Huambo – Grande parte dos países africanos estão muito longe de atingir as metas de desenvolvimento do milénio até 2015, devido aos inúmeros problemas que enfrentam (guerras, calamidades naturais, casos de VIH/Sida, malárias, fome e pobreza).
Sobre os objectivos do milénio, é difícil a África atingir um desenvolvimento interno até 2015 devido aos inúmeros conflitos étnicos e os mais variados problemas que aflige o continente.
É quase impossível porque o continente se debate com conflitos étnicos como na República Democrática do Congo (RDC), Guiné-Bissau, Guiné Conakry, Sudão e na Somália, entre outros problemas que afligem, como à pobreza e à fome e a própria miséria.
A Declaração do Desenvolvimento do Milénio (ODM) foi assinada em 2000 por chefes de Estado e de Governo de 189 países, nas Nações Unidas, em Nova Iorque.
A mesma pretende atingir oito objectivos até 2015, nomeadamente erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar a escolaridade primária universal, promover a igualdade de género e capacitação da mulher, diminuir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.
Perspectiva ainda o combate a epidemia do HIV/Sida, a malária e outras doenças, assegurar o desenvolvimento sustentável e promover uma parceria global para o desenvolvimento.
Em África os países em desenvolvimento aparentemente conseguiram reduzir para metade a pobreza extrema, segundo indica um relatório do Banco Mundial.
O documento divulgado pelo Banco Mundial revela igualmente que, pela primeira vez desde 1981, menos de metade da população vive na pobreza extrema em África e que as condições para um avanço maior no continente são pouco favoráveis.
Dados preliminares apresentados pela instituição multilateral de crédito indicam que o conjunto dos países em desenvolvimento atingiu em 2010 a primeira das oito Metas de Desenvolvimento do Milénio, que inclui avanços contra à fome, doenças e analfabetismo.
Do ponto de vista do VIH/Sida, essa epidemia continua a destacar-se como um problema importante de saúde pública, exigindo cada vez mais o engajamento de diversos sectores, público e privado, das Nações Unidas (UN) e da sociedade civil, tendo em conta aspectos da efectividade humana, o respeito a diversidade e o seu alastramento em África, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.
Algumas das Metas de Desenvolvimento do Milénio com vista a cortar pela metade a pobreza no mundo serão alcançadas já em 2015, segundo o relatório das Nações Unidas divulgado no contexto da 67ª Assembleia-geral da ONU são objectivos longe de serem atingidos por muitos países do continente africano, incluído da África Branca (Líbia, Tunísia e Egipto) devido a primavera árabe consubstanciada com sucessivas guerras e destruições.
No campo dos direitos humanos, alguns Estados africanos registaram avanços significativos no acesso a educação básica para as mulheres. Em Angola por exemplo, as mulheres têm procurado ganhar o seu espaço nas esferas política, económica, social, desportiva e no poder legislativo que tem servido de estímulo para as demais mulheres no mundo e na África, em particular.
A nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tal como Angola, Moçambique também possui uma Lei sobre a violência no género, desde 2011, que defende as vítimas deste flagelo, tráfico de mulheres e crianças e abuso sexual da rapariga, tornando-se desafios permanentes aliados a formação da mulher e erradicação do analfabetismo.
Neste capítulo da igualdade do género no continente africano, se destaca ainda a eleição da sul-africana Nkosozana Zuma ao cargo de presidente da Comissão da União Africana (UA), ascensão enaltecida por várias mulheres do continente africano.
As metas sobre globais de acesso a água potável e a educação básica para meninas, distribuição equitativa da riqueza do país e sustentabilidade ambiental estão ainda longe de ser alcançados por muitos países do continente africano.