República Democrática do Congo-O exército congolês conseguiu acabar com a rebelião do M23. Os últimos combatentes do movimento surgido há 18 meses nas montanhas do Norte-Kivu, próximo do Ruando e do Uganda, renderam-se esta terça-feira.
É a primeira grande vitória militar do país desde a independência, mas a guerra ainda não acabou, como lembra o porta-voz do exército, Ariu Olivier:
“Ainda não é o fim da guerra porque ainda há grupos que detêm armas no território congolês e teremos que os desarmar pela força, se não quiserem fazê-lo pacificamente”.
O exército da República Democrática do Congo, que tem vindo a ganhar eficácia e organização, precisou de dez dias para reocupar o território em que estava implantado o M23 e contou com o apoio logístico da força das Nações Unidas no país.
Face à derrota, o movimento rebelde anunciou que põe fim à rebelião e que tenciona fazer-se ouvir pela via pacífica.
Alguns especialistas alertam para o risco de o vazio deixado no terreno por estes combatentes poder vir a ser ocupado pelas Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), na tentativa de alargar a sua influência sobre os tutsi do leste do Congo.