quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Venezuela: Cúpula América do Sul-África Vence Neocolonialismo

Cúpula
3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e da África
Malabo-Jaua comemorou “que depois de todo o processo de desestabilização a que a África foi submetida, com uma nova onda neocolonialista por parte dos países europeus e dos Estados Unidos, pudemos efetivamente realizar a cúpula”.

O chanceler lembrou que este encontro intercontinental deveria ser realizado na Líbia, como foi combinado na Cúpula de Margarita, Venezuela, em 2009, mas foi postergada pela “intervenção militar cobarde e genocida realizada contra o povo líbio”.

Pelo menos três presidentes foram derrubados desde a realização da cúpula na Venezuela há quase quatro anos, e “a expressão mais grave deste processo de desestabilização foi a intervenção militar na Líbia”.

Durante a cúpula de Malabo, o chanceler leu uma carta escrita pelo presidente Hugo Chávez na qual ele denunciava uma estratégia imperial, executada pelas potências ocidentais, para “frear o processo de consolidação da unidade dos povos africanos e, em consequência, minar o avanço destes com os povos latino-americanos e caribenhos”.

“Não é sorte, nem azar, o digo com absoluta responsabilidade, que desde a cúpula de Margarita o continente africano tem sido vítima de múltiplas intervenções e ataques por parte das potências do Ocidente”, advertiu na carta do presidente venezuelano e líder da Revolução Bolivariana.

“Não cansarei de reiterar: somos um mesmo povo. Estamos na obrigação de nos encontrar, além da formalidade e do discurso, um mesmo sentimento por nossa unidade e assim juntos dar vida à equação a ser aplicada na construção das condições que nos permitam terminar de tirar nossos povos do labirinto a que foram jogados pelo colonialismo e capitalismo neoliberal do Século 20”, disse o mandatário venezuelano.

Protagonismo de Chávez

O protagonismo do presidente Chávez foi reconhecido pelas delegações que participaram do evento. “Sentimos uma África muito atenta, muito solidária com o que acontece com Chávez, muito atenta à sua recuperação e expressando seus melhores desejos”, afirmou o chanceler à TeleSur.

“A maioria das delegações começaram suas intervenções desejando a recuperação do presidente Chávez e reconhecendo seu papel e o da Venezuela neste processo de integração América do Sul-África”.

Guiné - Bissau : A tensão Está a Subir Entre Parlamentares e Governo

Guiné-Bissau-Depois das denúncias proferidas, na Segunda-feira, pelo presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, foi a vez de e Ministro das Finanças vir desmentir a existência de despesas não orçamentadas.
 
A tensão está a subir em Bissau. As chefias militares reuniram-se com os deputados na Assembleia Nacional Popular, num encontro que os militares classificaram de rotineiro.

No entanto, esta reunião surge um dia depois de o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, ter acusado o Governo de governar sem programa e sem orçamento. Por outro lado, o Ministro das Finanças, Abubacar Demba Dahaba, veio desmentir, em conferência de imprensa, a existência de « despesas não orçamentadas », que podem atingir os 15 biliões de francos CFA ( 17 mihões de euros).

Guiné-Bissau: Populações de Nhacra Agridem o Secretário de Segurança do Sector

Bissau - O confronto ocorreu terça-feira última, 26 de Fevereiro, entre a força de ordem e a população de Indam, tendo terminado com cinco feridos, alguns em estado grave, de entre os quais o Secretário de Segurança de Sector de Nhacra, Ensa Faty (Loubo).
 
Armados com catanas e paus, os habitantes de Indam reclamavam a libertação dos seus colegas detidos em Nhacra, na sequência da disputa pela posse da terra entre duas tabancas do mesmo sector.

A situação fez deslocar o ministro do Interior ao terreno, onde se encontravam duas viaturas das forças policiais retidas pela população de Indam, durante várias horas.

No local, a PNN registou palavras de jovens relativamente à detenção das viaturas policiais. «Loubo não sai daqui enquanto os nossos irmãos não forem libertados a partir de Nhacra» diziam, exibindo catanas e paus.

No interior das viaturas da polícia estavam Loubo e outros três indivíduos, que foram agredidos no confronto pela posse da terra.

Dirigindo-se aos presentes, o ministro do Interior, António Suca Ntchama, advertiu os jovens dizendo que as suas iniciativas já atingiram níveis de desordem. «O Estado tem o poder de agir para repor ordem em certas circunstâncias. Caso se coloquem frente a frente com as forças de ordem vão aguentar com os vossos paus», referiu António Suca Ntchama, alertando os moradores de Indam em relação aos seus comportamentos perante a comunidade internacional.

«Estamos perante a comunidade internacional, como é do vosso conhecimento, que não admite que sejam instigados para que o mundo possa concretizar os seus objetivos em relação a nós, como foi dito, que a Guiné-Bissau é um país de conflito», disse o governante numa clara alusão à presença da força da alerta da CEDEAO (ECOMIB) na Guiné-Bissau.

Ensa Faty, Secretário de Segurança do sector de Nhacra e uma das pessoas agredidas pelos populares, disse à PNN que se deslocou a Indam com um reforço de agentes, em perseguição de uma das pessoas, tendo sido agredido com paus mesmo na presença da Polícia da Intervenção Rápida.

«As pessoas que foram agredidas inicialmente apresentaram queixa no Comissariado do sector. Tomámos iniciativa em busca dos agressores e fui espancado», referiu Ensa Faty.

Durante o clima de desordem da população de Indam, foi confiscada a arma do Secretário de Segurança de Sector de Nhacra.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI Renuncia a 28 de Fevereiro: "Sinto o Peso do Cargo"

Santa Sé, Estado da Cidade do Vaticano-O Papa Bento XVI, de 85 anos, anunciou que renuncia à liderança da Igreja Católica, por se sentir "sem forças" para desempenhar o cargo. A saída acontecerá a 28 de Fevereiro.
 
“Sinto o peso do cargo”, disse Bento XVI, para justificar a renúncia, algo que não acontecia há quase seis séculos. O último Papa a renunciar foi Gregório XII (pontificado de 1406-1415), para acabar com o grande cisma do Ocidente, que tinha chegado ao ponto em que havia três pretendentes.
 
“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência perante Deus, cheguei à conclusão de que as minhas forças, devido a uma idade avançada, não são capazes de um adequado exercício do ministério de Pedro", disse o Papa, no discurso em que anunciou a sua surpreendente decisão.
 
“Por esta razão”, continuou Bento XVI, “e bem consciente da seriedade deste acto, com toda a liberdade declaro que renuncio.” A “28 de Fevereiro, às 20h, a Sé de Roma ficará vazia e um conclave para eleger o novo sumo pontífice será convocado pelos que para tal têm competência.”
 
"No mundo actual, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevância para a vida da, para governar a barca de S. Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também vigor, tanto do corpo como do espírito. Vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de forma que tenho de reconhecer a minha incapacidade para exercer de boa forma o ministério que me foi encomendado", justificou o líder da Igreja Católica, que comunicou a sua decisão em latim, durante a canonização dos mártires de Otranto.
 
Igreja Católica em estado de "sede vacante"
A partir das 19h (hora de Lisboa) do próximo dia 28 de Fevereiro, a Igreja Católica fica em estado de "sede vacante", período que começa com a renúncia do Papa e durante o qual é feita a convocação do conclave e a eleição do seu sucessor. Até que seja conhecido o nome do futuro Papa, a direcção da Igreja Católica fica sob a responsabilidade do colégio cardinalício ou colégio dos cardeais.
 
As condições para a renúncia de um Papa estão previstas no Código de Direito Canónico, no cânone 332:"Se acontecer que o romano Pontífice renuncie ao cargo, para a validade requer-se que a renúncia seja feita livremente, e devidamente manifestada, mas não que seja aceite por alguém."
 
Colaboradores "incrédulos" com decisão tomada há quase um ano
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Vaticano admitiu que a decisão de Bento XVI apanhou todos de “surpresa” e revelou que mesmo os colaboradores mais próximos não sabiam. Ficaram "incrédulos", disse Federico Lombardi.O irmão do Papa, Georg Ratzinger, foi o único a dizer que já sabia “há alguns meses” que Bento XVI ponderava deixar a liderança da Igreja Católica.E Giovanni Maria Vian, director do Osservatore Romano, o jornal semi-oficial do Vaticano, escreveu mesmo segunda-feira que a decisão de Bento XVI estava tomada há quase um ano, desde Março de 2012.“A decisão foi tomada há muitos meses, após a viagem ao México e a Cuba, num segredo que ninguém foi capaz de quebrar”, escreveu o historiador Giovanni Maria Via, em editorial, citado pela AFP.
 
O porta-voz do Vaticano afirmou, por outro lado, que Joseph Ratzinger não participará no conclave para eleger o seu sucessor, um encontro que só se deverá realizar em Março. “Devemos ter um novo Papa na Páscoa [31 de Março]”, acrescentou Lombardi.Existia já alguma especulação sobre uma possível renúncia do alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos. No ano passado, Bento XVI tinha já dito que estava “na última etapa da vida”.
 
Sucessão em aberto
Para a sucessão de Ratzinger, há vários candidatos, mas nenhum favorito como quando o alemão sucedeu em 2005 a João Paulo II, destaca a agência Reuters.As casas de apostas, no entanto, já lançaram a corrida, sugerindo nomes como o cardeal ganês Peter Turkson, o italiano Angelo Scola ou o canadiano Marc Ouellet.A escolha de um Papa envolve sempre uma grande dose de imprevisibilidade, mas os analistas voltam a destacar a possibilidade de ser pela primeira vez escolhido um não europeu na era moderna da Igreja Católica. África e América Latina lideram as hipóteses.
 
Bento XVI, de 85 anos, foi o 265.º Papa e o sexto alemão a liderar a Igreja Católica.Ratzinger tornou-se Papa a 19 de Abril de 2005, quando tinha 78 anos. Os seus quase oito anos de pontificado ficaram marcados não apenas por um declínio na participação religiosa dos católicos, mas também por escândalos de abusos sexuais na Igreja Católica e ainda por casos polémicos no Vaticano, onde o Papa teria dificuldades para controlar a Cúria.
 
Federico Lombardi, porém, negou que a saída de Bento XVI esteja relacionada com outras razões que não a idade avançada. O porta-voz do Vaticano afirmou que nem as dificuldades do papado, nem uma doença em particular justificaram a decisão tomada por Ratzinger nos últimos meses."O Papa sentiu as suas forças a diminuírem nestes últimos meses e reconheceu-o com lucidez", disse Lombardi.Segundo porta-voz do Vaticano, o Papa vai retirar-se de imediato para a residência de Verão, em Castel Gandolfo, e mais tarde para um mosteiro no Vaticano.Nascido a 16 de Abril de 1927, Joseph Ratzinger nasceu numa família católica da Baviera (Alemanha).

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ONU Renovou Mandato na Guiné-Bissau Por Mais Três Meses

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU anunciou a renovação do mandato de um Escritório Integrado na Guiné-Bissau.A resolução 2092, adotada por unanimidade na última sexta-feira, dá mais três meses de funcionamento da presença da ONU na nação de língua portuguesa, do oeste da África. A renovação foi recomendada pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, no relatório sobre a situação do país, em Janeiro. O fim do atual mandato tinha sido previsto para 28 de Fevereiro.
 
A Guiné-Bissau vive um impasse político desde o golpe de 12 de Abril que deu início a um governo de transição. Ainda este mês, o novo chefe do Escritório da ONU em Bissau, José Ramos Horta, chegou ao país para ajudar nos esforços de paz e estabilização.Numa entrevista à Rádio ONU, o embaixador da União Africana junto às Nações Unidas, Téte António, falou do impacto da renovação do mandato.
 
"É uma continuação e, é importante que as Nações Unidas estejam no terreno tal como nós estamos. Temos uma parceria nesta questão, tivemos uma missão conjunta com a CEDEAO, a Comunidade Econômica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental, União Europeia e a ONU. A missão foi a Bissau e, continua a trabalhar nesse sentido com a União Africana.Portanto, temos que ter este parceiro no terreno para solidificar este esforço que estamos a fazer".
 
No informe, Ban justificou a proposta com o que chamou de "complexos desafios da Guiné-Bissau".Um outro fator apresentado pelo chefe da ONU foi a nomeação do seu representante especial na Guiné-Bissau, José Ramos Horta. O ex-presidente de Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz deve agora "avaliar a situação no país e, com base nela, fazer recomendações a respeito do mandato da missão", como explicou Ban Ki-moon.

Tropas Francesas Bombardeiam Base de Um Grupo Armado

Bamako - Quatro pessoas ficaram feridas domingo passado durante os bombardeamentos francês sobre uma base do Movimento árabe de Azawad (MAA), que teve de enfrentar os rebeldes tuareg no nordeste do Mali,perto da Argélia, soube à AFP (segunda-feira) junto de uma fonte de segurança na região.

"Quatro combatentes do MAA ficaram feridos no bombardeamento do exército francês contra a nossa base de Infara", uma cidade localizada a 30 km da fronteira argelina, declarou Boubacar Ould Taleb, um dos responsáveis do movimento, contactado por telefone a partir de Bamako.

"São aviões franceses (...), que bombardearam a nossa base. Cinco veículos pertencentes ao nosso movimento também foram destruídos", acrescentou denunciando o "apoio aberto" da França à rebelião touareg do Movimento Nacional de libertação de Azawad (MNLA) acusado de ter “saqueado bens dos nossos parentes e "violarem as nossas filhas e "

Uma fonte da segurança regional confirmou os bombardeamentos: "aviões militares franceses bombardearam domingo as posições do MAA ao largo da principal fronteira da Argélia."

A localidade maliana de Infara onde os atentados ocorreram, situa-se a 30 km de In-Khalil, uma outra onde os combates do MAA e MNLA aconteceram sábado.

Mohamed Ibrahim Ag Assaleh, responsável do MNLA, com sede em Ouagadougou, afirmou sábado que o seu movimento tinha sido atacado por "terroristas", liderado por Omar Ould Hamaha, do Movimento para a unicidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao), um dos grupos islamistas que ocuparam norte do Mali em 2012, mas também "o MAA e Ansar al-Charia(edine)," uma dissidente do "Mujao."

Evocou "nove prisioneiros" nas mãos do MNLA "seis que se alegam do Mujao e três de Ansar Al-Charia".

O MAA, movimento autonomista criado em Março de 2012, havia confirmado ter atacado sábado por volta das 04H00 (locais e TMG) o MNLA em represálias as violências contra os árabes na zona.



Países da África Assinam Plano Para Estabilizar o Congo

Joseph Kabila, presidente do Congo

República Democrática de Congo-Onze países africanos assinaram um acordo de paz elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) domingo último para estabilizar o Congo, problemático país do centro da África, onde rebeldes apoiados alegadamente por países vizinhos ameaçaram no ano passado derrubar o governo.

Na abertura da reunião para assinatura do acordo na sede da União Africana em Addis Ababa, na Etiópia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a estrutura de paz, segurança e cooperação para o Congo traria estabilidade para a região.

"A cerimônia de assinatura é significativa. Mas é apenas o início de uma abordagem abrangente, que vai exigir um engajamento sustentável. A estrutura diante de você descreve compromissos e mecanismos de fiscalização que tem o objetivo de abordar as principais questões nacionais e regionais", disse Ban em seu discurso.

Congo, Ruanda, Burundi, República Central Africana, Angola, Uganda, Sudão do Sul, África do Sul, Tanzânia e República do Congo assinaram o acordo.

Os países vizinhos do Congo prometeram coletivamente não interferir em assuntos internos da nação. Eles também concordaram em não tolerar ou apoiar grupos armados. Um relatório da ONU do ano passado disse que Ruanda e Uganda ajudaram rebeldes do M23 dentro do Congo. Os dois países negaram as alegações.

A ONU diz que o Congo sofre de violência persistente por grupos armados locais e estrangeiros que usam o estupro como arma. O conflito desalojou quase 2 milhão de pessoas. A ONU disse que vai realizar uma revisão da sua força de paz no Congo, conhecida como Monusco, para ajudar melhor o governo do país a lidar com os desafios de segurança. Ban disse que vai emitir um relatório especial sobre o Congo e a região dos Grandes Lagos, nos próximos dias.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, elogiou a proposta de enviar mais soldados para o Congo, Mas ele afirmou que o governo do Congo precisa implementar "reformas de longo alcance" para uma solução duradoura. Sob o novo acordo, o governo concordou em implementar uma rápida reforma do setor, particularmente dentro de seu exército e da polícia, e a consolidar a autoridade estatal no leste do país. Além disso, o governo prometeu evitar que grupos armados de países desestabilizem países vizinhos.

O presidente do Congo, Joseph Kabila, prometeu também avançar com a descentralização e expandir os serviços sociais através do país. O acordo prevê que Kabila coloque em prática em breve um mecanismo de supervisão nacional, a fim de fiscalizar a implementação dos compromissos.

A União Europeia recebeu positivamente a assinatura do acordo."Esses são passos importantes para encontrar soluções políticas sustentáveis para os problemas estruturais nos âmbitos doméstico e regional", afirmou a diretora de política externa da UE, Catherine Ashton, e o comissário do bloco para Desenvolvimento, Andris Piebalgs, em um comunicado conjunto.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Protesto na Turquia Contra Mísseis da NATO(OTAN)

Turquia-A chegada de mísseis Patriot ao sul da Turquia é marcada por manifestações contra a colaboração entre Ancara e a NATO face a uma possível ameaça síria.
 
Dezenas de manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia em Incirlik, no sudeste do país. O protesto ocorre num momento em que começam a chegar ao porto de Iskenderum as seis baterias de mísseis provenientes da Holanda, Alemanha e Estados Unidos.
 
Os manifestantes, convocados pelo partido comunista turco, protestam igualmente contra a mobilização dos mil soldados estrangeiros que vão operar o sistema anti-míssil.
 
O envio dos mísseis de interceção, no quadro da NATO, ocorre depois de Ancara ter solicitado a intervenção da Aliança Atlântica para reforçar as defesas anti-aéreas do país, na sequência da queda de vários mísseis, junto à fronteira com a Síria.

Eleição é Decisiva Para o Futuro da Itália

Italia-Itália vai às urnas e Europa aposta na possibilidade de formação de um governo estável no país, apesar de todas as dificuldades.Com dois dias de votação, as eleições na Itália chamam a atenção de toda a Europa. Trata-se de um dos pleitos nacionais observados com maior atenção, tendo em vista que o governo eleito terá como tarefa tirar a Itália da recessão, contribuindo também para solucionar a crise econômica que afeta a zona do euro como um todo.
 
As urnas permanecem abertas domingo e  segunda-feira, com resultados a serem divulgados na manhã da terça-feira. Aproximadamente 51 milhões de italianos estão convocados a votar. No domingo último, o número de eleitores se manteve baixo, sobretudo no norte do país, devido ao mau tempo, com neve e chuvas.
 
A lei eleitoral na Itália tem um nome sui generis: "Porcellum", que significa algo como "porcaria". O nome não foi cunhado por eleitores decepcionados, mas sim por cientistas e políticos, quando a lei foi criada, quase dez anos atrás. A "porcaria" referida é a sua complexidade: quase ninguém é capaz de compreender de imediato o sistema de divisão de cadeiras nas duas câmaras do Parlamento.
 
Na Câmara dos Deputados, o partido mais forte recebe automaticamente uma maioria absoluta de cadeiras, mesmo que tenha apenas 30% dos votos. No Senado, os assentos são divididos por listas regionais. "Há uma maioria muito confortável graças a esse Porcellumna primeira Câmara, o que não vale de forma alguma para a segunda, ou seja, para o Senado. E isso pode exercer uma influência muito grande sobre a capacidade de governar do vencedor", explica Lutz Klinkhammer, especialista em assuntos italianos do Instituto Histórico Alemão em Roma.
 
Caso no Senado a maioria política seja diferente da da Câmara, o futuro chefe de governo terá que enfrentar uma coalizão com diversos pequenos partidos. Como no Parlamento haverá representação de até 20 facções, o resultado pode ser uma aliança bem pouco estável. Seja como for, uma estabilidade como a ansiada pela União Europeia e pelos mercados financeiros para a altamente endividada Itália, é muito pouco provável.
Silvio Berlusconi: insistência eleitoral
 
O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, por sua vez, já demonstrou sua habilidade de comunicador na campanha eleitoral.Dezesseis meses atrás, aos 76 anos, ele foi obrigado a deixar o governo do país e entregá-lo a Mario Monti, uma vez que não estava conseguindo manter a crise econômica e de endividamento sob controle.
 
Agora, Berlusconi usa peças publicitárias sóbrias para se apresentar como estadista, que defende a restituição dos impostos recém-criados ao bolso do contribuinte. Dependendo dos resultados do pleito, Berlusconi poderá se unir à Liga Norte, de extrema direita, e, com maioria no Senado, trazer dores de cabeça ao próximo governo.
 
Como Beppe Grillo obteve muito sucesso com seu "movimento", Berlusconi declarou que seu partido assume a partir de agora também o status de movimento – no caso, um bastião contra a arbitrariedade do sistema judicial italiano. Um bastião do qual o próprio Berlusconi pode precisar, pois se sente "perseguido pela Justiça" do país, que move três processos contra ele. Depois das eleições, deverá ser declarado o veredicto de um deles, onde é acusado de ter tido relações sexuais com uma menor.
 
Os delitos de Berlusconi causam repúdio sumário no exterior, mas não necessariamente dentro da Itália, analisa o especialista Klinkhammer. "Ele incorpora o sonho italiano do "self-made" mane do sedutor. Ele ainda pode fazer pontos. Um ano de governo Monti já bastou para fazer com que a população esquecesse o que foram os anteriores dez anos de governo Berlusconi", acrescenta.
 
"Culpa de Merkel"
A primeira-ministra alemã Angela Merkel
 
E uma coisa Berlusconi e Grillo têm em comum, apesar de se rejeitarem mutuamente: eles delegam a Bruxelas e à Alemanha, especialmente à chanceler federal Angela Merkel, a culpa pela crise de endividamento e pela recessão na Itália. Segundo Berlusconi, foi a chefe de governo alemã que deu ordens a Mario Monti para apertar o cinto.
 
"A Alemanha exerce um papel importante nessa campanha eleitoral. No caso, como bode expiatório. Quando se ouve o que Berlusconi tem a dizer, a conclusão é a de que tudo o que é ruim vem do norte. Também com Beppe Grillo se pode ler isso, nas entrelinhas", diz Lutz Klinkhammer.
 
Facto é que todos os políticos italianos rejeitam conselhos de Bruxelas ou de Berlim. Supostas declarações da primeir-ministra alemã a respeito de uma predileção de Berlim por Monti no cargo de chefe de governo na Itália renderam manchetes no país durante dias a fio. "Isso é compreendido como uma interferência na política interna italiana. Não tem muita influência sobre a campanha eleitoral, mas não beneficia, a meu ver, nem Mario Monti, nem a posição alemã".

Ramos-Horta Encontra-se Com FA da Guiné-Bissau e Promete Tudo fazer Para ajudar a Melhorar Casernas

Guiné-Bissau-O representante do secretário-geral da ONU em Bissau, José Ramos-Horta, afirmou-se "com o coração partido" pelas más condições em que vivem os militares do país, acrescentando que tudo fará para ajudar a mudar a situação.

Ramos-Horta reuniu-se no forte de Amura, em Bissau, com as chefias militares, com quem discutiu a reorganização das Forças Armadas.
 
Em declarações aos jornalistas após o encontro José Ramos-Horta afirmou-se "profundamente triste" com as condições em que vivem os militares, acrescentando: " nós não temos muita autoridade moral para os criticar se os governantes da Guiné-Bissau, se a comunidade internacional, não conseguem dar uma vida digna aos militares deste país".
 
"Não posso prometer muito mas tudo farei junto de países amigos para que finalmente alguém possa como medida prioritária reabilitar a caserna dos militares", afirmou.
 
De acordo com Ramos-Horta, o chefe das Forças Armadas, António Injai, e os outros generais concordam que é prioridade absoluta a reabilitação dos quartéis, seguida de "uma reforma profunda das Forças Armadas" e só depois recrutamento de novos militares.
 
"Concordo com o que eles dizem, reabilitação, reforma e recrutamento", disse.O porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas, Daba Na Walna, disse aos jornalistas que os militares esperam de Ramos-Horta que ele ajude de facto a Guiné-Bissau "a cumprir aquilo que as Nações Unidas acharam ser a sua obrigação para com a Guiné-Bissau".
 
Questionado pelos jornalistas o porta-voz, rosto do golpe de Estado de 12 de Abril passado, explicou que os militares não impuseram nenhuma agenda de transição nem que o período de transição seja alargado para três anos (proposta que fez no passado sábado).
 
"Não foi decidido nada aqui ao nível das Forças Armadas, apenas mostrámos a nossa posição, que não implica imposição. Somos a favor de uma transição responsável e não de uma transição precipitada", disse.
 
José Ramos-Horta encontra-se também com organizações da sociedade civil e na quinta-feira passada juntou-se com responsáveis das comunidades muçulmana, católica e evangélica.
 
Fonte contactada pela Lusa disse que neste encontro os religiosos apresentaram as preocupações sobre a situação do país e mostraram-se disponíveis para colaborar com a ONU no esforço de estabilização do país.
 
Ramos-Horta, disse a fonte, disse que conta muito com eles, pela experiência que têm em lidar diretamente com o povo, e que terão outros encontros do género.

África é Um Parceiro Importante

Durão Barroso afirmou à presidente da União Africana Nkosazana Dlamini-Zuma que acredita nas potencialidades de África
 
União Europeia e a União Africana-O presidente da Comissão Europeia afirmou ontem, em Bruxelas, que África é um parceiro importante e que o fortalecimento das relações entre a União Europeia (UE) e o continente africano é uma das suas prioridades. 

“Como presidente da Comissão Europeia, o fortalecimento das relações entre a UE e África é uma das minhas prioridades políticas”, referiu Durão Barroso, em conferência de imprensa, após um encontro com a presidente da comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini-Zuma.  

O presidente da Comissão Europeia, Durão barroso, disse acreditar no potencial de África e na consolidação das relações entre as duas partes baseadas “numa cooperação profunda em diversas áreas”.Durão Barro qualificou a União Africana “um parceiro chave” no quadro da política internacional da União Europeia.

Há potencial para a cooperação económica e condições para uma parceria que pode beneficiar as duas partes, disse Barroso.  A presidente da comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, salientou a importância de aliar a paz e a segurança ao desenvolvimento global das partes, considerando-as “dois lados da mesma moeda”.  

Se não houver desenvolvimento, referiu, eventualmente não há estabilidade e sem esta não é possível haver desenvolvimento.


Formação de soldados
A Missão de Formação da União Europeia (MFUE) na República do Mali anunciou que a instrução, que começa a 2 de Abril, se destina a 2.500 soldados. A União Europeia disponibilizou cerca de 500 elementos, entre os quais 200 formadores militares, membros de Estado-Maior e pessoal médico. 

A MFUE, que tem a participação de, pelo menos, 16 Estados-membros da União Europeia, tem uma vertente “de aconselhamento e assistência em matéria de comando e logística” e outra de formação essencialmente militar, referiu o general francês François Lecointre

“O objectivo é permitir ao Exército do Mali adquirir a médio prazo capacidades de combate necessárias para fazer face à ameaça interna, ao mesmo tempo que contribuímos para a estabilidade do conjunto da sub-região”, declarou o chefe de Estado-Maior-General do Exército maliano. No total, “quatro batalhões de 650 a 700 homens” recebem formação inicial de dois meses na escola militar de Kulikoro, cujas infra-estruturas vão ser melhoradas graças a um financiamento europeu de 12,3 milhões de euros, mas o custo total da missão é muito maior, referiu o general François Lecointre.

Portugal

O Partido Comunista Português acusou o ministro da Defesa de não cumprir a lei ao não informar previamente a Assembleia da República sobre o envio de militares para a operação da União Europeia no Mali. O deputado daquele partido António Filipe confrontou o ministro da Defesa, Aguiar Branco, durante uma audição parlamentar, sobre a decisão, confirmada no início do mês pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, de enviar sete militares para o Mali.

O deputado acusou o ministro de “não cumprir a lei”, que prevê que uma decisão do governo de enviar forças para o estrangeiro deve ser apresentada previamente à Assembleia da República ”, informando-a em pormenor sobre a fundamentação, os projectos de decisão, os riscos estimados, os militares a envolver e o tempo previsível da missão.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Geocapital Quer Parceria Com Banco Português Ligado a África

Macau-Geocapital (de Stanley Ho) quer reforçar presença na banca em Portugal, Angola, Brasil e Timor-Leste.
 
Diogo Lacerda Machado diz que a Geocapital está interessada numa parceria com "uma instituição financeira interessada em investir em África". A Geocapital é uma sociedade sediada em Macau, detida por Stanley Ho, de Jorge Ferro Ribeiro e o macaense Ambrose So, e onde colabora Alípio Dias.
 
A Geocapital quer complementar a sua "rede" financeira nos países lusófonos com presença mais forte em Portugal, Angola, Brasil e Timor-Leste, disse à Lusa Diogo Lacerda Machado, administrador da "holding" sediada em Macau.
 
"Um dia, que não será muito distante, esta plataforma, esta malha comum, há-de estar completa, e nesse dia esperamos que no Brasil haja alguma coisa, e també Macau necessariamente, o lugar de origem de tudo isto. E em Portugal, também, como é óbvio, há-de chegar a altura própria", disse o administrador da Geocapital, em entrevista à agência Lusa.
 
Actualmente, a Geocapital tem participações no Moza Banco de Moçambique, no Banco da África Ocidental (Guiné-Bissau) e Caixa Económica de Cabo Verde, além do projeto de criação do Banco Timorense de Investimento, que poderá vir a ser reformulado.
 
Quanto a investimentos em Portugal, esta pode ser uma boa altura para "comprar em saldo", devido à crise na banca, mas para a Geocapital há um "risco de envolvimento na banca muito mais elevado do que nalguns países" onde já opera, em África.
 
A solução, referiu, pode passar não "necessariamente por um banco em Portugal que seja da Geocapital", mas "uma lógica de parceria" com uma instituição financeira interessada em investirem África, "onde há retornos mais interessantes".
 
No Brasil, onde em 2005 se destacou ao lado da TAP na tentativa frustrada de aquisição da Varig, a Geocapital está ciente da "duríssima experiência do que foram tentativas da banca portuguesa de entrar" e a saída poderá também ser uma parceria.
 
"Achamos que será difícil para nós. Não controlamos banco nenhum noutros sítios, não queríamos controlar no Brasil. Vai chegar o dia em que um parceiro financeiro brasileiro perceberá o interesse desta malha que temos, esta plataforma bancária pan-africana que devagar vamos construindo, e numa lógica de parceria permitir acesso a alguma coisa no Brasil", afirmou Lacerda Machado.
 
Depois de uma tentativa inicial de adquirir uma participação financeira num banco em Angola, a Geocapital virou-se para uma parceria estratégica com a Global Pactum e com o Banco Privado Atlântico, que associa a petrolífera estatal Sonangol, maior accionista do Millennium BCP.
 
A parceria, afirmou o administrador, tem funcionado, mas continua a ser objetivo "uma participação e envolvimento no sistema financeiro angolano".
 
Em Timor-Leste, o projeto "parou um pouco" com o novo Governo e poderá mesmo vir a ser reformulado, se o executivo assim o entender. "Não mandamos, não controlamos, temos uma lógica de integração, de parceria local, contribuição efetiva para a economia local", afirmou Diogo Lacerda Machado.

FMI Espera Recuperação da Economia da Guiné-Bissau em 2013

 Guiné-Bissau multidão
 
Guiné-Bissau-O FMI espera que a economia da Guiné-Bissau recupere este ano, depois de uma queda no ano passado, graças à "retoma da produção e exportação do caju", diz um comunicado da instituição hoje divulgado.
 
O comunicado faz o balanço de uma visita de seis dias do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Guiné-Bissau, a primeira depois do golpe de Estado de Abril do ano passado.
 
"A atividade económica foi afetada adversamente pela queda acentuada nos volumes de exportação e preço da castanha de caju, e pela diminuição da assistência dos doadores na sequência do golpe de Estado de abril último", diz o comunicado.
 
Mas o FMI adianta que, "embora a situação continue difícil devido às incertezas políticas existentes", espera-se que "a economia recupere em 2013" pela retoma da produção e exportação do caju, o principal produto da Guiné-Bissau.
 
A missão debateu com as autoridades de transição a proposta de orçamento para 2013 e considera que "a estabilidade fiscal deveria articular-se num plano orçamental coerente com projeções prudentes da receita interna e dos donativos externos".
 
"A missão saúda o empenho das autoridades no reforço da gestão das finanças públicas e da administração tributária e aduaneira, e o FMI coloca-se à sua disposição para fornecer assistência técnica nessas áreas", diz o comunicado.
 
As discussões sobre a Guiné-Bissau continuarão durante as reuniões da Primavera do FMI e do Banco Mundial, em Washington (em Abril) e depois, afirma ainda o comunicado, o FMI regressará a Bissau.
 
A missão, chefiada por Maurício Villafuerte, teve reuniões com membros do governo de transição, com o diretor nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e com parceiros de desenvolvimento.

PJ Apreende Droga na Guiné-Bissau

PJ apreende droga na Guiné-Bissau
PJ apreende droga na Guiné-Bissau
 

Guiné-Bissau-A polícia judiciária(PJ)da Guiné-Bissau apreendeu hoje cinco indivíduos provenientes do Brasil que transportavam no estômago droga, supostamente, cerca de 2,62 kgs de cocaína pura.

Os cinco indivíduos provenientes do Brasil num voo da TAP tinham já passado por Lisboa, onde não desembarcaram, com a droga no estômago, e só quando chegaram ao aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau é que foram interceptados.

O director nacional da Polícia Judiciária, João Biangê disse que os os cinco indivíduos estão sob custódia da PJ e já expulsaram do organismo várias cápsulas de droga. O responsável da PJ disse ainda que depois de terminado o processo as autoridades policiais vão convocar a imprensa para revelar a droga apreendida e o destino dos estupefacientes.

O director nacional da PJ guineense adiantou, igualmente, que os responsáveis da unidade policial se sentem encorajados em continuar o combate à droga na Guiné-Bissau, escusando-se no entanto a revelar o nível do tráfico no país.

Guiné-Bissau: Odete Semedo Diz Que Está a Ser vítima de Perseguição Pessoal

Odete Semedo, escritora e antiga ministra da Guiné-Bissau
Odete Semedo, escritora e antiga ministra da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-Os advogados da escritora e antiga ministra da Guiné-Bissau Odete Semedo acusaram hoje o Ministério Público (MP) de atentar contra os direitos humanos e de tentar calar a sua cliente com ameaças de prisão.

O Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau constituiu suspeita Odete Semedo, antiga ministra e ex-directora de gabinete de Raimundo Pereira- Presidente interino deposto no golpe de Estado de Abril de 2012. O Ministério Público disse que Odete Semedo, enquanto directora do gabinete de Raimundo Pereira, teria levantado dias antes do golpe, 350 milhões de francos cfa, ou seja cerca de 500 mil euros.

Agora o Ministério Público quer saber desse dinheiro, e convocou Odete Semedo para ser ouvida. Na audição foram fixadas algumas medidas de coação; a ex-ministra está impedida de sair do país e deve apresentar-se periodicamente no Ministério Público.

Os advogados da escritora e antiga ministra da Guiné-Bissau Odete Semedo acusaram, quinta-feira, o Ministério Público (MP) de atentar contra os direitos humanos e de tentar calar a sua cliente com ameaças de prisão. Ruth Monteiro, em declarações à imprensa, disse que foi feito um requerimento ao MP no qual foi esclarecido o destino do dinheiro, mencionados nomes e motivos para tais pagamentos, e enviados recibos relativos às quantias entregues. A verdade, segundo os advogados, é que o MP não quer investigar os factos que Odete Semedo lhe apresentou, não quer investigar um possível crime, e “quer que a pessoa se cale”.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Demissão do Governo Búlgaro

Boiko Borisov, demissão, Bulgária

Bulgária-O governo da Bulgária demitiu-se quarta-feira última devido a protestos em massa contra o aumento das tarifas de electricidade e aquecimento, anunciou o primeiro-ministro, Boiko Borisov, fazendo uso da palavra no Parlamento.

 
Em algumas grandes cidades da Bulgária, durante vários dias vêm se realizando protestos contra altos preços de eletricidade. Na noite de terça-feira, foram feridas oito pessoas; há dois dias em confrontos, onze pessoas, incluindo cinco policiais, sofreram lesões.

Primeiro-ministro da Tunísia Apresenta Demissão


Tunísia-O primeiro-ministro tunisino Hamadi Jebali demitiu-se terça-feira última, depois de ter falhado a formação de um governo apenas com tecnocratas.
 
Jebali defendia que se devia criar um executivo neutro politicamente, depois do homicídio de um dos líderes da oposição, Chokri Belaid.
 
Mas o próprío partido, os islâmicos do Ennahda, que tem maioria no parlamento, não apoiou o primeiro-ministro.
 
Numa conferência de imprensa, Hamadi Jebali lembrou que “prometi que me demitiria em caso de fracasso da minha iniciativa e é o que acabo de fazer. Deixo o cargo, apresento a demissão do posto de chefe de governo. É o que acabo de fazer no encontro que tive com o Presidente da República.”
 
O povo tunisino também está dividido. Nós últimos dias houve várias manifestaçãos contra e a favor da criação de um governo apenas com tecnocratas.

Autoridades da Guiné-Bissau Acreditam Que depois do FMI Outras Ajudas Virão

Logo do Fundo Monetário Internacional
Logotipo do Fundo Monetário Internacional

Guiné-Bissau-O ministro das Finanças de transição, Abubacar Demba Dahaba, acredita que com a retoma das actividades do Fundo Monetário Internacional, nos país, outros doadores internacionais irão também regressar.

As declarações do ministro das Finanças de transição guineense, Abubacar Demba Dahaba, foram proferidas após o encontro que o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional, Maurice Villaverde, manteve com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros.

O Fundo Monetário Internacional está no país com uma missão para avaliar o desempenho feito pelo Governo de transição. Para já trata-se apenas de uma missão de prospecção, porém o responsável pela pasta das finanças de transição mostra-se confiante com a visita.

O representante do FMI para a Guiné-Bissau diz ter aproveitado as consultas na capital para analisar e dar opinião sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado de 2013, e ainda discutir as propostas de agenda das actividades de assistência particularmente na área tributária e das reformas das Finanças Publicas.

Recorde-se que o Fundo Monetário Internacional tinha suspendido a ajuda ao país, na sequência do golpe de estado, e este retorno é visto pelas autoridades de transição com um voto de confiança.

África Ocidental Tem 2,3 milhões de Toxicodependentes

Bandeira de Cabo Verde
Bandeira de Cabo Verde

Cidade da Praia - O ex-presidente de Cabo Verde Pedro Pires alertou quarta-feira que a questão do narcotráfico na África Ocidental, onde existe cerca de 2,3 milhões de toxicodependentes, não deve ser esquecida ou secundarizada, lembrando a impunidade dos traficantes.


Pedro Pires falava aos jornalistas no final de um encontro de trabalho com o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para "concertar" posições na política externa cabo-verdiana, uma vez que foi eleito, no início deste mês, em Accra Ghana, vice-presidente de uma comissão independente para estudar o narcotráfico na sub-região oeste-africana.

A Comissão Sobre o Impacto do Tráfico de Droga sobre a Governação, Segurança e Desenvolvimento na África Ocidental, "independente de qualquer instituição regional", é liderada pelo ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo e visa "incentivar e alertar para os riscos que representa o narcotráfico" na sub-região.

"Há muitos riscos e, além do comércio, do tráfico, há também o problema do consumo. Hoje em dia, na África Ocidental, há cerca de 2,3 milhões de consumidores, de toxicodependentes, o que é razão de preocupação", explicou Pedro Pires.

"Há também o risco da secundarização ou do esquecimento do combate ao narcotráfico. Se ele existe na nossa região, não se pode secundarizar isso. A coisa torna-se mais complicada quando os traficantes estão mais ou menos à vontade e há, por isso, riscos de expansão e de contágio", acrescentou.

Entre as razões de um eventual "esquecimento" ou "secundarização" está, disse Pedro Pires, o envolvimento da sub-região no conflito no Mali.

"Deu-se e está a dar-se prioridade à solução do conflito no Mali e o risco é esquecer o resto", frisou o ex-chefe de Estado (2001/11) e antigo Primeiro-ministro de Cabo Verde (1975/91), lembrando que também o conflito político-militar na Guiné-Bissau está a ficar para trás.

Questionado sobre se a situação do narcotráfico em Cabo Verde pode ser considerada preocupante, Pedro Pires não respondeu directamente, optando por lembrar que as prisões cabo-verdianas têm detidos muitos implicados no narcotráfico.


Sabem a posição das autoridades cabo-verdianas? Se quiserem ir visitar as prisões é só ver o número de pessoas que estão implicadas no tráfico de droga. Aí pode constatar-se o que as autoridades têm feito", concluiu.

O encontro entre os dois (ex-estadistas e estadista) foi o primeiro de carácter oficial desde que Jorge Carlos Fonseca chegou à presidência cabo-verdiana, na sequência das presidenciais de Julho e Agosto de 2011.

Pedro Pires esteve em Acra no início deste mês a convite da Fundação Kofi Annan, para participar na criação da comissão, que integra também o antigo secretário-geral das Nações Unidas.

Audiência Sobre Fiança de Pistorius é Adiada de Novo Na África do Sul

África do Sul-O Tribunal de Pretória voltou a adiar  quarta-feira (20 do corrente mês) a decisão sobre a concessão ou não de fiança para o corridor sul-africano Oscar Pistorius, acusado da morte de sua namorado, a modelo Reeva Steenkamp. A corte se reúne novamente a partir das 6h, de hoje, quinta-feira.
 
Quarta-feira, foram ouvidos fiscais, policiais e o chefe da investigação do caso, Hilton Botha, que afirmou que Pistorius já havia sido detido antes por agredir alguém em sua casa. “Não me lembro exatamente da data, mas houve um incidente em seu domicílio, quando foi detido por agressão, creio”, afirmou o investigador.
 
Botha também disse acreditar que Pistorius poderá fugir caso seja concedida sua liberdade com o pagamento de fiança. O atleta continuará sob custódia da polícia  quarta e, nesta quinta-feira.
 
Segundo a testemunha, a polícia da África do Sul encontrou testosterona e agulhas no quarto do atleta paralímpico. "Trata-se de um remédio à base de plantas, ele pode usá-lo e já havia utilizado antes", afirmou ao juiz o advogado de Pistorius.
 
Pistorius e a namorada discutiram violentamente entre duas e três da manhã, antes que o desportista a matasse com tiros, afirmou uma testemunha citada quarta-feira pelo promotor Gerrie Nel.
 
"Acredito que ele sabia que ela estava no banheiro, e deu quatro tiros através da porta", afirmou o detetive Hilton Botha, acrescentando que o ângulo dos disparos sugere que o atleta mirou em alguém que estava no banheiro.
 
Pistorius disse que foi até o banheiro caminhando sem as próteses - razão pela qual se sentia tão vulnerável. Botha disse que os tiros parecem ter sido disparados "de cima para baixo", o que indica que o atleta havia colocado suas próteses.Botha disse que testemunhas no condomínio de luxo onde Pistorius vive, ao norte de Pretória, comentaram ter escutado uma discussão doméstica na casa dele entre 2h e 3h da madrugada.
 
Uma testemunha disse ter escutado um tiro, seguido 17 minutos depois por outros disparos, segundo Botha. Outra testemunha falou de um tiro seguido por gritos, e depois por mais tiros, acrescentou o policial.
 
Steenkamp foi atingida na cabeça, no braço e no quadril dentro do recinto do vaso sanitário, no banheiro da suíte de Pistorius.O depoimento contradisse as afirmações de Pistorius, que alega que ele e a namorada haviam passado uma noite tranquila e deitado às dez da noite.
 
Pistorius também foi indiciado por posse ilegal de munições, informou a polícia sul-africana."Encontramos uma caixa de cartuchos calibre 38 especial", disse o detetive Hilton Botha.O policial explicou que Pistorius não tinha permissão para este tipo de munição.
 
Segundo o advogado de defesa, Barry Roux, Pistorius afirma ter matado a namorada por engano, ao confundi-la com um ladrão que teria invadido a casa.Reeva Steenkamp foi encontrada morta em sua casa, em Pretória, na madrugada de quinta-feira (14 do corrente mês). A família da modelo disse em entrevista ao jornal sul-africano “Times Live” que tudo o que quer são respostas.
 
O funeral de Steenkamp também aconteceu terça na cidade de Port Elizabeth, onde houve protestos contra Pistorius.“Ela ainda tinha muito para dar e tudo isso foi embora agora. Em um piscar de olhos ou uma respiração, a pessoa mais bela que já viveu não está mais aqui”, afirmou June Steenkamp, mãe da modelo de 29 anos.
 
“Tudo o que temos agora é essa horrível morte para lidar. Tudo o que queremos são respostas. Respostas para por que isso teve que acontecer, por que nossa linda filha teve que morrer assim.A entrevista dada por telefone ao jornal foi a primeira declaração da mãe de Reeva após o crime.

“Ela tinha muito orgulho de ser sul-africana. Ela amava esse país e todas as suas pessoas. Era o único lugar que ela podia chamar de casa”, disse June.O pai da modelo, Barry, disse ao jornal inglês “Daily Mail” que estava se esforçando para "achar alguma razão para isso ter acontecido".

Presidente do Brasil Participa na III Cúpula América do Sul-África Em Malabo

Brasília - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, confirmou presença na III Cúpula América do Sul-África (ASA) que será realizada em Malabo, na Guiné Equatorial, na próxima sexta-feira, dia 22.
 
Dilma Rousseff chefiará a delegação brasileira à cimeira, que terá por tema central "América do Sul e África: mecanismos e instrumentos para reforçar a Cooperação Sul-Sul".
 
A par da cimeira de chefes de Estado e de governo, será realizado o fórum América do Sul-África para o Desenvolvimento Econômico e Comercial, que contará com a participação de empresários, associações empresariais, autoridades governamentais e instituições internacionais.
 
A capital equato-guineense acolhera também o Festival de Cinema América do Sul-África, a Exposição Fotográfica Sul-Americana, a Mostra de Livros de Literatura Sul-americana e apresentações de grupos musicais das duas regiões.
 
O intercâmbio comercial entre os dois continentes vem se incrementando de maneira rápida, tendo passado de US$ 7,2 bilhões, em 2002, para US$ 39,4 bilhões, em 2011 (crescimento de 447%).
 
A ASA, criada em 2006, abrange 66 países da América do Sul e da África, cerca de um terço dos membros das Nações Unidas. Brasil e Nigéria actuam como coordenadores em suas respectivas regiões, que congregam população de 1,4 bilhão de habitantes (estimativa das Nações Unidas, 2011), e um PIB agregado de US$ 6 trilhões (dados do FMI).

Violência-África: Governo Diz Que Franceses Sequestrados em Camarões Estão na Nigéria

Camarões- O Ministérios das Relações Exteriores de Camarões informou que o grupo de sete turistas franceses da mesma família, incluindo quatro crianças, que foi levado por homens armados na manhã de ontem no norte do país, se encontra na Nigéria.

"Os sequestradores cruzaram a fronteira da Nigéria com seus reféns", disse o vice-ministro Joseph Dion Ngute em um comunicado na noite de terça.

Ngute disse ter ficado surpreso ao saber que o grupo viajava sozinho pela região. "Geralmente é uma área bem protegida, mas pedimos que os operadores de turismo que façam com que os visitantes estejam sempre acompanhados por um guia. É o normal e, por isso, estamos um pouco surpresos que eles estivesses sozinhos", disse.

Ele informou ainda que a segurança na área de Dabanga, a dez quilômetros da fronteira com a Nigéria, foi reforçada. Além disso, "medidas urgentes" foram tomadas para encontrar os reféns.

A uma emissora de televisão francesa, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse que todas as evidências apontam que o sequestro tenha sido realizado pelo grupo islâmico nigeriano Boko Haram, mas não parece ter ligações directas com a intervenção francesa no Mali.

"Acreditamos que foi o grupo Boko Haram que realizou o sequestro, mas não temos certeza. Infelizmente, terror cria terror", disse Le Drian.

O Boko Haram é uma grande ameaça à estabilidade da Nigéria, um dos maiores produtores de petróleo da África. As autoridades temem que eles se unam a outros grupos islâmicos da região.

"São esses grupos que estão clamando pelo mesmo fundamentalismo, seja no Mali, na Somália ou na Nigéria. E são esse grupos que ameaçam a nossa segurança", completou Le Drian.