Israel-Em Tel Aviv, milhares de imigrantes africanos, maioritariamente oriundos do Sudão e da Eritreia, protestaram contra a prisão de compatriotas detidos como trabalhadores ilegais e pediram a sua libertação.
Os protestos surgem após Israel ter adotado em 10 de Dezembro uma lei que permite deter até um ano, sem processo, imigrantes clandestinos.
Vários grupos de Direitos Humanos apontam para mais de 300 detenções desde então.
“Pedimos ao governo israelita três coisas simples. A primeira é cancelar a nova lei e a libertação dos detidos. A segunda, tratar e analisar com transparência e de forma justa os nossos pedidos de asilo. Em terceiro lugar, dar os direitos humanos básicos incluindo o direito ao trabalho, ao serviço de saúde, etc.”, afirmou um imigrante vindo da Eritreia.
“O problema reside no facto de pessoas que clamam por direitos humanos terem vindo para um país democrático em busca de alguma segurança, serem tratadas como prisioneiros, como criminosos, como cancros. Em Israel há quem lhes chame cancro”, disse uma estudante israelita.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sublinhou que “não se trata de refugiados, mas de pessoas que infringem a lei e que serão tratadas como tal”. Segundo as autoridades israelitas, desde 2006 cerca de 60 mil imigrantes, entraram em Israel através da fronteira com o Egito.