segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Desenvolvimento Rural é Chave para Prosperidade da África, Afirma OIT

OIT-O desenvolvimento rural é a chave para a prosperidade da África e, apesar disso, tem sido subestimado pelos governos, financiadores internacionais e conselheiros de política, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um artigo publicado quarta-feira última, pedindo o aumento do investimento no campo.

"Impulsionar a agricultura e construir em torno dela uma
forte economia rural é crucial para a África. Feito da maneira correta, criaria milhões de empregos muito necessários, bem como a riqueza, inclusão, segurança alimentar, resiliência a crises e a paz social e política", escreveu o diretor-geral adjunto da OIT para Operações de Campo e Parcerias, Gilbert Houngbo.

"A lição fundamental do trabalho rural da OIT é reconhecer que as comunidades rurais têm muito potencial e que o investimento pode capacitá-los por meio de abordagens integradas. Isso deve começar com as infra-estruturas físicas e sociais básicas, como estradas, energia, educação e centros de saúde. Os investimentos devem visar a apoiar o desenvolvimento de competências e o empreendedorismo relevante igualmente, até mesmo por meio de cooperativas e mecanismos financeiros inovadores."

Para Houngbo, a falha em reconhecer o valor das zonas rurais resultou em uma produção de alimentos per capita que mal cresceu ao longo dos últimos 50 anos, com a agricultura representando apenas 17% do produto interno bruto da África Subsaariana, e no declínio da sua produtividade já baixa.

Segundo Houngbo, a realidade não passa desapercebida pelos líderes africanos. O diretor lembrou que o tema principal da cúpula da União Africana em Addis Abeba, Etiópia, no mês passado, foi a transformação agrícola. Para viabilizá-la, as abordagens integradas são fundamentais, incluindo a promoção de vínculos entre agentes públicos e privados, o desenvolvimento de trabalhadores rurais e estruturas empreendedoras, incentivo ao diálogo entre esses trabalhadores e as autoridades, a capacitação e a participação da juventude e das mulheres.