Joanesburgo - O Fundo Monetário Internacional(FMI) recomendou a Swazilândia a iniciar um programa de reforma agrária, como forma de travar o declínio económico do país.
Segundo o FMI, a situação tornou-se dramática com o empobrecimento de mais dois terços da população naquele país da região África Austral.
Estas são as conclusões de uma missão do FMI, no término de uma visita de trabalho de duas semanas.Entre os desafios apontados destacam-se elevados índices de desemprego, crescente desigualdade e elevada taxa de prevalência do HIV/SIDA.
Comentando sobre o assunto, Mandla Mduli, um sindicalista swazi, entende que a reforma agrária recomendada pelo FMI não terá lugar, porque o sistema vigente no país defende a família real.
Mais de 70 por cento dos swazis vivem em terras pertencentes à família real e são geralmente geridas por chefes nomeados pelo monarca.
Resultados preliminares do Programa Mundial de Alimentação (PMA) estimam uma produção de 76 mil toneladas de milho no presente ano agrícola, uma quantidade insuficiente para suprir as necessidades locais.
Projecções indicam que cerca de 116 mil pessoas, ou seja 11 por cento da população swazi, poderá enfrentar carência alimentar antes de Maio de 2013, altura das próximas colheitas.
A produção de milho na Swazilândia tem vindo a reduzir drasticamente desde 2000. Refira-se que a Swazilândia já chegou a registar uma produção anual na ordem de 100 mil toneladas de milho.
O PMA atribui a esta acentuada redução da produção as más condições climáticas, elevados custos de combustíveis líquidos, impacto do HIV/ SIDA e declínio no uso de práticas melhoradas agrícolas.