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Nova York-"As autoridades legítimas são as que nascem do voto popular, é isto que está nas resoluções da ONU e, portanto, ainda bem que Carlos Gomes Júnior esteve no Conselho de Segurança", disse à agência Lusa o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulos Portas, à margem de uma visita a Boston, Estados Unidos.
Questionado sobre a possibilidade de novas medidas contra os golpistas ao nível do Conselho de Segurança, nomeadamente a imposição de sanções a responsáveis políticos, Paulo Portas escusou-se a responder, afirmando que a deslocação de Gomes Júnior é importante por si e que Portugal e outros países se esforçaram para que fosse possível.
"A única coisa que para nós é muito clara é que tem de haver tolerância zero com golpes de Estado que interrompem não só a ordem constitucional, como a possibilidade de desenvolvimento e de paz num país", afirmou.
Antes do golpe de 12 de Abril, Gomes Júnior era Primeiro-Ministro eleito e candidato favorito às eleições presidenciais, depois de ter ganho a primeira volta.
Desde meados de Maio, a Guiné-Bissau tem um chefe de estado de transição e um Governo de transição, apoiados pela CEDEAO e pelos militares golpistas, enquanto os principais dirigentes depostos se mantêm fora do país, exigindo o regresso à normalidade constitucional.