Europeia sobre como evitar o risco de uma história semelhante à do Japão, que passou por uma "década perdida" no que respeita ao crescimento económico.

Christine Lagarde deverá assim defender esta posição, admitindo que quer os níveis de dívida quer a taxa de desemprego continuam muito elevados e podem dificultar o regresso a um crescimento económico "robusto" na região.

Esta posição assumida pelo FMI surge numa altura em que a taxa de inflação na Zona Euro se encontra em 0,5%, tendo vindo a diminuir progressivamente e a aumentar os receios em torno de deflação na região. O BCE tem garantido que este cenário está posto de lado e reiterando que está preparado para actuar assim que necessário.

Na última reunião da autoridade monetária para a Zona Euro foi decidido um pacote de medidas precisamente para combater a inflação baixa e que incluía várias operações de empréstimos de longo prazo aos bancos da Zona Euro, com maturidades que chegam a quatro anos, e que estão condicionais à concessão de crédito à economia real, com excepção de empréstimos a governos e a imobiliário.
 

O Nível de Consumo per Capita em Portugal no ano Passado Ficou a 24 Pontos Percentuais da Média Europeia

Portugal-O Eurostat publicou um ‘ranking' do consumo per capita no espaço comunitário em 2013 construído a partir da média da União Europeia a 28, apresentado com o valor 100.
Portugal surge na cauda desta lista com um nível de consumo calculado em 76, ou seja, 24 pontos percentuais abaixo da UE. Um valor perto dos registos da Grécia, Lituânia e Eslovénia e muito longe da média da zona euro de 108.

Para o fraco consumo nacional terão contribuído as medidas de austeridade aplicadas no âmbito do resgate internacional, sobretudo a redução salarial e o aumento de impostos. E ainda outro dos efeitos do programa de ajustamento: a subida do desemprego.

Este indicador do Eurostat, que mede a riqueza material dos lares, é mais uma prova da fragmentação da economia comunitária. Até porque o nível de consumo mais elevado, o do Luxemburgo, mais do que quintuplica, os valores registados nos países mais pobres - Roménia e Bulgária.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fundo Soberano Chinês Muda Foco para Agricultura

China-O fundo soberano da China está mudar o seu foco para investir em agricultura e em fontes de suprimento de alimentos, em uma importante decisão estratégica que reflete as prioridades da nova liderança do país. Em um artigo publicado no "Financial Times", Ding Xuedong, presidente da China Investment Corp (CIC), afirma que o fundo, com US$ 650 bilhões, quer investir mais na agricultura em todo o mundo e "em toda a cadeia de valor".
 
Ciente da controvérsia em torno das tentativas anteriores de governos asiáticos e do Oriente Médio de garantir o uso de terras agrícolas e alimentos em países mais pobres, especialmente da África, Ding afirma que a CIC quer firmar parcerias com governos, organizações multilaterais e outros investidores institucionais. Ele também enfatizou o compromisso do fundo soberano de "fortalecer a segurança alimentar nos países nos quais investimos e onde contribuímos com nossa parte para a criação de empregos e para o crescimento econômico local".
 
A CIC prestará especial atenção a aspectos agrícolas que no passado foram negligenciados por grandes investidores institucionais, como irrigação, transformação da terra e produção de rações para animais. O foco na agricultura se intensificou no ano passado e assinala a segunda grande mudança estratégica no fundo desde que foi criado, em 2007. As empresas chinesas, estatais em sua maioria, têm feito grandes investimentos em terras agrícolas e em produção de alimentos nos últimos anos, especialmente na Ásia, África e América Latina.
 
Empresas chinesas apoiadas pelo Estado realizaram diversos investimentos na produção de alimentos na Ucrânia antes da eclosão da crise política - e o aporte da empresa de carne Shuanghui na Smithfield Foods, maior produtora de carne suína nos EUA, em 2013, até agora é a maior aquisição chinesa de uma empresa americana.
 
Originalmente, a CIC se concentrou em assumir participações em instituições financeiras americanas, como no fundo de private equity Blackstone e no Morgan Stanley. Mas, após prejuízos nesses investimentos na esteira da crise financeira, a CIC ajustou sua estratégia de modo e passou a se concentrar em energia, metais, mineração e outras commodities necessárias para assegurar os insumos necessários à vigorosa ascensão industrial chinesa.
 
Ding assumiu a presidência da CIC há um ano, não muito tempo após o presidente chinês, Xi Jinping, ter assumido o comando do país - e a nova estratégia de investimentos do fundo está em linha com as prioridades do novo governo. Pequim quer reduzir sua dependência de investimentos em infra-estrutura e indústria pesada poluente e aquecer o consumo, com ênfase em melhoria dos padrões de vida. Acredita-se que um forte crescimento da procura chinesa por carne, laticínios, grãos e outras commodities agrícolas passem a exercer crescentes pressões sobre a oferta alimentar mundial.
 
Até o fim de 2013, a CIC tinha cerca de US$ 650 bilhões em activos sob gestão, dos quais US$ 200 bilhões investidos fora do país. A maior parte do montante restante é composto por participações nas maiores instituições financeiras chinesas, que o fundo detém em nome do Estado. Além da agricultura, a CIC concentrará seus investimentos em tecnologia, imóveis e investimentos em infra-estrutura, que proporcionam retornos estáveis em longo prazo.
 
Ding está no Reino Unido nesta semana, acompanhando Li Keqiang em sua primeira visita oficial ao Reino Unido como primeiro-ministro. Embora não estejam previstos anúncios de grandes investimentos da CIC durante a visita, executivos do fundo soberano estão "pesquisando activamente" oportunidades potenciais, especialmente em infra-estrutura, para incluí-las em seu portfólio no Reino Unido.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Comissão Europeia Teme Problemas no Fornecimento do Gás no Inverno

Ucrânia-A Europa pode ter problemas com o fornecimento de gás durante o inverno. O alerta foi deixado pelo comissário europeu da energia, depois do falhanço das negociações entre a Rússia e a Ucrânia para o pagamento da dívida de Kiev.
 
Alguns países membros podem mesmo enfrentar dificuldades semelhantes às vividas durante a crise do gás de 2009.
 
Gunther Oettinger, numa conferência de imprensa em Viena, onde decorreram as negociações, explicou que “as próximas semanas não serão um problema, vamos receber o nosso gás. Mas a Ucrânia vai ter de decidir se vai fazer o pré-pagamento do gás, o que é muito caro, ou se vai usar as reservas que tem. Mas esse é exatamente o nosso problema, porque a Europa precisa de ter as reservas completas para o inverno.”
 
O executivo europeu acrescentou ainda que apelou à Ucrânia para que aumente as reservas de gás para um máximo de 20 mil milhões de metros cúbicos, sendo que agora tem 13,5 mil milhões.
 
Além disso, os chefes de Estado e de governo da União Europeu vão reunir-se em Bruxelas no final da próxima semana para analisar quais serão os próximos passos a ser dados.
 
Os pontos chave deste encontro devem ser as medidas para tornar os países membros menos dependentes do gás russo e a ajuda a Kiev.
 
Para perceber melhor as implicações deste falhanço nas negociações, especialista da área da energia do Centro de Estudos de Política Europeia em Bruxelas(…)sublinhou, que a “curto prazo, é necessário concentrarmo-nos no fluxo inverso, na integração do mercado, nas infra-estruturas, na gestão da procura, reduzindo assim essa procura. Sobretudo em momentos de oferta reduzida, como é o caso desta crise que envolve a Ucrânia.”
 
De qualquer forma, a Gazprom e UE sublinharam que, para já, os clientes europeus não vão sofrer cortes no abastecimento do gás que passa pela Ucrânia.
 
Kiev também também se comprometeu a não interferir no transporte do combustível para os 28 países da União Europeia. Recorde-se que um terço do gás consumido na Europa vem da Rússia, do qual metade passa pela Ucrânia.

Economia de Macau Deverá Crescer a uma Média de 11% em 2014/2015

Macau-O Produto Interno Bruto de Macau deverá crescer a uma média de 11% em 2014/2015, com uma taxa de 11,3% este ano e um ligeiro arrefecimento para 10,6% em 2015, de acordo com as previsões da Economist Intelligence Unit (EIU).

No mais recente relatório sobre Macau, a EIU adianta que a expansão económica será baseada num “crescimento saudável da exportação de serviços”, em resultado do crescente e contínuo influxo de visitantes da China continental que procuram os casinos do território.

A formação bruta de capital fixo ou investimento manter-se-á forte em 2014, em resultado de um conjunto de grandes projectos hoteleiros na zona do Cotai, uma área de aterro entre as ilhas de Coloane e da Taipa, desacelerando em 2015 à medida que estes projectos se forem aproximando da conclusão.

De acordo com o relatório que o Cirilo João Vieira teve acesso, o investimento este ano deverá apresentar um crescimento homólogo de 14,2% para cair bruscamente para 6,0% em 2015.

A taxa de inflação manter-se mais ou menos estável se bem que ligeiramente mais elevada do que a registada em 2013, de 5,5%, antecipando a EIU que suba para 6,0% este ano e para 6,3% em 2015.

O resto dos principais indicadores, como a taxa de juro básica, o excedente orçamental do território e as taxas de câmbio relativamente ás principais divisas, caos do dólar, iene e euro, manter-se-á sem grande alteração.

Guiné-Bissau:Morreu Adelino Mano Queita, antigo ministro Negócios Estrangeiros


Guiné-Bissau -O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau Adelino Mano Queita morreu sábado, em Bissau, vítima de doença.

Fonte familiar disse que o político se tinha sentindo mal nos últimos dias e que de madrugada foi assistido no hospital Simão Mendes, de Bissau, mas não resistiu e faleceu.

O funeral de Adelino Mano Queita, que contava 70 anos, deverá ter lugar na próxima semana, uma vez que se aguarda pela chegada a Bissau de parte de familiares que se encontram em Portugal.

Aquando do golpe de Estado militar de Abril de 2012, Mano Queita desempenhava as funções de ministro da Justiça.

Licenciado em Ciências Políticas e Sociais, Adelino Mano Queita foi secretario-executivo adjunto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, mais tarde, representante do país na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa.

Entre 1992 e 2002, Mano Queita foi nomeado sucessivamente embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Espanha, Itália, Marrocos e Taiwan. Candidatou-se como independente à presidência da Guiné-Bissau nas eleições.

tropas dos EUA Voltam ao Iraque

Iraque-As tropas norte-americanas estão de regresso ao Iraque, com o envio de uma força de 275 homens. Mesmo se a Casa Branca garante que os Estados Unidos não vão voltar a mandar tropas de combate e começar uma nova guerra, a presença militar americana no país está a aumentar, com o Iraque cada vez mais tomado pelos radicais islamitas.
 
O secretário de Estado John Kerry admite mesmo colaborar com o Irão, mas não em operações militares: “Estamos abertos a discussões, se o Irão puder dar uma contribuição construtiva e estiver preparado para fazer algo que respeite a integridade e a soberania do Iraque, tal como a capacidade de o governo fazer reformas”.
 
Onze anos depois da invasão liderada pelos Estados Unidos de George Bush e pela Grã-Bretanha de Tony Blair, três depois da retirada das tropas americanas, o Iraque volta a estar no centro das preocupações da comunidade internacional. Desta vez o problema não são as supostas armas de destruição em massa, mas sim os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que depis da tomada de Mosul estão agora às portas de Bagdade.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Iraque: Rebeldes Sunitas Ganham Terreno e Colocam Irão em Alerta

Iraque-Está a agravar-se a situação no Iraque, com o avanço para ocidente dos rebeldes sunitas afetos ao proclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (conhecido pela sigla inglesa ISIS). Os “jihadistas” sunitas estão a ganhar terreno pelas armas, já estão a colocar pressão sobre Bagdade e, à medida que se aproximam da fronteira ocidental, a deixar também o Irão em estado de alerta.
 
Durante a última noite, os “jihadistas” tomaram o controlo das cidades de Jalawa e a Saadiyah, a nordeste da capital iraquiana. Os rebeldes têm vindo a avançar desde a Síria e estão a aproximar-se de forma ameaçadora da fronteira com o Irão, país de maioria xiita, que também já se mostra preocupado com este avanço sunita.
 
Depois de já terem ocupado Falluja, Ramadi e Mossul, os “jihadistas” colocaram, na última noite, o exército iraquiano em fuga de Jalawa e Saadiyah. As últimas notícias, dão conta de que os militares estarão, entretanto, a contra-atacar à distância, bombardeando as duas cidades tomadas na última noite pelos sunitas.
 
As imagens mais recentes serão, contudo, anteriores a esses bombardeamentos. Mostram-nos os rebeldes do ISIS a exibir como troféus os tanques militares abandonados pelo exército iraquiano em fuga das cidades, entretanto, tomadas.

Crise Leva a Mais de 10 Mil Suicídios na Europa e América do Norte

Crise Financeira- A recessão na Europa e na América do Norte provocou mais de 10 mil casos de suicídio entre 2008 e 2011, segundo uma investigação publicada quinta-feira passada na revista "British Journal of Psychiatry" (BJPsych, na sigla em inglês).
O estudo, feito pela Universidade inglesa de Oxford e a London School of Hygiene & Tropical Medicine, analisou dados de 24 países europeus, dos Estados Unidos e do Canadá.
 
Os pesquisadores afirmam que os suicídios aumentaram "consideravelmente" quando a crise de crédito global começou.
 
Segundo os analistas, a partir de 2009 os suicídios na Europa aumentaram em 6,5%, o equivalente a 7.950 casos mais do que os registrados até o momento.
 
No Canadá, o número de pessoas que se mataram havia baixado até que a recessão atingiu o país em 2008, quando se contabilizaram 240 casos a mais de suicídios.
 
Nos EUA, os casos de pessoas que se mataram subiam antes da recessão, mas a crise fez "acelerar" a tendência ao serem registrados 4.750 suicídios adicionais.
 
O relatório dos pesquisadores britânicos ressalta que a perda de trabalho, da propriedade por não poder pagar a hipoteca ou o aumento da dívida das pessoas são os principais fatores.
 
No entanto, outros países como Suécia, Finlândia e Áustria evitaram aumentar a taxa de suicídio durante a recessão.
 
O investigador Aaron Reeves, da Universidade de Oxford, que participou do estudo, disse que é preciso perguntar se estes suicídios não poderiam ter sido evitados.
 
"Há muitas provas de que as recessões levam a um aumento dos suicídios, mas o que é surpreendente é que não aconteceu em todas as partes, como a Áustria, Suécia e Finlândia", acrescentou Reeves.
 
"Uma das características desses países é que investem em programas que ajudam o povo a voltar ao trabalho, como a assessoria", disse o analista à "BBC".
 
Reeves ressaltou a importância de que os governos dêem apoio e proteção aos grupos mais vulneráveis.
 
Um porta-voz do Centro para a Saúde Mental do Reino Unido afirmou que o estudo mostra que o desemprego, a falta de segurança profissional e outros fatores associados à recessão estão ligados a problemas mentais e ao suicídio.

Financial Times: Mais Milionários do que Nunca no Mundo

Financial Times-Há mais milionários do que nunca no mundo. O dinamismo dos mercados de ações, a estabilidade das economias industrializadas da Europa e dos Estados Unidos e a política monetária apoiadora dos bancos centrais levaram a riqueza privada global para um recorde de US$ 152 trilhões.

O número total de famílias milionárias alcançou 16,3 milhões em 2013, uma forte alta em comparação aos 13,7 milhões em 2012, de acordo com o Boston Consulting Group, consultoria responsável pelo levantamento.

A riqueza privada global cresceu 14,6% no ano passado, perante os US$ 132,7 trilhões apurados em 2012.

Desde a crise financeira de 2008, a riqueza privada mundial cresceu 65%, ou US$ 60 trilhões, acompanhando a recuperação de mercados e economias industrializadas quanto à instabilidade que foi desencadeada a partir da falência do banco Lehman Brothers e dos temores de que o sistema bancário mundial estaria em colapso.

O número de famílias milionárias no mundo representa 1,1% do total, acima do 0,7% registrado em 2007.

Os EUA tinham em 2013 o maior número de famílias milionárias (7,1 milhões), bem como o maior número de novos milionários (1,1 milhão). A maior densidade de famílias milionárias se encontrava no Qatar (175 de cada mil domicílios), seguido pela Suíça (127) e Cingapura (100).

A solidez dos mercados de ações impulsionou as economias industrializadas, que têm uma grande base de activos já existentes, permitindo-lhes alcançar o rápido crescimento dos activos nas economias emergentes, que dependem mais da criação de riqueza que seria estimulada pelo crescimento econômico e por altas taxas de poupança.

Por exemplo, a riqueza privada cresceu dois dígitos nos EUA e na Austrália, enquanto alguns mercados emergentes, como o Brasil, tiveram um crescimento muito mais fraco. A China reforçou a sua posição como a segunda nação mais rica, depois dos EUA.

Todos os grandes índices de ações subiram em 2013, em meio à relativa estabilidade econômica na Europa e nos EUA e aos sinais de recuperação nas economias mais duramente atingidas pela crise da zona do euro, como a Irlanda, Espanha e Portugal.

Apesar da redução gradual do excesso de liquidez nos Estados Unidos, a política monetária dos bancos centrais foi apoiadora no geral, o que também impulsionou a riqueza privada.

A riqueza privada nos EUA ficou em US$ 46 trilhões em 2013, o dobro da China, com US$ 22 trilhões. O Japão ficou em terceiro lugar com US$ 15 trilhões, seguido por Reino Unido, com US$ 8 trilhões, e Alemanha, com US$ 7 trilhões.

As projeções para 2018 mostram que a China deve ter a maior expansão da riqueza privada. Segundo o Boston Consulting Group, a riqueza privada chinesa crescerá 84% até 2018, para US$ 40 trilhões. Ainda assim, permanecerá em segundo lugar, atrás dos EUA, onde a riqueza privada deverá aumentar 17% no intervalo, para US$ 54 trilhões.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O presidente Eleito da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, Visita os Paises da África Ocidental

Bissau - O presidente eleito da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, visita Costa do Marfim para convidar o chefe de Estado daquele país para a sua posse no dia 23, disse fonte dos serviços presidenciais.

José Mário Vaz visitou na terça-feira passada o Burkina-Faso com o mesmo propósito e parou ainda durante algumas horas no Togo, onde também convidou o presidente daquele país a participar na cerimónia da sua investidura.

Antes de regressar a Bissau nesta quinta-feira, o líder guineense passou pelo Níger ou pelo Mali para se encontrar com os respetivos presidentes, adiantou a mesma fonte.

Logo que foi confirmado como presidente eleito da Guiné-Bissau a 21 de Maio, José Mário Vaz iniciou visitas de cortesia aos países da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO).

"O presidente tem levado uma mensagem de boa vizinhança e de amizade para com os países irmãos da CEDEAO", observou a fonte próxima a José Mário Vaz que adiantou ainda que o presidente eleito deverá proceder a um balanço das suas deslocações aos países da comunidade africana quando chegar a Bissau, nesta quinta-feira.

O próximo chefe de Estado guineense deverá viajar ainda na próxima semana para Marrocos de onde poderá seguir para Portugal no dia 15 ou 16, acrescentou a fonte, explicando que esta será a ultima viagem de Vaz antes de ser investido no cargo.

A cerimónia de posse de José Mário Vaz deverá ter lugar no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, no dia 23 de Junho, adiantou ainda a mesma fonte.