sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Da Ásia à África, Veja as 7 Maiores Construções do Mundo

 
Maires Construções do Mundo-No mundo da arquitetura, a regra do quanto maior, melhor, é a que melhor se aplica. O Empire State Building, em Nova York, por exemplo, ignorou a crise mundial e foi construído em 1931 durante a Depressão, enquanto o Burj Khalifa, em Dubai, ergueu 830 metros em 2010, também durante um período de crise mundial.
 
Segundo o jornal inglês The Huffington Post, isto significa que, mesmo durante os piores momentos financeiros da história, as grandes construções trouxeram conforto e inspiração para o mundo.
 
Além da grandiosidade da engenharia, as novas tecnologias também são características dos maiores prédios do mundo e os levam para circuitos novos, como a Ásia, com a maior TV LCD em Pequim, na China, e a maior estrutura de tendas do mundo, no Cazaquistão.
 
Com estes prédios modernos, a rota do turismo ganha novas paradas, mas as tradicionais construções antigas continuam como destinos muito procurados.
 
Confira abaixo as 7 maiores construções do mundo:
 
Maior fábrica do mundo: Boeing Everett, Massachussetts, Estados Unidos
 
A Europa e os Estados Unidos tornaram-se especialistas em bater recordes arquitetônicos, mas a fábrica norte-americana da Boeing, localizada na cidade de Everett, próximo a Seattle, é o maior prédio do mundo em área, além da maior fábrica. Com mais de 13 mil m³, os visitantes levam 1 hora e meia para fazerem um tour pelo local.
 
Maior prédio: Burj Khalifa, Dubai, Emirados Árabes Unidos
 
Segundo o jornal The Huffington Post, o prédio tem um design agressivo e parece que vai furar o céu como uma arma de cristal.Alguns dos ocupantes da Torre estão divididos entre os 160 quartos do Hotel Armani e 144 residências Armani, que foram vendidas por US$ 3.500 o metro quadrado. Apesar do título atual, a construção pode perder o posto quando terminará de ser construída a Kingdom Tower, em Meca, em 2016.
 
Maior museu arqueológico: O Grande Museu Egípcio, Giza, Egito
 
Segundo a tendência das grandes formas de arquitetura, a cidade de Giza planejou o Grande Museu Egípcio como resultado de uma competição. A construção de US$ 550 milhões está programada para ser inaugurada em 2013, mesmo com a crise no país. O projeto está sendo construído no planalto das Pirâmides de Gizé e inclui um alabastro translúcido e uma enorme estrutura que abrigará os artefatos da história egípcia, como o famoso Tesouro de Tutancâmon.
 
Maior tenda: Khan Shatyr Tent, Astana, Cazaquistão
 
O Centro de Entretenimento Khan Shatyr é uma tenda gigante e transparente com um teto de vidro construído em 2006. Com 154 metros de altura, desenhada por Norman Foster, é considerada a maior estrutura tênsil do mundo e equivale a 10 estádios de futebol, em um espaço que abriga lojas, parque, ruas, um rio com barcos e uma praia com palmeiras e areia branca trazida das Maldivas.
 
Maior pista de esqui em um resort: Skipark 360°, Estocolmo, Suécia 
A falta de montanhas não irá impedir os suecos de esquiar, por isso está sendo projetada uma pista arquitetônica em um resort usando energia eólica, solar, geotérmica e hidrelétrica, que está programada para ser inaugurada em 2015. Com 700 metros de pista, atende aos requisitos para se enquadrar em uma Copa do Mundo. O resort tem ainda um túnel de 3,5 km de esqui cross-country, uma pista de hóquei e patinação artística, um parque de neve para snowboard, e um spa.
 
Maior torre de relógio: Torre do Relógio Abraj Al-Bait, Meca, Arábia Saudita
 
A construção quebrou vários recordes quando foi inaugurada em 2011. Agora, ela ainda é considerada a maior torre de relógio do mundo, o hotel mais alto do mundo (o Fairmont Makkah Clock Royal Tower) e o maior relógio do mundo – ele é visível a mais de 25 quilômetros de distância e iluminado por um minarete crescente de ouro maciço, cujos alto-falantes emitem chamadas de oração para uma distância de seis quilômetros. Se isso não bastasse, é também o segundo edifício mais alto do mundo, superado apenas pelo Burj Khalifa, de Dubai.
 
A maior igreja do mundo: Basílica da Nossa Senhora da Paz, Yamoussoukro, Costa do Marfim 
A África entra nos destinos da grande arquitetura com a maior igreja cristão do mundo, ultrapassando até a Igreja de São Pedro, no Vaticano. Construída entre 1985 e 1989, a um custo de US$ 300 milhões, o local tem capacidade para abrigar 7 mil pessoas sentadas, enquanto outras 11 mil podem ficar de pé. Com mármore importado da Itália e vidros da França, é possível ver os Três Reis Magos trazendo presentes para Jesus nos vidros que adornam o local.

Zuma pede maior representação de África no Conselho de Segurança da ONU



Cidade do Cabo, África do Sul - O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu sete assentos para África no Conselho de Segurança das Nações Unidas, deplorando "a lentidão das reformas na ONU".

Ao intervir terça-feira na 67ª Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, o Presidente Zuma sublinhou o apoio da África do Sul à reforma do sistema ONUSINO, em particular a nível do Conselho de Segurança, responsável da manutenção da paz e da segurança no mundo.

Segundo ele, esta reforma vai reforçar a ONU como organização democrática, responsável, representativa e sensível às necessidades de todos os seus membros.

O Presidente sul-africano considerou igualmente que a ONU devia guardar à sua insenção em particular na resolução dos diferendos.

Advertiu contra qualquer tentativa da organização tomar parte nos conflitos, alegando proteger as populações civis, fazendo claramente alusão à intervenção aprovada pelas Nações Unidas na Líbia, o que provocou um massacre, em 2011.

O Presidente Zuma prometeu igualmente apoiar um Estado palestiniano e convidou o Irão a cooperar plenamente com a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), no quadro do seu programa nuclear.

Um dos pontos altos da sua visita a Nova Iorque constitui o convite feito pelo Secretário-Geral das Nações Unidas a Zuma para representar a África do Sul como um dos dez primeiros Estados-membros a lançar a Iniciativa "Educação Antes de Tudo", esta semana.

O chefe de Estado sul-africano disse estar honrado de servir esta iniciativa, já que "a educação constitui uma prioridade para a África do Sul".

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Senegal Defende Governo de Transição da Guiné-Bissau na Assembleia Geral


Nova Iorque - O presidente do Senegal, Macky Sall, defendeu quarta-feira na Assembleia Geral da Organização Nações Unidas (ONU) os esforços do governo de transição da Guiné-Bissau para realização de eleições e a retirada dos militares da arena política.

Macky Sall falava no primeiro dia do debate anual da Assembleia Geral da ONU, e no dia em que responsáveis da CPLP e da comunidade da África Ocidental (CEDEAO) se reuniram em Nova Iorque, numa primeira tentativa para lançar um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau, que viveu um golpe de Estado em Abril, de que saiu o governo de transição.

Como outros Estados membros da CEDEAO, o Senegal aprecia "os esforços feitos pelo governo de transição para a reconciliação nacional, restabelecimento das instituições do país, organização de eleições credíveis e retirada definitiva dos militares da arena política", afirmou.

"Já perturbada por anos de instabilidade institucional e económica, a Guiné-Bissau enfrenta também a questão do tráfico de droga por estrangeiros fora da lei. O país merece o apoio e atenção da comunidade internacional", adiantou.

Para quarta-feira estava prevista a chegada aos Estados Unidos do presidente interino guineense, Serifo Nhamadjo, disse à Lusa fonte do novo Executivo, em Nova Iorque.

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU manifestou preocupação com o "contínuo impasse político" na Guiné-Bissau, fazendo eco de preocupações expressas pelo secretário geral Ban Ki-moon, e sublinhou a importância da realização de eleições que levem a uma transição no país.

Os membros do Conselho de Segurança sublinharam ainda a necessidade de ultrapassar as divergências entre parceiros, num processo que tem sido marcado divisões entre atores nacionais e parceiros internacionais sobre a legitimidade do actual governo de transição.

No seu relatório sobre a situação guineese, Ban Ki-moon refere-se aos desentendimentos públicos entre a comunidade regional (CEDEAO), que vem trabalhando com o governo de transição, e a CPLP, que se recusa a reconhecê-lo, que está a contribuir para a "estagnação da crise política".

Milhares Testemunham Tomada de Posse do PR

Angola-Milhares de cidadãos presenciaram a cerimónia de tomada de posse de José Eduardo dos Santos, ao cargo de Presidente da República. Idos de várias partes de Luanda, os munícipes, maioritariamente jovens, começaram a afluir por volta das 7h da manhã, à Praça da República, contígua ao Memorial Dr. António Agostinho Neto, no Bairro da Kinanga, onde decorreu a cerimónia.
 
Os organizadores criaram condições para que cerca de 200 mil pessoas, 30 mil das quais sentadas, assistissem a cerimónia, durante a qual foi igualmente investido o vice-presidente, Manuel Domingos Vicente. No recinto foram montadas várias telas gigantes para permitir que todos assistissem ao pormenor a cerimónia de investidura, orientada pelo presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira.
 
O Presidente da República e o vice-presidente, em momentos distintos, juraram, com a mão direita sobre um exemplar da Constituição, por sua honra, desempenhar, com toda a dedicação, as funções para as quais foram investidos, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis do país. Juraram ainda defender a independência, a soberania, a unidade da Nação e a integridade territorial do país, a paz, a democracia e promover a estabilidade, o bem-estar e o progresso social de todos os angolanos.
 
Na sua primeira alocução, o Chefe de Estado agradeceu, «do fundo do coração, a honra e confiança que o povo angolano lhe conferiu para dirigir os destinos do país» numa clara demonstração de coerência e maturidade política.
 
Apontou como primeira prioridade do Executivo manter a estabilidade política, mediante a promoção, defesa e consolidação da paz, incluindo o aprofundamento da democracia. A completar a cerimónia, assistiu-se ao desfile de efectivos dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA), e disparadas de 21 salvas de canhão. A organização criou condições logísticas para as pessoas que afluíram ao local, como o fornecimento de água e sanduíches.
 
Os serviços de emergências médicas marcaram presença para acudir eventuais necessidades de assistência sanitária aos presentes, enquanto três unidade dos bombeiros zelaram pela preservação da integridade física dos assistentes. A empresa de limpeza e saneamento (ELISAL) montou no local várias casas de banhos e urinóis.

Millennium Angola Distinguido pela Segunda vez

Luanda - O Banco Millennium Angola acaba de ser eleito, pela 2.ª vez, o Melhor Banco com capital maioritariamente estrangeiro em Angola, pela revista EMEA (Europa, Médio-Oriente e África) Finance.

De acordo com o júri dos “African Banking Awards 2012”, o Banco Millennium Angola distinguiu-se pelo seu desempenho sustentado, inovação contínua, crescimento sólido e capacidade de produção de resultados acima das expectativas.

Esta distinção considera também o facto dos accionistas serem o maior banco privado português, Millennium bcp (accionista maioritário), a maior empresa Angolana, Sonangol e o Banco Privado Atlântico.

Os prémios destinados aos Bancos Africanos serão publicados na revista de Outubro/Novembro de 2012, edição que estará disponível no Fórum Anual do Banco Mundial e FMI que este ano terá lugar em Tóquio.

A cerimónia de entrega de prémios será realizada em Dezembro durante um jantar de solidariedade social que juntará o sector bancário africano em Londres.

A revista EMEA Finance é uma publicação dirigida à comunidade financeira da Europa, Médio-Oriente e África, onde se incluem presidentes e executivos de topo e outros gestores financeiros responsáveis pela realização de investimentos e pela tomada de decisões estratégicas em grandes empresas e instituições financeiras.

Com Programa Goal, Fifa Investe R$ 508 Milhões no Desenvolvimento do futebol

Blatter anuncia R$ 508 milhões gastos em programa para o desenvolvimento do futebol no mundo

Fifa-A Fifa divulgou quarta-feira que já destinou US$ 250 milhões (cerca de R$ 508 milhões) ao programa Goal, criado 13 anos atrás, que tem como objetivo desenvolver o futebol ao redor do mundo.

O programa, lançado por Joseph Blatter, já desenvolveu 600 projetos em 199 países associados à entidade máxima do futebol mundial. A África é o continente que mais foi contemplado, com 166 projetos, seguido por Ásia (147), Europa (111), América Central e Caribe (99), Oceania (42) e América do Sul (35).    

Os fundos do Goal se destinaram principalmente a criação de infraestrutura, como com a construção de centros de alto rendimento, responsáveis por 35% de todo o investimento. Além disso, sedes sociais (25% dos valores), campos de futebol (24%) e escolas de futebol (4%), também foram implementadas.    

O Sudão do Sul, incorporação mais recente da Fifa, é uma das últimas beneficiadas pelo programa Goal, com projeto dotado em aproximadamente US$ 500 mil, para a construção da sede da associação e de um campo de futebol em Juba, na capital do país.

ONU: Desigualdade é Desafio das Cidades da América Latina

América Latina-As cidades da América Latina estão crescendo com a prosperidade econômica da região, mas sem conseguir romper a desigualdade entre seus habitantes, afirmou terça-feira Eduardo López, coordenador da ONU-Habitat. "As cidades latino-americanas são as que apresentam índices mais altos de desigualdade, e apesar da redução desta diferença, ela segue sendo a maior", disse López à AFP.
 
A maioria das cidades mais prósperas do planeta está na Europa e na América do Norte, apesar dos avanços significativos nos últimos anos em centros urbanos latino-americanos como Cidade do México, Lima e Bogotá. Ao apresentar o relatório da ONU sobre o estado das cidades 2012-2013, López destacou a necessidade de os países da região desenvolverem políticas claras de desenvolvimento urbano.
 
"Os países que estão avançando rapidamente na prosperidade têm uma política nacional urbana clara. Utilizam as cidades como ponto de lançamento do seu desenvolvimento nacional". O relatório das Nações Unidas avaliou 110 cidades de 35 países utilizando duas novas ferramentas para avaliar o impacto das políticas públicas no desenvolvimento das cidades além dos parâmetros econômicos.
 
O coordenador da ONU-Habitat destacou a inclusão de parâmetros importantes, como qualidade de vida, infraestrutura urbana adequada, igualdade, inclusão e sustentabilidade do meio ambiente.A apresentação contou com Marcelo Ebrard, prefeito da Cidade do México, que com seus mais de 20 milhões de habitantes na zona metropolitana é, ao lado de São Paulo, uma das duas maiores aglomerações urbanas da América Latina.
 
"No México devemos investir na expansão do transporte público, como o metrô, nos espaços públicos e nos direitos sociais", declarou Ebrard, que concorrerá à Presidência mexicana em 2018.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CPLP e CEDEAO Tentam plano de Acção Conjunto Esta emana



Nova Iorque – Os líderes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se em Nova Iorque para tentar lançar um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau.

Citado pela Lusa, o secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, referiu que foi decidido também que os países se mobilizem de imediato para impedir que o governo saído do golpe de Estado de Abril profira a intervenção da Guiné-Bissau no debate anual da Assembleia-Geral da ONU, o que seria uma forma de reconhecimento.

O dirigente moçambicano falava em Nova Iorque, após uma reunião de concertação de representantes de membros da CPLP.

A reunião com o homólogo da Comunidade Económica para o desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a ter lugar nos próximos dias, servirá para identificar "pontos de estrangulamento e pontos de convergência, com vista a que se encontre uma solução rápida para Guiné-Bissau".

"Para a CPLP, é fundamental que haja uma força internacional, e não só da CEDEAO, que haja eleições livres e supervisionadas internacionalmente e que haja um compromisso do roteiro sobre reforma das Forças Armadas e Segurança", disse Murargy.

Sobre a retoma das eleições interrompidas pelo golpe de Estado de Abril, uma exigência que CPLP tem apresentado, recusando-se a reconhecer o governo saído do golpe, Murargy afirmou que "é um caso a repensar".

Dirigentes da UA Participam em Reuniões Sobre Conflitos no Continente


Nova Iorque - O presidente cessante da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, e a sua sucessora, Nkosazana Dlamini Zuma, estão desde o fim-de-semana, em Nova Iorque, para assistir a uma série de reuniões sobre conflitos em África, anunciou a Comissão num comunicado divulgado segunda-feira.

Entre estas reuniões, que devem decorrer à margem da 67ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, figura um fórum consultivo ministerial sobre o Sudão e o Sudão Sul, que será co-presidido pela presidente da Comissão da UA e pelo secretário-geral da ONU, a 27 de Setembro.

As outras reuniões incluem uma mini-cimeira sobre a Somália e dois encontros de alto nível sobre o Sahel e o leste da República Democrática do Congo, ambas organizadas pelo Secretário-Geral da ONU.

Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o reforço das parcerias da UA com os diferentes agrupamentos regionais ocupará um lugar importante nas actividades da organização, segundo o comunicado.

Neste quadro, o Conselho de Paz e Segurança da UA e a Liga Árabe organizarão a sua segunda reunião consultiva, na presença da presidente da CUA e do Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes.

Uma reunião ministerial do Mecanismo de Coordenação da Cimeira África-América do Sul (ASA), que será organizada para tomar disposições com vista à terceira cimeira programada para antes do final do ano, está na agenda das reuniões a que assistirão os dirigentes da UA.

A delegação da UA em Nova Iorque conta igualmente participar num encontro de alto nível da Assembleia Geral sobre o Estado de Direito, num evento especial sobre a mediação, em consultas de alto nível sobre a contribuição de África para o programa de desenvolvimento após 2015, a serem organizadas pela presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, e numa reunião sobre a economia nigeriana realizada pelo presidente Goodluck Jonathan.

Durante a sua estada em Nova Iorque, Dlamini Zuma e Ping manterão reuniões bilaterais distintas com o Secretário-Geral Ban Ki-moon.

Durante um encontro, domingo, entre Ban e Dlamini-Zuma as duas personalidades discutiram a necessidade de reforçar a parceria estratégica entre a UA e a ONU, não só sobre as questões de paz e segurança, mas igualmente sobre a agenda do desenvolvimento sustentável.

Julius Malema Comparece Esta quarta-feira Perante a Justiça


Joanesburgo - O antigo líder juvenil do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder na África do Sul, Julius Malema, comparece esta quarta-feira perante um tribunal regional de Polokwane (norte), capital da província do Limpopo, de onde é originário, anunciou terça-feira, o seu advogado Nicqui Galaktiou, citado pela AFP.
 
"Não recebemos a cópia das acusações e não vimos o mandado de captura", que havia sido emitido sexta-feira, contra o ex-chefe de fila dos jovens do ANC, excluído do partido no poder em Abril, acrescentou, afirmando não saber à quantas horas deverá comparecer o seu constituinte.
 
Segundo à imprensa dominical, Malema é acusado de branqueamento de capitais, corrupção e fraude ao lado de cinco outras pessoas físicas e de quatro companhias.
 
A polícia e a direcção de impostos têm se interessado desde há longa data dos rendimentos de Malema, que leva uma vida regalada, embora se afirma ser defensor dos mais pobres.
 
O seu dinheiro é proveniente do obscuro fundos familiares Ratanang e de On-Point Engineering, uma companhia na qual possui interesses que ganhou através de contratos suspeitos na província, dirigida pelos seus amigos políticos, segundo informações publicadas na imprensa.
 
Malema, segundo os artigos de imprensa recorrente, é igualmente acusado de ter financiado na atribuição de contratos as autoridades provinciais.

Associação de Produtores de Petróleo Africano Constrói sede em Brazzaville

Brazzaville - A Associação dos Produtores de Petróleo Africanos (APPA) vai brevemente construir a sua sede em Brazzaville, anunciaram peritos da organização reunidos na capital congolesa.
 
Trata-se de um prédio de 10 andares e de 7.535,53 metros quadrados, cujo custo se estima em 4.534.952.000 de francos CFA (um dólar americano equivale a cerca de 530 francos CFA), que será construído no centro de Brazzaville.
 
Os peritos consideram uma necessidade a construção da nova sede da APPA, tendo em conta as ambições da organização e os desafios a enfrentar.
 
Criada em 1987, em Lagos, na Nigéria, a APPA assegura a promoção das iniciativas comuns e dos projetos em matéria de políticas e de estratégias de gestão em todos os domínios da indústria petrolífera para permitir aos Estados-membros tirar os melhores benefícios das atividades de exploração do petróleo.
 
A APPA agrupa 18 países, nomeadamente a África do Sul, a Argélia, Angola, o Benin, os Camarões, o Congo, a RD Congo, a Côte d'Ivoire, o Egito, o Gabão, o Gana, a Guiné Equatorial, a Líbia, a Mauritânia, o Níger, a Nigéria, o Sudão, o Tchad.

Guiné-Bissau Assinalou 39 Anos da Proclamação da Sua Independência

Manuel Serifo Nhamadjo, presidente da república de transição da Guiné-Bissau (à esquerda)
Manuel Serifo Nhamadjo, presidente da república de transição da Guiné-Bissau (à esquerda)
 
Guiné-Bissau-39 anos em Madina do Boé o PAIGC proclamava unilateralmente a independência daquela que se viria a tornar a Guiné-Bissau. As cerimónias na capital guineense coincidiram com o início dos trabalhos da Assembleia Geral da ONU onde a confusão é total sobre quem poderá representar o país em Nova Iorque.
 

Este 39° aniversário da independência guineense ocorre num contexto de divisão já que a CEDEAO implementou autoridades de transição após o golpe de Estado de 12 de Abril, mas grande parte dos parceiros tradicionais da Guiné-Bissau continuam não reconhecer o novo poder.
 
É o caso da União Europeia, União Africana e CPLP;de tal maneira que os presidente e primeiro-ministro depostos, respectivamente, Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior rumaram até Nova Iorque para representar a Guiné-Bissau na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 
A alocução da Guiné-Bissau está prevista para sexta-feira.O presidente interino, Serifo Nhamadjo, deixou terça-feira Bissau rumo a Dacar e, posteriormente, Nova Iorque para também participar nos trabalhos da ONU e ali representar as novas autoriades guineenses.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ONU Condena Assassinato de Parlamentar

SG da ONU , Ban Ki - Moon
SG da ONU , Ban Ki - Moon

Nova Iorque - O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o assassinato de Mustapha Haji Maalim, um membro do novo parlamento somali, dizendo que esta acção constitui uma lembrança das dificuldades encontradas pelas novas instituições.

"Esta perda (do parlamentar Maalim) ocorreu muito cedo na vida do novo parlamento, cujo trabalho é de capital importância na nova via escolhida pela Somália. Ela constitui uma lembrança das dificuldades encontradas pelas novas instituições", acrescentou.

Ki-moon declarou que os membros do parlamento somali foram designados de maneira transparente, consultiva e representativa e que são chamados a servir num momento crítico da história do país.

Por sua vez, o representante especial do secretário geral da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, condenou firmemente este assassinato, exigindo um inquérito independente sobre o caso.

"Estou chocado e indignado pelo assassinato do honroso Maalim", declarou num comunicado entregue à PANA domingo em Nova Iorque, afirmando que "estes actos cobardes de assassinatos direccionados e atentados cegos não podem enfraquecer a notável coragem do povo somali cuja teimosia e a determinação permitiram-lhe ultrapassar obstáculos formidáveis e chegar lá onde estamos agora".

Segundo a imprensa local, Maalim foi abatido sábado em Mogadíscio, a capital do país, por homens armados não identificados e sucumbiu mais tarde aos seus ferimentos num hospital.

O incidente segue-se a um duplo atentado suicida ocorrido quinta-feira última, em Mogadíscio, que visava um restaurante popular matando pelo menos 12 pessoas, incluindo jornalistas e polícias.

A Somália empreendeu, após décadas de guerra, um processo de paz e de reconciliação nacional, com uma série de medidas importantes tomadas nestas últimas semanas e que contribuíram para pôr termo ao período de transição política de oito anos neste país do Corno de África.

Estas medidas compreendem a adopção de uma Constituição provisória, a aplicação de um novo parlamento e a escolha de um novo presidente, indica-se.

Dilma Rousseff discursa Nesta Terça-feira na Assembleia Geral da ONU

Nova York - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, chegou domingo (23de Setembro) a Nova York, onde discursa, nesta terça-feira (25de Setembro) na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas.Ela deve reiterar que apenas esforços conjuntos na busca por soluções para conter os efeitos da crise econômica internacional evitarão danos às metas de inclusão social e redução da pobreza no mundo. Ela também pretende destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em Junho.
 
Dilma desembarcou acompanhada da filha, Paula Araújo, e dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Marco Aurélio Garcia (Secretaria Especial de Assuntos Internacionais), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social). Dilma fica até o dia 26 em Nova York.
 
No ano passado, a presidente foi a primeira mulher a discursar na Assembleia Geral da ONU. Inicialmente, na edição deste ano, está confirmada apenas uma reunião dela com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há encontros organizados com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Porém, uma possibilidade é que ela se encontre com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
 
Em relação à política externa, a presidente deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática.Referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai.Sobre a Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
 
Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado independente. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. No ano passado, a presidente ressaltou o apoio à oposição na Líbia. Na época, o então presidente Muammar Kadhafi (morto em Outubro de 2011) resistia em deixar o poder.
 
No âmbito regional, a presidente deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de Junho.
 
A 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas terá como temas principais a prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acompanha Dilma e tem uma agenda paralela. O principal tema da agenda dele é o esforço para a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
 
O conselho é formado por 15 paísescinco com assentos permanentes e dez com rotativos. O Brasil defende a ampliação para, pelo menos, 25 lugares no total. O assunto deve ser reunião de Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Mali Chega a Acordo com CEDEAO para Envio de Tropas

Dioncounda Traoré, presidente maliano
Dioncounda Traoré, presidente maliano
 
Mali-O Mali chegou a acordo com a CEDEAO sobre o envio de tropas africanas para o estado maliano. A força terá em Bamaco o seu quartel-general.

O Mali e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chegaram a um acordo sobre o envio de tropas africanas para o Mali. Esta força terá em Bamaco o seu quartel-general. O anúncio foi feito pelos ministros da defesa da Costa do Marfim e do próprio Mali.

De recordar que, no início de Setembro, o presidente Dioncounda Traoré havia pedido oficialmente ajuda à CEDEAO, para travar a situação do norte do país. O norte do Mali é controlado, desde há seis meses, por vários grupos islamistas armados, próximo da Al-qaeda do Magrebe islâmico.Grupos que aplicam a lei islâmica, e que têm vindo a ser acusados de violações graves de direitos humanos.
 
De sublinhar por fim, que à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, vai ter lugar no dia 26 de Stembro, quarta-feira, uma reunião de alto nível sobre o Sahel, do qual faz parte o Mali.

O politólogo guineense, Rui Landim, defende que a ONU deveria adoptar uma resolução clara e urgente de forma a resolver o problema maliano.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Presidente Jacob Zuma homenageia Dlamini-Zuma


Cidade do Cabo - O presidente sul-africano, Jacob Zuma, e os membros da Assembleia Nacional prestaram uma homenagem à ministra do Interior, Nkosazana Dlamini-Zuma, que se prepara para assumir o cargo de presidente da Comissão da União Africana (CUA) em Addis Abeba, na Etiópia.

O presidente Zuma felicitou a sua ex-esposa, dizendo que a sua partida é uma perda para o país, mas um ganho para África.

Dlamini-Zuma foi eleita presidente da CUA a 15 de Julho de 2012, tornando-se assim a primeira mulher a dirigir a organização, desde a formação da antiga Organização da Unidade Africana (OUA).

"Teremos muitas saudades dela. Mas sabemos que sentiremos e ouviremos os seus passos em Addis Abeba", disse o presidente Zuma durante uma sessão conjunta das duas Câmaras do Parlamento.

Fazendo referência à dura batalha para a sua eleição contra o gabonês Jean Ping, o presidente Zuma lembrou que Pretória tinha apoiado a sua campanha "porque África necessita de alguém que eleve a União Africana e as suas actividades a um outro nível".

Para o estadista, Dlamini-Zuma foi excelente enquanto ministra da Saúde, dos Negócios Estrangeiros e do Interior, as três pastas que ela ocupou desde as primeiras eleições multi-raciais do país em 1994.

Na sua homenagem, a deputada do Congresso Nacional Africano (ANC) Maggie Maunye afirmou que a condução avisada de Dlamini-Zuma relativamente à lei sobre a interrupção da gravidez protegeu várias mulheres da indignidade e do perigo dos abortos clandestinos.

Por seu lado, Sandy Kalyan, do principal partido da oposição, a Aliança Democrática, observou que "o carácter determinado, forte e às vezes obstinado" de Dlamini-Zuma vai ajudá-la nas suas novas funções.

Num discurso de adeus emotivo, Dlamini-Zuma disse que vai a Addis Abeba "enquanto humilde servidora do continente".

"Choro quando estou contente, choro quando estou triste e hoje estou ao mesmo tempo feliz e triste", disse a nova presidente da Comissão da União Africana.

Bancos Japoneses Ampliam Busca por Moeda Estrangeira

Japão-Os três maiores bancos do Japão estão ampliando esforços para adquirir moedas estrangeiras, especialmente o dólar norte-americano, em resposta ao crescimento de empréstimos para companhias internacionais, de acordo com o jornal Nikkei.


A crise do endividamento soberano na Europa tem dificultado a obtenção de uma fonte estável para fundos em dólares para bancos em todo o mundo. As instituições japonesas, estando em boas condições relativas, provavelmente vão buscar adquirir agressivamente moedas estrangeiras a juros baixos.


O Bank of Tokyo-Mitsubishi, o Sumitomo Mitsui Banking e o Mizuho Financial Group tinham, fora do Japão, depósitos de US$ 344,7 bilhões, ou cerca de 26,9 trilhões de ienes em 31 de Março.Desde então, o número tem crescido. O Mizuho tinha recentemente fora do país cerca de US$ 80 bilhões, ante US$ 74 bilhões em 31 de Março, excluindo-se depósitos em banco central.


Os bancos também têm adquirido moedas internacionais por meios que não sejam depósitos. O patrimônio em moeda estrangeira levantado por meio de certificados de depósito e por commercial paper (instrumento financeiro de crédito) subiu US$ 17 bilhões, para US$ 71 bilhões no Sumitomo Mitsui Banking no período de três meses iniciado em Abril. O banco levantou US$ 3 bilhões em Julho pela emissão de títulos denominados em moedas estrangeiras.O Mizuho emitiu seus primeiros títulos denominados em moeda internacional em Março, levantando US$ 1,5 bilhão.


A razão para este comportamento é que os empréstimos para empresas fora do Japão estão aumentando rapidamente. O balanço relativo a financiamento estrangeiro totalizou mais de US$ 500 bilhões em 31 de Março e continuou a avançar desde então. Com custos baixos para adquirir recursos em moedas estrangeiras, os grandes bancos têm utilizando depósitos domésticos em moeda estrangeira e também depósitos fora do país. E os bancos japoneses têm classificação de crédito relativamente elevada.


"Instituições como bancos centrais na América do Sul, buscando gerenciamento de seus recursos, têm feito mais depósitos em bancos japoneses", afirmou um representante do Sumitomo Mitsui Banking. "Um número crescente de empresas estrangeiras também tem depósitos conosco", citou fonte do Mizuho.


Embora grande parte da procura por moeda estrangeira ocorra na forma de dólares norte-americanos, as opções estão se ampliando para incluir o dólar australiano e outras moedas. Os grandes bancos até mesmo esperam ter acesso à moeda chinesa por meio de depósitos internacionais para varejistas em algum momento no futuro.

Bancos Centrais Mauritaniano e Guineense Desenvolvem Cooperação Bancária


Nouakchott - Os bancos centrais da Mauritânia e da Guiné Conakry "têm várias coisas a partilhar" e vão desenvolver uma cooperação mutuamente vantajosa, declarou quinta-feira última, em Nouakchott, o governador do Banco Central da Guiné Conakry, Loceny Nabé.
 
Nabé fez estas declarações no termo de uma audiência com o presidente mauritaniano, Mohamed Ould Abdel Aziz, a quem transmitiu uma mensagem do seu homólogo guineense, Alpha Condé, o qual expressa a vontade de desenvolver as relações multiformes entre os dois países.

"A Mauritânia e a Guiné Conakry possuem cada uma a sua própria moeda nacional (ouguiya e franco guineense respectivamente) e os Bancos Centrais podem trocar as suas experiências neste domínio, além dos laços que os une a nível africano e islâmico através do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID)", indicou Nabé.

Além disso, actores do sector bancário mauritaniano estão interessados no mercado guineense, o que os levou a abrir recentemente bancos mauritanianos em Conakry, a capital guineense, para reforçar as trocas nos domínios da pesca, da agricultura e do cimento.

Os bancos mauritanianos actualmente presentes no mercado guineense são o Banco Nacional da Mauritânia (BNM) e o Banco Comercial da Mauritânia (BCI), duas instituições com capitais privados, indica-se.

CEDEAO Solicita Bamako para Rever sua Posição

Abidjan - A Comunidade Económica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) solicitou a Bamako para rever a sua posição com vista a atender as condições que visam uma intervenção armada das forças da África Ocidental, no norte do Mali, ocupado por islamitas armados, anunciou  sexta-feira última a AFP, que cita fontes diplomáticas.
 
Os ministros ivoirienses dos Negócios Estrangeiros, Daniel Kablan Duncan, e da Integração africana, Ally Coulibaly, voltaram a Bamako, quinta-feira, para remeter ao presidente em exercício do Mali, Dioncounda Traoré, a resposta do pedido formal de ajuda que este último solicitou, no início de Setembro, à CEDEAO.
 
Esta resposta foi preparada na reunião de Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da CEDEAO, em Abidjan, na segunda-feira última, precedida de um encontro dos chefes do Estado Maior da África Ocidental.
 
Dois dos três pontos evocados por Bamako referem ao problema de não permitir "o desempenho eficaz" de qualquer intervenção militar no seu território, de acordo com fontes diplomáticas da África Ocidental.
 
Dioncounda Traore deixou claro que "a implantação de lutar contra as forças militares é inútil", em Bamako, de acordo com os desejos da antiga junta militar que derrubou a 22 de Março o presidente Amadou Toumani Touré.
 
Para CEDEAO, as autoridades do Mali devem aceitar a implantação em Bamako de elementos que possam assegurar a logística da operação como as instituições de transição.
 
O presidente em exercício também destacou que o Mali não quer que as forças do oste africano façam combates, mas que forneçam apoio logístico e aéreo, bem como a participação no policiamento, uma vez que as cidades no norte do país foram reconquistadas.
 
A CEDEAO considera que a ajuda na formação do exército maliano e o apoio logístico e aéreo não são suficientes, e que as tropas do oeste africano não devem limitar-se à uma posição passiva.
 
Na quarta-feira, o Presidente Blaise Compaoré, do Burkina Faso, mediador da crise no Mali, considerou que as "condições" de Bamako "são impossíveis para a CEDEAO instalar-se efetivamente no país".
 
Agora, a CEDEAO espera uma resposta do presidente Dioncounda Traoré. Se um acordo for alcançado, a União Africano vai enviar um projecto de resolução que será analisado e aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU.
 
Uma conferência internacional sobre a região do Sahel, presidido pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon está prevista para 26 de Setembro, em Nova York.
 
A CEDEAO vem se preparando há vários meses para enviar um efectivo de 3.300 soldados ao Mali.
 
O norte do Mali é controlado por grupos próximos da Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI), que impuseram a sharia (lei islâmica): homens acusados de roubo foram amputados, um casal considerado ilegítimo foi apedrejado até à morte e foram destruídos
os túmulos de santos muçulmanos.
 

Guiné-Bissau Vai Manter-se na CPLP, Garante MNE de Transição

Bissau-O ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de transição da Guiné-Bissau, Faustino Imbali, lembrou que o país é membro fundador da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e disse que o país "vai continuar" na organização.
Faustimo Imbali, que falava em conferência de imprensa em Bissau, respondia assim às declarações do embaixador de Moçambique junto das Nações Unidas, António Gumende, que na quarta-feira disse à Rádio ONU que a Guiné-Bissau pode ser suspensa da CPLP devido ao golpe de Estado de 12 de Abril passado.
 
Moçambique assumiu desde Julho a presidência rotativa da CPLP."Está-se a trabalhar no sentido de se estabelecer as medidas sancionatórias mas prevejo que medidas de suspensão poderão ser acomodadas, como acontece noutras organizações", disse o responsável.
 
Questionado pelos jornalistas, Faustino Imbali disse que, caso a CPLP tome a decisão de suspender a Guiné-Bissau devido ao golpe de Estado de 12 de Abril, o governo vai tirar como conclusão que "a CPLP não se interessa pelo povo da Guiné-Bissau, não se interessa pelos crimes de sangue que aconteceram nos últimos anos na Guiné-Bissau, nem se interessa pelos crimes económicos que aconteceram na Guiné-Bissau. A CPLP só se interessa por uma só pessoa e essa pessoa chama-se Carlos Gomes Júnior [primeiro-ministro deposto]".
 
Faustino Imbali frisou que a CPLP "nunca meteu os pés" na Guiné-Bissau desde o golpe de 12 de Abril e voltou a pedir a presença da organização."Nós asseguramos o país depois do golpe de Estado, não vejo porque diriam `não vou falar com aquela gente que são golpistas`. Não é uma posição responsável. Gostaríamos que viessem, que falássemos e, se quiserem o interesse do povo, encontraremos uma melhor solução para esse povo. Agora se estão interessados em pessoas e não num povo, a decisão de suspender a Guiné-Bissau compreende-se neste quadro, e só neste quadro", afirmou.
 
O ministro salientou que da parte da Guiné-Bissau não há dificuldades de relacionamento com a CPLP e que o governo está aberto ao diálogo, e disse que telefonou ao até agora secretário-executivo da organização, o guineense Domingos Simões Pereira, e que este lhe disse que iria a Bissau para falarem após a cimeira de Maputo (em Julho passado), o que não aconteceu.
 
O Governo de transição, assegurou, também está a "fazer o máximo" para incentivar o diálogo entre a CPLP e a CEDEAO (Comunidade Económica para o desenvolvimento dos Estados da África Ocidental), e disse que as duas entidades se vão reunir em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, que está a decorrer.
 
Sempre salientando que o governo de transição nada tem a ver com o golpe de Estado ocorrido a 12 de Abril o ministro concluiu: "A posição extrema de certos responsáveis da CPLP não ajuda à situação. Porque se ficamos aqui a dizer que temos de voltar a 11 de Abril, meus caros, não vale a pena, obrigado".

 

Mandado de Captura Contra Julius Malema - Imprensa


Joanesburgo - O jovem orador sul-africano, Julius Malema, o antigo chefe de ala dos jovens do Congresso Nacional Africano (ANC), excluído do partido dominante na África do Sul, foi objecto de um mandado de detenção, noticiou sexta-feira última o semanário City Press no seu site na internet.

O interessado disse ao semanário que ele não " tinha entendido nada". Nem Os "Hawks (unidade especial da polícia), nem o procurador do tribunal não confirmou a informação.

"Malema deverá comparecer perante um tribunal na próxima semana em Pretória ou Polokwane (norte, cidade da qual é originário), por branqueamento de capital, corrupção e fraude", escreve o City Press.

A polícia e a direcção dos impostos investigam, há vários meses na origem dos recursos de Malema, que idealiza um grande caminho para defender os mais pobres. O seu dinheiro vem de obscuros fundos familiares e de On-Point Engineering, uma companhia da qual ele tem os interesses que ganhou um concurso de oferta suspeita da sua província do Limpopo (norte).

Excluído do ANC em Abril de 2012, após um longo "processo" por indisciplina, Malema, de 31 anos, e ficou afastado da direcção da Liga de Jovens do movimento, que ele presidiu, durante quatro anos.

Ele tornou-se um opositor forte do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, que foi portanto o seu mentor, e que ele agora acusa de ditador, enquanto o partido dominante deverá renovar a sua direcção em Dezembro de 2012.

Ainda recentemente, ele efectuou uma digressão às minas do país, apelando aos trabalhadores à revolução. A polícia impediu-lhe segunda-feira a falar perante os grevistas de Marikana (norte), onde se acabou um longo conflito social, cuja violência causou 34 mortos.

Países em Desenvolvimento Pedem que Nações Ricas Diminuam Emissões

 
Brasilia-Representantes de Brasil, Índia, China e África do Sul cobraram sexta-feira última (21de Setembro) que os países ricos aumentem a taxa de redução das emissões de gases do efeito estufa na segunda etapa do Protocolo de Kyoto. Os quatro países, que formam o grupo Basic, debateram em Brasília as ações que serão defendidas na Conferência do Clima (COP18), que acontecerá em Dezembro em Doha, no Catar.

A segunda fase do Protocolo de Kyoto- documento que prevê metas de redução de emissões- começa a partir de Janeiro de 2013, mas ainda não foram definidos os compromissos que deverão ser adotados. Para o Basic, a COP 18 precisa promover negociações “concretas” sobre os novos objetivos de redução de emissões.

 
“Em relação à redução de emissões, os países em desenvolvimento estão reduzindo em 70% e os desenvolvidos em 30%. Acreditamos que a redução de países desenvolvidos ainda não é suficiente.
 
Temos que negociar como aumentar a taxa de redução dos países desenvolvidos”, disse o vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, Xie Zenhua.

Para o governo brasileiro, a conferência em Doha será importante para assegurar que a segunda etapa do Protocolo de Kyoto tenha, de fato, início em 2013. “É um desafio para Doha assegurar o segundo período de compromisso de Kyoto e caminhos mais objetivos de [proteção ambiental]”, afirmou a ministra do meio-ambiente,
Izabella Teixeira.

A ministra defendeu que seja mantido na segunda etapa de Kyoto o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas, segundo o qual os países desenvolvidos devem contribuir mais que as nações em desenvolvimento no esforço de proteção do meio-ambiente.

De acordo com o Itamaraty, o objetivo da reunião de ministros do Basic, em Brasília, foi alcançar a unificação das posições dos quatro países para as negociações climáticas da COP18. Os países integrantes do Basic pretendem contribuir com menos dinheiro nas medidas de redução das emissões de carbono, apesar de já poluirem como alguns países desenvolvidos. A China, por exemplo, é o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo.